Sermões




Retângulo de cantos arredondados: 1
SANTIDADE, IDEAL DE DEUS PARA A IGREJA.
I PE. 1:13-16
Há conflitos em meio aos cristãos quando se trata das três doutrinas que são essenciais à fé cristã. (Justificação, regeneração e santificação). Os dois maiores problemas ocorrem pelo fato de alguns confundirem santificação com justificação, ou quando em defesa da ação soberana da graça alguém despreza completamente a responsabilidade cristã de buscar ser santo. 
Os problemas que esta forma de pensamento traz à igreja são as seguintes:
1º) PERFECCIONISMO- Os que confundem salvação com justificação, não aceitam a ideia de que um salvo possa pecar. Assim, confundem santificação com perfeição. Mas a verdade é que santificação não é perfeição (Isto enquanto estivermos sobre a terra). Só alcançaremos a perfeição quando chegarmos ao Céu.  
2º)LIBERTINAGEM- Os que desprezam a responsabilidade cristã de buscar santidade na vida, na maioria dos casos, acabam direcionando suas vidas segundo sua achologia. Estes desprezam absolutamente o ideal de Deus para a igreja. Podemos denominá-los de libertinos.
Elipse: 2Nosso desafio é encontrar uma forma sóbria de viver nossa vida cristã. Não devemos estabelecer padrões de santificação que são inatingíveis; nem muito menos devemos abrir mão dos padrões de santidade estabelecidos por Deus. Assim, a luz do texto em apreço desejo mostrar que SANTIDADE É O IDEAL DE DEUS PARA A IGREJA. Permita-me então mostrar de que maneira conquistaremos esta santidade.
I- AGINDO DE MANEIRA SÓBRIA. (v.13)
“por isso, cingindo o vosso entendimento, sede sóbrios e esperai inteiramente na graça que vos está sendo trazida na revelação de Jesus Cristo”
Nesta epístola, Pedro exorta seus leitores à sobriedade em três ocasiões (1.13; 4.7; 5.8) e sua intenção é sempre lucidez. Barclay observa que a ideia de Pedro é mostrar para aqueles irmãos da Ásia, que “Nunca devem conformar-se com uma cômoda e superficial aceitação da fé.”[1]
Isto significa dizer que nossa vida cristã não é nivelada ou moldada por algo que imaginamos ser correto apenas porque virou moda entre alguns denominados cristãos. Em nossos dias há uma intoxicação considerável dos cristãos com os modismos do momento.
Assim, a advertência do apóstolo é para que seus ouvintes não se precipitem em abraçar as ofertas pecaminosas que o mundo lhes oferece. E o antídoto para livrar-se da crise de precipitação e secularização é apresentado no verso 13:
I Pe. 1:13 “Cingi o vosso entendimento, sejam sóbrios e esperem inteiramente na graça que vos está sendo trazida na revelação de Jesus Cristo” 
a)      Cingir o entendimento é a melhor forma para estar livre das precipitações e confusões da mente.
O ideal de santidade que Deus tem para a igreja, é que tenhamos entendimento correto de sua vontade, é que abandonemos o que achamos ser correto e procuremos obedecer ao que Deus diz ser correto. Desejando que esta seja a forma de viver daquela igreja é que Pedro diz:
I Pe. 1:13 “Cingindo o vosso entendimento, sejam sóbrios e esperem inteiramente na graça que vos está sendo trazida na revelação de Jesus Cristo”   
A ideia de cingir o entendimento é de trabalhar a minha mente de forma que minhas ações em todas as áreas de minha vida glorifiquem a Deus.
Originalmente o pensamento de Pedro diz respeito a alguém vestido com roupas que lhe atrapalhe em seus movimentos rápidos por serem cumpridas demais, ou por possuírem tecido em excesso nas mangas ou nos lados. Livrar-se destas roupas é a atitude mais viável para que esta pessoa possa movimentar-se com mais facilidade. Caso não seja possível livrar-se o melhor é cortar e amarrar estes excessos (cingi-los), do contrário sempre causarão problemas ou desconforto.
Elipse: 4Aplicando a necessidade espiritual de seus ouvintes percebo que a orientação do apóstolo é de que seus ouvintes devem manter o entendimento cingido, amarrado a Cristo, voltado para Deus. Sendo assim, permita-me indaga-los: será que este tipo de atitude não nos ajudará a rejeitar qualquer coisa que atrapalhe nossa comunhão com Deus? Perceba que a ideia de cingir o entendimento está ligada a ideia de sobriedade. I Pe. 1:13 “Cingindo o vosso entendimento, sejam sóbrios [...]”
b)     Só consegue manter está sobriedade (ou a moderação) quem já foi resgatado pelo Senhor, regenerado da vã maneira de viver. Isto fica claro no restante do v. 13
v.13b “[...] esperai inteiramente na graça que vos está sendo trazida na revelação de Jesus Cristo”
Elipse: 4Interpretes como Ênio Mueller e William Barclay compreendem que a citação de graça neste verso indica salvação. Concordo com eles, pois entendo que o apóstolo deseja levar seus ouvintes a ter em mente a esperança da glória que reside “na revelação de Jesus Cristo” aqueles que foram “regenerados para uma viva esperança mediante a ressurreição de Jesus Cristo” (conf. v.3). Conforme ensina Pedro, estes são capazes de:
“Esperar inteiramente na graça de nosso Senhor Jesus Cristo”, pois isto implica em viver colocando-me em plena disposição de sua vontade.
Ou seja: cingir o entendimento viver de maneira sóbria e esperar inteiramente na graça, significa viver segundo o ideal que Deus determinou para sua igreja.

