segunda-feira, 26 de maio de 2014

Um grito de gol?

Um grito de gol?
Jer.33:3
“Clame a mim e eu responderei e lhe direi coisas grandiosas e insondáveis que você não conhece”
O dicionário digital Aulete, define a palavra clamar como sendo o ato de “gritar, bradar, exclamar, protestar com veemência em alta voz”. Isto me chamou a atenção pelo fato de que este ato será praticado por diversas vezes neste período de copa do mundo. Ao vibrarmos com um gol de nossa seleção gritaremos sem poupar a garganta, protestaremos veementemente todas as vezes que entendermos que nossa seleção foi injustiçada, e o melhor de tudo isto é que não seremos condenados por praticarmos tais atos haja vista sermos torcedores.
Fazendo um paralelo da interpretação deste verbo em português, com sua interpretação no hebraico, perceberemos o paralelismo bem como a diferença que há entre eles. Em hebraico a interpretação do verbo clamar esta voltada para o seguinte significado: “Gritar, bradar, chamar, chorar”.[1] Seu uso na Bíblia Sagrada, está mais voltado ao pedido de ajuda do homem a Deus. É com esta ênfase que este verbo é usado neste versículo. “Clame a mim e eu responderei e lhe direi coisas grandiosas e insondáveis que você não conhece”. Meu desejo aqui é orientá-lo a gritar gol sem esquecer-se do clamor. Apontando pelo menos dois fatos.

I- o grito de gol não deve substituir o clamor pela glória.
Mesmo em prisão no pátio da guarda (Jr.33:1), o profeta recebe de Deus motivação para “gritar, chorar”, buscar a ajuda de Deus. “Clame a Mim [...]”. Sei que muitos estarão presos por seu patriotismo esportivo, durante este período de copa do mundo. Será fácil encontrar aqueles que abrirão mão de qualquer programa a fim de ver aquela partida. O comércio, a mídia e o mundo estarão voltados este evento, esperando o grito de gol. Minha pergunta é: quantos continuarão a clamar pela glória. Não quero estragar seu prazer, - afinal também vou torcer – meu desejo é lhe advertir a não abrir mão do essencial pelo trivial, efêmero, pela euforia. A glória é perpetua, é essencial e está acima de nossa perspectiva. Escute e atenda a orientação do Senhor “clame a mim [...]”

II- o grito de gol alimenta meus sentimentos emocionais. O clamor pela glória supera minhas expectativas.
                O leitor atento perceberá no texto que há uma promessa da parte de Deus para aquele profeta: “[...] lhe direi coisas grandiosas e insondáveis que você não conhece”
   O clamor do profeta não ficará sem resposta. Seus gritos e seu choro não cairão no esquecimento não ficarão sem resposta. Perceba que há um paradoxo entre o grito de gole o clamor pela glória. Talvez gritemos o grito de gol em algumas partidas de nosso time, nos alegraremos por aquela vitória, mas quem garante (não há garantia alguma) que seremos campeões? Na verdade é bom saber dosar nossa emoção, procurar controlar nosso sentimento e optarmos por aquilo que temos garantia. Permita-me citar meu pensamento.
Neste mundial muitos estarão mais preocupados com o grito de gol do que preparados para clamar pela glória. A glória é infinitamente melhor por que nos rela “[...] coisas grandiosas e insondáveis que não conhecemos”. Deus deseja revelar-se pra nós a todo tempo, deseja manter comunhão conosco. Devemos clamar por Ele e desejar sua sabedoria. Aconselho você a fazer a escolha certa durante este mundial, gritar o gol mais priorizar a glória.




[1] Vine, W.E./ Unger, Merril F./ Jr. William White. Dicionário Vine. O Significado exegético e expositivo das palavras do Antigo e do Novo testamento/ tradução: Luis Aron de Macedo – CPAD; Rio de Janeiro. 2002    

O ALTAR DA FAMÍLIA

O ALTAR DA FAMÍLIA
Js.24:15
A luz deste texto apresentar três colunas que servirão de suporte para aqueles que desejam erigir este altar.
I- TER UMA FIRME DECISÃO QUANTO A MINHA ADORAÇÃO.
a.      Josué foi resoluto em sua decisão. (v15b)
“[...] Eu e a minha casa serviremos ao Senhor”
Mesmo dentro do contexto cristã muitos já abriram mão do cuidado com a família. Isto é um perigo. Deixe-me destacar pelo menos três fatores que destroem a família pós-moderna.
1.      Más companhias.
Filhos e cônjuge recebem pressão dos grupos com os quais tem contato.
2.      Televisão.
3.      Falta de orientação Bíblica.
 Não há mais tempo para a reunião em família no final do dia, não há mais tempo para a oração matinal.