II- ESTE IDEAL É A PRÁTICA DA SANTIDADE. (v.14-16)
A advertência do apóstolo nestes três versos tem como meta a prática do conhecimento teórico no que diz respeito à santificação. Permita-me então definir santidade segundo J.C. Ryle e João Calvino.
Ryle disse que “santificação é aquela operação espiritual interna que o Senhor Jesus Cristo realiza em uma pessoa pelo Espírito Santo, quando Ele a chama para ser um crente verdadeiro”.[2]
Calvino afirma que “santificação se refere ao processo no qual o crente paulatinamente é conformado a Cristo, no coração, conduta e devoção a Deus”. (Calvino citado por Beeke. P.32)[3]
Observem que estas definições confirmam o que Pedro apresenta nos versos 14-16. Aqui a advertência do apóstolo é pra que estejamos atentos a este processo de santificação que deve ocorrer em nossa vida. A exortação é pra que busquemos ser semelhante a Deus da seguinte forma:
1.      Não se amoldem ao mundo (v.14)
Está exigência deve ser cumprida em abandono da vida pecaminosa e em esforços sinceros por adquirir uma vida de santidade. Até porque “santidade adquirida deve ser santidade vivida”.
v.14 “Como filhos da obediência, não vos amoldeis às paixões que tínheis anteriormente na vossa ignorância”.
Observem a expressão usada por Pedro no início deste verso: “Como filhos da obediência, [...]”.
Elipse: 6 Antes quando nosso entendimento estava desprovido de graça, vivíamos em ignorância, e as paixões do mundo eram atraentes. Mas agora que nos tornamos filhos de Deus e nosso entendimento foi cingido, este procedimento não é aceitável.
v.14 “[...] não vos amoldeis às paixões que tínheis anteriormente na vossa ignorância”.
 Está expressão denota obediência como algo próprio de um filho de Deus. O que o apóstolo está colocando aqui ao usar está expressão “filhos da obediência”, é que os filhos de Deus devem viver no mundo, mas não segundo a orientação do mundo, e sim segundo a orientação de Deus.
2.      Mantenham procedimento santo (v.15,16)
v.15 “[...] segundo é santo aquele que vos chamou, tornai-vos santos também vós mesmos em todo vosso procedimento. 16. [...] Sede Santos porque eu sou Santo”     
Elipse: 6O cerne da ideia de Pedro é o exercício da santidade. A palavra utilizada por ele para designar o que é santo é “hagios” e o significado da raiz deste vocábulo quer dizer diferente. Isto significa que Pedro esta orientando seus ouvintes a adquirirem um procedimento diferente das pessoas que não temem a Deus.
A orientação é que procurem não ceder aos desejos carnais, procurem realizar a vontade de vosso Pai, procurem imitá-lo. Sejam diferentes em vossa obediência, Sejam diferentes no temor a Deus, Sejam diferentes no vosso entendimento quanto à salvação, Sejam diferentes quanto a esperança de vossa herança, Sejam diferentes em vossa sobriedade e procurem viver debaixo da orientação de Deus. Sem dúvida alguma este é o ideal de Deus para a igreja.



[1] BARCLAY, William. Comentário de I Pedro/ versão em pdf.  P.59
[2] Ryle, John Charles. Santidade sem a qual ninguém verá o Senhor/J.C.Ryle. São José dos Campos – SP: Fiel, 2013. P.44
[3] Beeke, Joel. Espiritualidade Reformada. Uma teologia prática para a devoção a Deus.  São José dos Campos – SP: Fiel, 2014.

REVERÊNCIA, MARCA DE SANTIFICAÇÃO COMO PRÁTICA DE ADORAÇÃO A DEUS.
I PE. 1:17-21
Pedro destaca três verdades com respeito ao salvo que precisam estar bastante claras para nós. Pois estas verdades são marcas que atestam o novo nascimento. A primeira delas é busca por santidade, a segunda vida de reverência a Deus, e a terceira é a prática do amor. A primeira marca foi tratada no sermão anterior sob o tema: SANTIDADE, IDEAL DE DEUS PARA A IGREJA. (v.13-16). Hoje devemos aprender a respeito da segunda característica que determina um cristão que vive segundo o ideal de Deus, e desejo transmitir o que aprendi do texto Sagrado abordando o seguinte tema:
Reverência, marca de santificação como prática de adoração a Deus. Não concordo com a ideia de um Deus carrasco que está de prontidão com um bastão na mão a fim de castigar veementemente a qualquer um de seus seguidores que cometa qualquer deslize. Deus não é carrasco, não é um tirano.
Por outro lado, também não concordo com a ideia de um Deus bonachão, que não trace limites para seus seguidores e que não os puna segundo suas próprias transgressões. É preciso que tenhamos a noção correta sobre Deus, pra que possamos reverenciá-lo, adorá-lo e buscar ser santo como ele é santo. Permita-me então apontar a razão pela qual devemos reverenciar este Deus a quem servimos.
I- JULGA COM IMPARCIALIDADE. (V17) 
a.      Deus não isenta quem quer que seja de sua responsabilidade.
v.17 “Ora, se invocais como Pai aquele que, sem acepção de pessoas, julga segundo as obras de cada um, portai-vos com temor durante o tempo da vossa peregrinação,”
Por favor, deixe-me fazer uma pergunta: como você se sentiria se tivesse que enfrentar alguém capaz de lhe julgar segundo um critério de justiça estabelecido por ele?
Ênio Mueller observa que nenhum de nossos atos passará despercebido diante de Deus, e Ele julgará toda a nossa vida com critérios de justiça estabelecidos por Ele mesmo. Isto não é suficiente para nos causar temor?
Pedro escreve esta carta a irmãos que estão sendo perseguidos por conta de seu comportamento exemplar, diferenciado dos padrões pecaminosos, aqueles irmãos eram pessoas que se comportavam bem e não mal. No entanto, a atitude reverente para com Deus daqueles irmãos começou a incomodar os governadores da Ásia menor de tal forma que ser cristão tornou-se crime.
Ao comparar meu comportamento com o daqueles irmãos faço-me mais uma pergunta: será que minha reverência Deus, meu comportamento diante do mundo é realmente diferenciada? Será que tenho realmente entendimento do que significa temor a Deus?
Temor para o cristão não é medo exacerbado, sem controle, não é uma fobia a divindade. Temor é reverência, é respeito devido a Deus que como filho eu preciso demonstrar.  
v. 17. Ora, se invocais como Pai aquele que, sem acepção de pessoas, julga segundo as obras de cada um, portai-vos com temor durante o tempo da vossa peregrinação,
Pedro sabiamente deseja tornar claro para aqueles irmãos algo que muitos em nossa geração estão despercebidos. “Esse mesmo Deus, com o qual foram colocados em relação tão íntima, é também o Juiz, o Deus julgador da história, Aquele diante de quem todos terão que comparecer um dia, prestando contas do rumo que deram às suas vidas” (Mueller, 1991 p.104).
Se seu comportamento tem lhe concedido o título de careta, quadrado, ultrapassado e até lhe promovido perseguições, louve a Deus, pois você tem agido de forma diferenciada. E eu quero lhe motivar a não abrir mão deste santo temor que você tem demonstrado por Deus. Não deseje moldar-se ao mundo, não deseje aderir um comportamento anticristão. Como filhos de Deus, devemos viver na perspectiva da eternidade e não do momento. Devemos interiorizar a verdade de que aqui somos apenas peregrinos. Devemos estar cientes de que o mesmo Deus que é nosso Pai é o mesmo que julga a todos de forma imparcial.
“v.17[...] portai-vos com temor durante o tempo da vossa peregrinação”.
O propósito desta advertência é alertar contra o perigo da auto segurança. Há muitos dentro das igrejas que estão enganados, são pessoas que pensam estar próximas de Deus, que Deus as escolheu como favoritas, tudo em suas vidas corre bem, e elas nem precisam assumir tanto compromisso com Deus. é gente que imagina que a graça não traz consigo responsabilidade. Quem pensa dessa forma infelizmente compreendeu a Deus de maneira equivocada. Deus é aquele que julga sem acepção de pessoas. Deus sem dúvida tem filhos, mas não favoritos.
É preciso enquanto há tempo aprendermos o que é reverência.
II- REVERÊNCIA É MARCA DE SANTIFICAÇÃO E NOS LEVA A PRÁTICA DA ADORAÇÃO A DEUS. (v.18-21)
a.      Adoramos a Deus reverentemente quando entendemos o preço que custou nossa redenção.
Nos versos 18-21 Pedro aponta a base na qual está fundamentada a reverência que está presente naquele que é filho de Deus.
1.      Redenção (v.18)
Só compreende o verdadeiro sentido de redenção aquele que um dia foi escravo. Todas as igrejas cristãs do primeiro século tinham três tipos de membros: Escravos, homens livres e homens libertados. Um escravo podia obter libertação de duas formas: após um tempo de serviço ou mediante o pagamento de um preço por seu resgate[1].
A condição do escravo é triste, humilhante, perturbadora. Ele é alguém que não domina suas próprias vontades, não regra sua vida segundo seu querer, é alguém que ainda que tenha sonhos eles se dissipam facilmente quando o seu proprietário (seu senhor) deseja algo contrário ao que ele deseja. Paulo falando a respeito do escravo no cap. 7 de sua carta aos romanos afirma que ainda que deseje o bem, não consegue praticá-lo (v.18), porque nos seus membros a outra lei que guerreia contra a sua vontade lhe faz prisioneiro do pecado (v.23). Vivendo esta agonia desconcertante o apóstolo apavora-se e clama do mais íntimo de seu ser: 
Rm.7:24 “Desventurado homem que sou! Quem me livrará do corpo desta morte?” 
Mas, o interessante em tudo isto não é o clamor nem o reconhecimento de que somos escravos. O interessante é que o escravo ainda que clame por liberdade não consegue ser livre, ainda que deseje ardentemente, sua condição o impossibilita de viver segundo sua própria vontade. Ele é escravo e simplesmente escravo.
Depois de entendermos o que significa ser escravo, atentem para a notícia proclamada por Pedro nos v.18, 19
v.18 “não foi mediante coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados do vosso fútil procedimento que vos legaram vossos pais, 19 mas pelo precioso sangue como de cordeiro sem defeito e sem mácula, o sangue de Cristo.”    
v.19 “Fomos resgatados pelo precioso sangue de Cristo”. E agora já não há condenação contra nós, assim, não andamos segundo o conselho do mundo e sim segundo o ideal de Deus para a sua igreja.  
Pedro não apenas diz que fomos resgatados, ele lembra-nos do que fomos resgatados.
v.18 “do vosso fútil procedimento que vos legaram vossos pais,”
A ideia aqui é de que este “fútil procedimento” é ilusão e vaidade, a palavra “Mataios (fútil) no grego ainda pode assumir a seguinte definição: agnoia (ignorância) ou epithyrrúa (paixão); já no gr. clássico o termo descreve aquilo que constrói um mundo de aparências, ao invés e contra a realidade, por isso, significa o falso, sem sentido, sem propósito” (Goppelt)[2].
Foi deste mundo sem sentido ou propósito, do qual éramos escravos que Cristo nos libertou. E aqui Pedro coloca a segunda coluna na qual deve estar firmada nossa reverência.
2.      Revelação (v.20)
“19. fomos resgatados pelo precioso sangue de Cristo, 20 Conhecido, com efeito, antes da fundação do mundo, porém manifestado no fim dos tempos, por amor de vós”
Algo surpreendente é anunciado por Pedro nestes versículos.
Cristo foi escolhido por Deus como redentor e de livre e espontânea vontade resolveu morrer por nós antes da fundação do mundo.
Nosso estado de morte espiritual não permitia que chegássemos ao conhecimento de Deus (Conf. Ef.2:1-5). Havia um débito a ser pago a Deus por conta de nosso pecado. Foi por esta razão que Cristo precisou morrer por nós “[...] o justo pelos injustos, para conduzir-nos a Deus;[...]”
II Co.5:21 aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus.   
A boa notícia anunciada por Pedro, é que Cristo “[...] foi manifestado no fim dos tempos, por amor de vós 21 que, por meio dele, tendes fé em Deus [...]” (v.20).
Cristo resolveu pagar por nossos pecados a fim de nos resgatar da morte. Ele assumiu nosso lugar na cruz.
I Pe.3:18 Pois também Cristo morreu, uma única vez pelos pecados, o justo pelos injustos, para conduzir-nos a Deus; morto sim na carne, mas vivificado no espírito.  
Como entender tais coisas e não desejar ser “santo como Ele é santo”? (v.16). Como entender tamanha verdade e como “filho não portar-se com temor durante o tempo de nossa peregrinação?” (v.17).  Como posso afirmar que sou salvo se não o reverencio como meu Deus, meu Senhor, Meu libertador. Como entender esta verdade e não trazer em meu corpo a marca da santificação que me conduz a prática da adoração? Cristo se revelou a nós por amor e sempre merecerá nossa reverência.
Se crermos que Cristo nos emancipou do pecado, “portemo-nos com temor durante o tempo de nossa peregrinação”.




[1] Lopes, Hernandes Dias. Comentário de I Pedro. São Paulo: Hagnos, 2012 p.52,53
[2] Mueller, Ênio R. I Pedro, Introdução e Comentário/ Ênio Mueller; São Paulo: Ed. Vida Nova, 1991. P.108 



As características essenciais de alguém chamado por Deus.
Ef.1: 1,2

Esta epístola é considerada por muitos eruditos como a mais bela epístola escrita pelo apóstolo Paulo. Há quem afirme que é possível perceber o amadurecimento do apóstolo em suas ideias e na forma de expor seus pensamentos. “F. F. Bruce, diz que Efésios é a pedra de cobertura da estrutura maciça dos ensinamentos de Paulo.”
A ideia central ou dominante desta epístola, é convidar-nos a analisar nosso relacionamento com o divino, tendo como princípio a unidade da igreja, seu papel no mundo e seu glorioso destino. Partindo então desta premissa, desejo analisar os dois primeiros versículos desta carta, com o propósito de apresentar características essenciais de um eleito, e levar-nos a assumir nossa postura como igreja dentro do contexto em que estamos inseridos sem perdermos a visão da glória.
I- PRIMAR POR RECEBER ORIENTAÇÕES APENAS DE HOMENS QUALIFICADOS POR            DEUS. (v.1)
Ef.1:1 “Paulo, apóstolo de Cristo Jesus por vontade de Deus, [...]”
a.       O que era um apóstolo de Cristo?