II- ENSINE ATRAVÉS DO EXEMPLO. (Js.24:14,15)
a.            Exima-se do pecado da omissão. 
O altar da adoração a Deus no ceio da família deve ter o princípio do exemplo como uma de suas colunas
1.                  Precisamos ser formadores de opinião e caráter.
Meu conselho é que sigamos o exemplo de Josué neste texto da seguinte forma.
1º) orientação
2º) convicção
Eu e a minha casa serviremos ao SENHOR.

III- O ALTAR DA FAMÍLIA REQUER ATENÇÃO. (Js.23:1-3)
a.       Seja cuidadoso com sua família.
Cinco perguntas que podem nos ajudar.
1.      Como anda a comunhão de nossa família com Deus?
2.      Nossos filhos aprendem conosco amar a Deus?
3.      Temos sido bons exemplos?
4.      Nossa família ama a igreja que frequentamos?
5.      Nos preocupamos com a espiritualidade da família?
Conselhos:
Os pais devem assumir a liderança espiritual da família. Devem investir tempo ensinando, aconselhando e acompanhando.
Comecemos administrando o tempo. Minha sugestão é que tiremos pelo menos 15 minutos pela manhã e 15 minutos no final do dia para orarmos juntos e ler um texto da Sagrada Escritura.
Lembre-se no altar da família nunca deve faltar à esperança de que Deus nos trará dias melhores e nos orientará segundo o seu bom propósito.   
   

 sermão completo na ala reflexão

quinta-feira, 1 de maio de 2014

A SOBERANIA DE DEUS E A RESPONSABILIDADE DO HOMEM

A SOBERANIA DE DEUS E A RESPONSABILIDADE DO HOMEM
Rm.9:1-33
Os capítulos 9-11 são escritos para dar resposta a algumas perguntas com relação às promessas de Deus haja vista o que Paulo ensinava.  
I. A SOBERANIA NÃO EXTINGUE A RESPONSABILIDADE.
1. Se Paulo é enviado de Deus porque os israelitas não ouvem a sua mensagem? (v1-6)
            Paulo responde apontando para a soberania de Deus e para a responsabilidade do homem (v2,3).
a.       Não posso ser anátema, pois sou eleito (v3)
b.      Sinto profundamente por não crerem (v3)
c.       Este meu sentimento não é mentiroso (v1)
2. Paulo os reconhece como herdeiros legítimos da promessa (v4-6)
a.       Adoção
b.      A glória
c.       As alianças
d.      A legislação
e.       O culto
f.       As promessas
g.      Os patriarcas
h.      O Cristo
Mas, ainda assim precisam se arrepender (3:10-12; 1:16). Então a pergunta é: as promessas falharam?
II. A PROMESSA DE DEUS NÃO FALHA. (v6-19)
a.      As promessas devem ser interpretadas na ótica de Deus. (6-13)
V6 “[...] nem todos os de Iarael são, de fato, israelitas”
As promessas se cumpriram nos filhos da promessa (v8) e estes são os que Deus elegeu segundo sua soberana vontade (v11-13)
Augustus Nicodemos observa que de certa forma o fracasso de Israel é a soberania de Deus (v15, 16). Por outro lado seu fracasso é atribuído a quebra da lei (cap.2:17-24).
Ainda observa o Dr. Augustus “a misericórdia não é algo que merecemos e sim que Deus soberanamente nos concede”

b.      A misericórdia de Deus é livre. (v14-18)
Isto não é injusto da parte de Deus haja vista que todos estão perdidos (3:23; 6:23). E só crerão segundo a ação soberana do Espírito de Deus.
III. A SOBERANIA DE DEUS DEFINE O DESTINO DO HOMEM.
a.       Destina os vasos de ira para a perdição (v19-22)
Há vasos para honra e para desonra. Vasos de ira e de misericórdia. Os vasos de ira são para a perdição (Rm.2:5)
“Mas, segundo a tua dureza de coração impenitente, acumulas contra ti mesmo ira para o dia da ira e da revelação dos justos juízos de Deus”                 
Esta é a vontade de Deus e isto ocorre porque tais homens não são alcançados pela misericórdia e de livre vontade “tropeçam na pedra de tropeço” (v31,32).
b.      Destina os vasos de misericórdia para a salvação. (v23)
Estes vasos de misericórdia não estão apenas na nação de Israel, mas são todos os que dependem da graça adquirida pela fé (v24,30,33).

Conclusão: As promessas de Deus não falham. Elas alcançam com vida apenas aqueles que devem ser alcançados para a vida. E destina a morte os que estão destinados para a morte. Nossa responsabilidade diante disto é entender que estando esta decisão oculta em Deus sendo revelada apenas aos que crêem sejamos instrumentos da proclamação da boa nova a todos os homens. 

 veja mais no item doutrinas