2
Ao colocar-se como apóstolo Paulo não está se exaltando, está apresentando a credencial que o qualifica a falar em nome do seu Senhor. A Sagrada Escritura nos mostra que para assumir o ofício de apóstolo era necessário demonstrar algumas características. Destas, desejo destacar duas.
1.      O individuo precisava ser indicado por Deus.
É exatamente isto que Paulo procura demonstrar a seus ouvintes.
Ef.1:1 “Paulo, apóstolo de Cristo Jesus por vontade de Deus, [...]”
Russell Shedd diz que:
A palavra apóstolo, que indica o reconhecimento da autoridade de Paulo, baseia-se numa palavra aramaica, shaliah. Esse termo sugere que o apóstolo é aquele que é comissionado não apenas como missionário que leva uma mensagem; não apenas como embaixador que tem sua carta selada para entregar a um rei de outro país; mas como procurador que substitui aquele que o mandou. Ele pode tomar iniciativas. Assim, o que ele faz e fala, o realiza em Cristo.[1]
Isto significa que o que temos diante de nós não é um delírio da mente de um homem, não é a exposição da sabedoria paulina, nem muito menos fruto de artinha de corruptos gospels que desejam construir seus impérios baseando-se em mentiras. O que temos diante de nós é a sublime Palavra de Deus capaz de orientar-nos e levar-nos a assumir nossa postura como igreja dentro do contexto hodierno sem perdermos a visão da glória.
Paulo apresenta sua credencial a fim de que seus ouvintes compreendessem que ele é realmente qualificado a orientar-nos.
Ef.1:1 “Paulo, apóstolo de Cristo Jesus por vontade de Deus, [...]”
  Permita-me diante deste fato, apresentar duas características de alguém capaz de aceitar esta orientação da parte de Deus.

3
 


II- SANTIDADE. (v.1)
1.      Paulo identifica seus destinatários como “santos”
Ef.1:1“[...] aos Santos que vivem em Éfeso [...]”
Santo é a primeira dentre muitas designações usadas por Paulo para alguém que está em Cristo. A raiz desta palavra no seu idioma original (grego hagioi) compreende o sentido de separação. Permita-me tentar explicar o que Paulo esta falando.
1.1. O que Ele não diz:
1.    Ele não afirma que somos imunes ao pecado
2.      Não afirma que devemos nos alienar do mundo
3.      Não afirma que devemos abandonar nossos familiares que professam a mesma fé

1.2. O que ele afirma
1.      Afirma que ser “santo” é ser chamado a viver segundo princípios estabelecidos por Cristo. Ou seja, somos eleitos a fim de que venhamos a participar da santidade de Cristo. Paulo entendendo esta verdade foi capaz de afirmar:
Fp.3:13b,14“[...] esquecendo-me das coisas que para traz ficam e avançando para as que diante de mim estão, prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus”

4
Gl.2:20 "Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim." 
2.      Paulo afirma que à medida que nos aproximamos de Deus nosso caráter moral é modificado. (conf. Ef. 4:25-32)

3.      Afirma que não devemos compartilhar com o modo de vida daqueles que se distanciam de Deus (conf. Ef.5:5-10)
Em suma ser Santo é demonstrar os frutos do Espírito Santo, agindo em nosso interior. É ser transformado segundo a própria imagem de Cristo, a fim de vir a participar da essência do ser de Cristo.
Rm.8:29 “porquanto aos que diante mão conheceu, também os predestinou para serem conformes a imagem de seu filho [...]”
Quero informar-lhes que Deus continua separando homens para que sejam usados unicamente por Ele. Homens que determinem o contexto moral de suas vidas a luz da Sagrada Escritura, gente que viva no mundo sem que seja contaminado pelo mundo. Paulo afirma que estes que assim procuram viver, são Santos e consagrados ao Deus Eterno. Minha orientação é que a luz deste texto é que primemos em ouvir as orientações daqueles que são realmente comissionados pelo Senhor, aqueles que buscam direcionar suas próprias vidas a luz da Palavra. 
Permita-me deixar claro pra você, que como eleito do Senhor pesa sobre nós a responsabilidade de testemunhar de Cristo. Ou seja, a santidade que é peculiar ao eleito é um testemunho vivo de que Deus habita em nós.

5
O privilégio de ser santificado deriva do próprio Deus como aquele que chama os eleitos a santificação.
            Permita-me apresentar a segunda característica de um eleito apresentada pelo apóstolo neste texto:

II – FIDELIDADE (v.1)
“... aos Santos que vivem em Éfeso e fieis em Cristo Jesus,”.
Este segundo adjetivo usado pelo apóstolo é o designativo de alguém que tem fé, que acredita e, que espera confiante o cumprimento da promessa daquele que é fiel e poderoso para cumprir o que prometeu. (a palavra fiel vem do grego “pistoi”). A ideia é que aqueles que são fieis ao Senhor não vendem nem abandonam suas convicções. Tais pessoas estão ligadas a Cristo de maneira tão intensa que suas vidas não existem sem Cristo. Acho tremenda a afirmação de Francis Foulkes quanto à necessidade que os fieis tem de Cristo.
“assim como a raiz dentro da terra, o ramo ligado a videira (Jo15:1), o peixe no mar e o pássaro no ar, assim o lugar da vida do cristão é em Cristo (Col. 3:1-3).”[2]     

6
Permita-me fazer mais uma observação. Como santos e eleitos devemos demonstrar nossa fé através de nossos atos de fidelidade a Deus. O materialismo, as pressões do cotidiano, a falsa sensação de derrota diante da pós-modernidade por não nos adequarmos ao seu modelo de vida, ou qualquer outro tipo de preção, não devem conduzir o fiel a infidelidade. Se estamos em Cristo, como viveremos se dele formos cortados? Sob qualquer circunstância nossa vida deve está posta em Cristo. Isto não é extremismo cristão, misticismo, ou caretice, isto não é ser carola. Isto é ser fiel. Cristo é a única fonte da qual devemos beber. Só assim,
“a graça, e a paz da parte de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo será multiplicada entre nós”. Ef. 1:2.





[1] Lopes, Hernandes Dias. Efésios: igreja, a noiva gloriosa de Cristo / Hernandes Dias Lopes. — São Paulo: Hagnos, 2009 p.13
[2] Comentário aos Efésios pg.38


NOSSO CRISTO VIVE
I Jo. 5:6-12
Depois de ter demonstrado nos versos 1-4 deste capítulo que todo aquele que nasceu de Deus vence o mundo (é fato que esta vitória ocorre através de Cristo), no texto em apreço, consigo perceber que João deseja alcançar pelo menos três objetivos.
1º)  Apresentar as provas desta vitória
2º) Apresentar as consequência de crer no testemunho concedido das testemunhas apresentadas por João
3º) Demonstrar a importância destas provas
O contexto vivido pela igreja estava cada vez mais difícil. Os falsos mestres estavam atacando os crentes afirmando que Cristo era uma lenda, que não podia ser visto e sua existência não podia ser provada. Alguns irmãos estavam perturbados com estas afirmações e muitos estavam adoecendo na fé.
A relevância deste sermão esta no fato de que esta mesma falsa mensagem tem sido anunciada e por incrível que pareça muitos dos nossos também têm adoecido na fé. Talvez as palavras dos falsos mestres dos dias hodiernos não sejam as mesmas dos que viveram outrora, mas, estou certo de que muitos dos nossos são desafiados a provar a existência de Cristo.
  A intenção de João é poder provar que nossa fé não esta firmada em conjecturas. Não é uma ficção, e nosso Salvador não é um mito (uma lenda). A Bíblia e a história fornecem provas de que Jesus Cristo o filho de Deus, esteve entre nós, e João como seu apóstolo cita no texto em apreço as provas deste fato.

I- PROVAS HISTÓRICAS (v6-8)
1.      O batismo e a crucificação são provas históricas irrefutáveis de nossa redenção em Cristo.

v.6 “este é aquele que veio por meio de água e sangue, Jesus Cristo; não somente com água, mas também com a água e com o sangue.  [...]”

Pelo fato de não haver dúvidas na mente dos autores sacros com relação à existência de Deus e nem de seu Filho Jesus Cristo, a Sagrada Escritura não tem a preocupação de provar a sua existência. A Bíblia categoricamente afirma que eles existem.  Neste verso, João procura mostrar historicamente e espiritualmente esta verdade.
Quando o apóstolo João cita no verso 6 “água e sangue”, ele se refere a dois momentos cruciais da vida do Senhor Jesus: Seu batismo com água (como início de seu ministério), e sua morte vicária (sacramentando nossa redenção através de seu sangue).
Praticamente todos os acadêmicos contemporâneos concordam que Jesus existiu realmente,
Numa revisão em 2011 do estado da arte da investigação contemporânea, Bart Ehrman escreveu: "Com certeza existiu, já que praticamente qualquer investigador clássico competente concorda, seja ou não cristão" [1]Richard A. Burridge afirma: "Há aqueles que argumentam que Jesus é produto da imaginação da Igreja e que nunca houve qualquer Jesus. Devo dizer que não conheço nenhum acadêmico de renome que ainda afirme isso" [2]. Robert M. Price não acredita que Jesus tenha existido, mas reconhece que o seu ponto de vista é contrário à maioria dos acadêmicos[3].  James D.G. Dunn chama às teorias da inexistência de Jesus "uma tese completamente morta" [4]. Michael Grant (um classicista) escreveu em 1977: "em anos recentes, nenhum acadêmico sério se aventurou a postular a não historicidade de Jesus, e os poucos que o fazem não tiveram qualquer capacidade de contrariar as evidências no sentido contrário, muito mais abundantes e fortes [5]. Robert E. Van Voorst declara que os acadêmicos bíblicos e historiadores clássicos encaram as teorias da inexistência de Jesus como completamente refutadas[6].

Mesmo que alguns desejem provar a inexistência do Senhor Jesus é fato comprovado historicamente que Ele foi um pregador judeu da Galileia, foi batizado por João Batista e crucificado por ordem do governador romano Pôncio Pilatos.   

II- PROVAS ESPIRITUIAS.
João apresenta duas testemunhas espirituais que provam a existência de Cristo: o Espírito Santo e o próprio Deus.

a.      O Espírito Santo

v.6b “[...] e o Espírito é que dá testemunho, porque o Espírito é a verdade”
João toma o Santo Espírito como testemunha da existência espiritual de Cristo por duas razões:
1º) O Mesmo esteve presente em todos os momentos da vida de Cristo.
Ø  Na concepção (Lc.1:35)
Ø  Em seu nascimento (Mt 1.20)
Ø  No batismo (Mt 3.16; Lc 3.22)
Ø  Em momentos de ensinamentos (Jo 6.63)
Ø  Etc.
2º) O Espírito Santo é o único capaz de convencer o pecador de seus pecados (Jo16:8-10)
Jo. 15:26 “quando, porém, vier o consolador, que eu enviarei da parte do pai, o Espírito da verdade, que dele procede, esse dará testemunho de mim
João baseado nas palavras do Mestre, não poderia tomar como testemunha outra pessoa senão o Espírito Santo. Ninguém é capaz de convencer o pecador de que Jesus Cristo é capaz de perdoar todas as nossas transgressões senão o Espírito Santo. Para João o Espírito pode testemunhar a respeito de Cristo, porque sempre esteve presente em sua vida. É isto que João procura mostrar pra seus ouvintes.
Cristo é real e tanto o Céu quanto a terra testemunham a respeito Dele.
Os versos 7,8 reforçam a afirmação do testemunho joanino, apresentando o Espírito Santo como a suprema verdade, e os acontecimentos (batismo e morte) como reforço deste testemunho a fim de mostrar que não é apenas um que testemunha, mas três, e estes são unânimes.
v.7,8 “[...] o Espírito, a água e o sangue, e os três são unânimes num só propósito”
Permita-me citar o que informei na introdução deste sermão: A importância de entender o que João esta defendendo, é poder provar que nossa fé não esta firmada em conjecturas. Não é uma ficção, e nosso Salvador não é um mito (uma lenda).
Mas escute! Se o seu pensamento gira apenas em torno de um Jesus histórico, você corre sério perigo. O testemunho salientado por João nos versos 7,8 explica porque o salvo não corre tal perigo. A água e o sangue salientados por João são símbolos de nossa redenção. No batismo Jesus cumpriu as exigências da lei e identificou-se com seu povo, em sua morte ele assumiu nossa culpa livrando-nos da morte eterna.
Ver estes fatos apenas como história é olhar para a morte de Cristo como a morte de um homem qualquer. É preciso entender que a cruz nos aproxima de Deus e demonstra seu grande amor por nós.
b.      Deus testemunha a respeito de seu Filho (v.9,10)  
v.9 “se admitimos o testemunho dos homens, o testemunho de Deus é maior; [...]”
A importância do testemunho do Pai a respeito de seu Filho é crucial neste texto. Primeiro, porque a Palavra de Deus é verdade inquestionável. Segundo porque a afirmação de que o Pai testemunha do filho encontra respaldo no que Jesus ensina.
Jo.5:32 “Outro é o que testifica a meu respeito, e sei que é verdadeiro o testemunho que ele dá de mim” 
Se não é possível negar a existência do Filho, como negar a existência do Pai de quem o filho deu pleno testemunho?
Jo.5:19-22; 6:44; 8:41,42; 10:45; 12:9,10.
Se apenas os homens testemunhassem de Cristo, se apenas a igreja proclamasse os seus feitos isto já seria suficiente pra que o propósito do Pai pudesse ser alcançado. No entanto, João afirma que não apenas as testemunhas dos versos 6, 8, testificam a respeito de Cristo, mas também o próprio Deus o faz.
I Jo.5:9b ora, este é o testemunho de Deus, que Ele dá acerca de seu Filho.
E que testemunho é este senão o mesmo que já fora anunciado? João explica isto no v.11
v.11 “e o testemunho é este: que Deus nos deu a vida eterna, e esta vida está no seu filho”
v. 10- Aquele que crê no filho de Deus tem, em si, o testemunho. Aquele que não dá crédito a Deus o faz mentiroso, porque não Crê no testemunho que Deus dá acerca de seu Filho.  
É preferível crer em Deus e não nos homens, é preferível exercer fé acreditando no testemunho de Deus por que “esta é a vitória que vence o mundo [...]” I Jo.5:4
  
III- A IMPORTÂNCIA DESTAS PROVAS
Há uma condição para se chegar ao Céu, e esta não é outra senão ter a vida eterna, mas só pode ter vida eterna aquele que crê no Filho de Deus.
Jo.3:36 “quem crê no Filho tem a vida eterna; o que, todavia, se mantém rebelde contra o Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus” 
Não podemos sair deste templo como quem ouviu mais uma informação. É imprescindível entender que Jesus é o único caminho que leva a Deus.
Deus é o único que pode nos conceder vida eterna, no entanto exige que creiamos no seu Filho. 
I Jo.5:12 “Aquele que tem o Filho tem a vida; aquele que não tem o Filho de Deus não tem a vida”  

Pr. Joziran Vieira (sermão pregado na IEC Mossoró em 30/11/2014)




[1] Ehrman, Bart. Forged: writing in the name of God – Why the Bible's Authors Are Not Who We Think They Are. [S.l.]: HarperCollins, 2011. p. 285. ISBN 978-0-06-207863-6. (http://pt.wikipedia.org/wiki/Jesus#cite_note-15/acesso em 28/11/2014)
[2] Jesus Now and Then. [S.l.]: Wm. B. Eerdmans Publishing, 2004. p. 34. ISBN 978-0-8028-0977-3. (http://pt.wikipedia.org/wiki/Jesus#cite_note-15/acesso em 28/11/2014)
[3]  "Jesus at the Vanishing Point". The Historical Jesus: Five Views. (2009). InterVarsity. 55, 61. ISBN 978-0-8308-7853-6 (http://pt.wikipedia.org/wiki/Jesus#cite_note-15/acesso em 28/11/2014)
[4] "Paul's understanding of the death of Jesus". Sacrifice and Redemption. (2007). Cambridge University Press. 35–36. ISBN 978-0-521-04460-8 (http://pt.wikipedia.org/wiki/Jesus#cite_note-15/acesso em 28/11/2014)

[5]  Grant, Michael. Jesus: An Historian's Review of the Gospels. [S.l.]: Scribner's, 1977. p. 200. ISBN 978-0-684-14889-2. (http://pt.wikipedia.org/wiki/Jesus#cite_note-15/acesso em 28/11/2014)
[6]  Van Voorst 2000, p. 16 (http://pt.wikipedia.org/wiki/Jesus#cite_note-15/acesso em 28/11/2014)


OS BENEFÍCIOS DE SER UM SALVO
I Jo.2:12-17
Dois testes já foram postos por João aos seus ouvintes quanto à certeza de serem salvos. O primeiro foi o teste moral em que o fator primordial é obediência, o segundo foi o teste social onde a exigência é amor ao próximo. Agora o propósito do apóstolo é motivar seus ouvintes quanto ao que são e o que alcançaram em Cristo.

I- SOMOS JUSTIFICADOS EM CRISTO. (2:12)
I Jo.2:12 “filhinhos, eu vos escrevo porque os vossos pecados são perdoados, por causa do seu nome”
a.       A PRIMEIRA AFIRMAÇÃO É QUANTO AO QUE SOMOS
Somos perdoados, justificados, livres da culpa. Isto é algo que não merecemos, mas que recebemos como uma ação da graça de Deus. O mérito da justificação pertence a Cristo.
“[...] por causa do seu nome”

b.      QUANTO AO QUE GANHAMOS
Sem a Cruz não há perdão. Sem perdão não há paz com Deus; sem perdão jamais habitaremos no Céu. O perdão é sem dúvida um presente de Deus para a humanidade. Este fato me conduz a pensar no que ganhamos.

II- ADQUIRIMOS CONHECIMENTO DE DEUS. (v13,14)
Conhecimento de Deus é algo que ilumina a mente do homem e abre os seus olhos para que venha a conhecer a Cristo.
2:22,23 “Quem é mentiroso, senão aquele que nega que Jesus é o Cristo? Este é o anticristo, o que nega o Pai e o Filho. Todo aquele que nega o Filho, esse não tem o Pai; aquele que confessa o filho tem igualmente o Pai”
O conhecimento ao qual João se refere não é um conhecimento apenas contemplativo ou teórico. É algo que vai além que mexe com nosso espírito e nos concede a intensa convicção de que Aquele que é poderoso cuida de mim. Este conhecimento é experimental. 

a.       CONHECIMENTO EXPERIMENTAL.
Deixe-me explicar este conhecimento.
1.      Zaqueu.
Lc.19:1-3 “1. entrando em Jericó, atravessava Jesus a cidade. 2. Eis que um homem chamado Zaqueu, maioral dos publicanos e rico, 3. procurava ver quem era Jesus [...]
Conhecia Jesus de ouvir falar (conhecimento teórico), desejava contemplá-lo (v3 procurava ver quem era Jesus [...]). No entanto era um homem que explorava o necessitado, usava de má fé em seus negócios a fim de se beneficiar.
Mas ao obter conhecimento experimental de Deus através de Cristo sua vida foi transformada.
Lc.19:8,9 “[...] Senhor resolvo dar aos pobres metade dos meus bens; e, se nalguma coisa tenho defraudado alguém, restituo quatro vezes mais. 9- Então, Jesus lhe disse: hoje, houve salvação nesta casa [...]”    
João se dirige aos Pais, na ideia de que estes têm tal conhecimento de Deus e assim possuem um firme fundamento. João compreende que suas experiências com Deus jamais poderão ser negadas por terem sido adquiridas a luz da Palavra de Deus.

b.      ATRAVÉS DESTE CONHECIMENTO SOMOS FORTALECIDOS (v13b,14)
“[...] jovens, eu vos escrevo, porque tendes vencido o Maligno. 14. Filhinhos, eu vos escrevi, porque conheceis o Pai. Pais, eu vos escrevi, porque conheceis aquele que existe desde o princípio. Jovens, eu vos escrevi, porque sois fortes, e a palavra de Deus permanece em vós, e tendes vencido o Maligno”   
A figura utilizada por João é a dos jovens, não afirmando que apenas estes são fortes. Sua intenção é destacar que eles têm vencido a tentação da prostituição, da bebedeira e dos demais vícios da época, mesmo sendo jovens. No entanto, Todos nós precisamos deste conhecimento a fim de que sejamos fortalecidos. Isto só é possível porque a palavra de Deus habita todo o nosso ser.
14b “[...] Jovens, eu vos escrevi, porque sois fortes, e a palavra de Deus permanece em vós, e tendes vencido o Maligno”   

III- ADQUIRIMOS A VIDA ETERNA (v15-17)
a.       A VIDA ETERNA É INCOMPATÍVEL COM O AMOR PELO MUNDO.
I Jo.2:15,16 “não ameis o mundo nem as coisas que há no mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele; 16. Porque tudo que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não procede do Pai, mas procede do mundo.”
Mesmo que anteriormente João tenha dito que devemos amar a todos, (v7-11) não há contradição alguma quanto a não amar o mundo. Há três significados diferentes no Novo Testamento para a palavra “mundo”: 
1)  o mundo físico, o universo - “Deus que fez o mundo e tudo o que nele existe”  (At  17.24); 
2)  o mundo humano,  a humanidade - “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigénito para que todo o  que nele crer não pereça, mas  tenha a vida  eterna”  (Jo  3.16); 

3)  o  mundo  sistema, inimigo de Deus
“Não ameis o mundo nem as coisas que há no mundo...” (2.15).
Quem ama a Deus despreza todo e qualquer sistema que se opõe a Deus. Tudo que é contrário ao que Deus ordena é inimigo de Deus. “o homem do mundo é aquele que julga todas as coisas segundo os seus apetites.”[1] João apresenta as coisas do mundo em pelo menos três categorias:
I Jo.2:16 “porque tudo que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não procede do Pai, mas procede do mundo”
Simon Kistemaker observa o seguinte quanto a estes pecados apresentados por João neste versículo
As duas  primeiras  categorias  (concupiscência da carne e dos  olhos) referem-se a desejos pecaminosos;  a última  (soberba) é um comportamento pecaminoso. As duas primeiras são pecados internos e ocultos; a última é um pecado externo e revelado. As primeiras dizem respeito à pessoa como indivíduo; a última, à pessoa em relação àqueles que estão ao seu redor.[2]
Quando o homem em pecado deseja satisfazer sua vontade, a porta de entrada do pecado geralmente são os olhos; o pecado uma vez consumado enche o pecador de soberba por ter conquistado o objeto de seu desejo. Observe então o que afirma Tiago a este respeito:
Tg.1:15 “Depois, havendo a concupiscência concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, sendo consumado, gera a morte.”
Estando o homem morto, não pode ouvir a voz de Deus e a cada dia mergulha na densa escuridão que o conduz a condenação.
Conclusão: O mundo e seus apetites são transitórios. No versículo 17 João afirma “Ora, o mundo passa, bem como sua concupiscência; [...]”. Observe o quanto este mundo é passageiro a partir do fato de nossas conquistas. Quando conquistamos o que desejamos nosso alvo passa ser outra coisa.
Achei interessante a aplicação do Pr. Hernandes Dias quanto a transitoriedade do undo. Ele diz: Quando John Rockeífeler, o primeiro bilionário do mundo, morreu, perguntaram para o seu contador no cemitério: “Quanto o Dr. John RockefFeler  deixou?” Ele respondeu  de pronto: “Ele deixou tudo; ele não levou nenhum centavo”.[3]
Diante disto pergunto: será que vale a pena investir no mundo? Certamente que não.
Apenas aqueles que fazem a vontade de Deus permanecem para sempre. Esta vontade deve direcionar nossa vida como um todo.





[1] Barclay p.68
[2] Kistemaker 2006 p.361
[3] Lopes 2010 p.127



A NECESSIDADE E IMPORTÂNCIA DO CLAMOR PELA GLÓRIA
(aniversário de 31 anos da IEC Mossoró. julho de 2014 )
Jr.33:3
O cap.31: 31-40 é essencial para a compreensão do tema proposto. Ali observamos o que o profeta disserta a respeito de uma nova aliança firmada entre Deus e o seu povo. é interessante observar que esta nova aliança beneficia Israel, mas também todo aquele que der ouvidos aos princípios estabelecidos nesta aliança que agora entra em vigor. Vejamos alguns destes detalhes e então compreenderemos a necessidade e a importância do clamor pela glória.
I- a necessidade de se clamar pela glória dar-se pelo fato de que a nova aliança possui características pessoais (individuais).   
Jr.31:31-34 nos informa que a aliança que Deus havia feito com a nação de Israel através da lei mosaica, não se encaixava absolutamente com a época da graça que haveria de vir.
a.       A ANTIGA ALIANÇA.
1.      A aliança firmada pela lei mosaica refletia mais obrigação do que aceitação.
A confusão estava em achar que cumprindo as obrigações ritualísticas da lei, o homem estava desobrigado de seu compromisso com Deus e livre para agir como bem entendesse. Isto exprime religiosidade e não conversão, obrigação e não mudança significativa e real.
2.      A aliança mosaica tinha um aspecto mais nacional do que pessoal.
Entre os cativos de Israel também estavam os penitentes. Mas o clamor destes penitentes em favor da nação não fora ouvido porque a aliança em primeira estância era nacional. (Jr.31:31,32)
Todos em comum eram responsáveis por obedecer esta aliança. Ou seja, pra que a ira de Deus não fosse derramada sobre toda a nação todos precisavam voltar-se para Deus.

b.      A NOVA ALIANÇA.
1.      A responsabilidade é pessoal, individual.
Cada um daqueles que são atraídos pelo Senhor devem demonstrar uma mudança considerável em seu ser em resposta a misericórdia divina (Jr.31:33,34)
“[...] na mente, lhes imprimirei as minhas leis, também no coração lhas escreverei, eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo. não ensinará jamais cada um ao seu próximo, nem cada um ao seu irmão, dizendo: conhece ao Senhor porque todos me conhecerão, desde o menos até ao maior deles, diz o Senhor. pois perdoarei as sua iniquidades e dos seus pecados jamais me lembrarei”   
A devoção a Deus nesta nova aliança é fruto de uma profunda gratidão ao Senhor pela libertação do cativeiro pecaminoso. Ela (a devoção) provoca uma íntima comunhão com Deus porque é resultado de sua graça. Sendo assim, aquele que é alcançado por esta nova aliança clama a Deus incessantemente, pra que sua glória seja o motivo de sua existência. Ou seja, o salvo vive para a glória de Deus. 
Perceba que a responsabilidade e necessidade são pessoais e você precisa estar consciente disto.

II- só mesmo aquele que é portador de toda glória pode nos revelar coisas grandes e ocultas.
Eis a importância de clamar pela glória
1.      Quando clamamos a Deus sinceramente, Ele sacia nossa ansiedade.
a.       O clamor ocorre através da oração
Foi orando a Deus que o profeta buscou realizar o feito de saciar sua ansiedade. Como qualquer ser humano, Jeremias estava ansioso, preocupado e sem compreender as ações de Deus.
Ø  Como Deus poderia restaurar a sorte daquela nação?
Ø  Porque o Senhor ordenou o profeta comprar uma propriedade naquele lugar se a terra iria ser invadida?
Ø  Qual era o propósito de Deus?
A fim de encontrar respostas, o profeta ora: (Jr.32;16,17)
[...] orei ao Senhor dizendo:
Ah! Senhor Deus, eis que fizestes o Céu e a terra com teu poder e com o teu braço estendido; coisa alguma te é demasiadamente maravilhosa (ou seja, impossível).
Deus responde as interrogações do profeta (Jr.32:42-44) e aquieta seu coração. Deus afirma que não há impossíveis para Ele (v.27). Deus nos faz compreender que podemos confiar plenamente em suas ações. Assim, quando Ele disser aja, não se detenha, quando ele der ordem pra que esperemos n’Ele, tranquilize seu coração.
2.      Se clamarmos Ele responde. (Jr.33:3)
A prisão do profeta não o impede de conhecer o que esta além de sua condição física. Deus lhe mostra coisas “grandes e ocultas”.
a.                Pra receber é preciso pedir. É fato que aqui Deus esta falando de revelação de sua vontade e não de salvação. O que me leva a realizar a seguinte aplicação:
Conhecemos o futuro? Temos certeza do amanhã? Onde viveremos a eternidade? A certeza de respostas positivas para estas perguntas é possível apenas aquele que foi restaurado pelo Senhor e andam nos seus caminhos. Se você não é um destes, você necessita clamar pela glória.




O EFICAZ MÉTODO DE CLAMAR
(aniversário de 31 anos da IEC Mossoró. julho de 2014 )
Lc.18:7-14
Há uma dificuldade enorme para que se preserve o hábito de clamar. Geralmente somos mais intensos e contínuos em nossa vida de oração quando estamos passando por dificuldades ou quando estamos vivendo um súbito momento de entusiasmo. Ou seja, salvos as exceções, não costumamos manter uma vida de oração. Jesus percebeu isto e procurou determinar princípios que nos ajudam a perseverar em oração.

I- AO ORAR ESTEJA CIENTE DA IMPORTÂNCIA DA ORAÇÃO.
a.       A oração é a respiração do verdadeiro cristão[1]
“o cristianismo autêntico começa e floresce na prática da oração; ou decai na falta dela” [2].   
Temos o dever de orar a fim de que nossa vida seja preservada dos ataques pecaminosos. Deus por sua infinita graça preserva os santos quanto a sua salvação. No entanto, nossa santificação além de ser um ato é também um processo, é procurando dar continuidade a este processo que devemos intensificar nossa vida de oração. 
V7 Não fará Deus justiça aos seus escolhidos que a ele clamam dia e noite [...]?
Perceba o quanto é urgente e imprescindível o hábito de orar constantemente. 
V7,8 Não fará Deus justiça aos seus escolhidos que a ele clamam dia e noite [...]? Digo-vos que, depressa, lhes fará justiça [...].

b.      A oração é uma marca que distingue os eleitos dos demais.
V7. Não fará Deus justiça aos seus escolhidos que a ele clamam dia e noite embora pareça demorado em defendê-los?
As marcas da eleição estão delineada com muita clareza na Santa e Sagrada Escritura.
Ø  Rm.8:29 Paulo afirma que o leito possui a imagem de Cristo
Ø  I Ts. 1:3,4 Paulo aponta como característica da eleição:
o   Fé operante
o   Amor abnegado
o   Firme esperança
No texto em foco Jesus afirma que os eleitos “clamam a Ele dia e noite” ou seja, é gente que ora porque procura estar continuamente em comunhão com Deus.  

II- DEPOSITE SUA CONFIANÇA APENAS EM DEUS.
V9 Jesus propôs também esta parábola a alguns que confiavam em si mesmos [...]
Ryle afirma que por natureza temos uma doença hereditária que nos enche de justiça pessoal. A cura para este mal é conhecermos a nós mesmos. É a partir daí (deste conhecimento de nós mesmos) que adquiriremos o eficaz método de clamar.
Ao orar reconheçamos nossa insignificância diante deste Santo Deus. (v10,11)
a.      A oração do fariseu estava escassa de verdade. (v12)
Não continha confissão nem reconhecimento de culpa.
“[...] Orava de si para si mesmo [...]”
Nunca estaremos em situação tão desesperadora quanto a que nos impede de reconhecer nosso real estado diante de Deus. Precisamos estar cientes de que o padrão pelo qual devemos medir a nós mesmos é Deus e não outro homem.

b.      A oração do publicano. (v13)
Ryle destaca cinco aspectos que desejo destacar.
1.      Foi uma oração genuína
Continha súplica e não apenas ações de graça. aquele homem reconhecia sua situação

2.      Foi uma oração pessoal
Ele procurou apontar suas falta e não as nossas faltas.

3.      Foi um clamor humilde
Ele confessou suas faltas reconhecendo sua carência de Deus

4.      A misericórdia de Deus era o alvo a ser alcançado
“[...] ó Deus, Sê propício a mim, pecador”

5.      Foi um clamor provindo do coração.
A expressão “batia no peito” revela sua comoção e a verdade de que estava profundamente arrependido.
É interessante observar como conclusão que um coração compungido e contrito o Senhor não despreza (Sl.51:17).







[1] Ryle, 2011 p.287
[2] ibid



Um embaixador de Deus na terra dos deuses
(parte 1)
At.17:16-34
     Duas lições ficam claras quando estudamos este texto. A primeira lição é que é preciso reagir contra o pecado; a segunda é que há no homem a grande necessidade de chegar-se a Deus. Assim, desejo através da atitude de Paulo em Atenas apresentar pelo menos três atitudes que devemos ter diante deste quadro de necessidade.
I- O que enxergamos com relação ao pecado.
a)  Observemos o que Paulo viu. (v16)
Uma cidade repleta de idolatria.
•   A antiga fortaleza da cidade no ponto mais alto da mesma era um amplo local dedicado ao culto aos deuses.
•   A praça. Local de debates políticos e filosóficos
•   As milhares de estátuas espalhadas pela cidade (30.000 estátuas públicas espalhadas pela cidade) cada local possuía sua divindade protetora.
•   No templo (parthenon) Havia uma enorme estátua de Atena feita de ouro e mármore.
Hernandes Dias Lopes observa que por toda cidade havia estátuas de:
Ø  Apolo (identificado como o sol e a luz da verdade. Fazia os homens conscientes de seus pecados e era o agente de sua purificação;
Ø  Júpiter (considerado o deus dos céus e dos trovões)
Ø  Vênus ou Afrodite (A deusa do amor e da beleza)
Ø  Mercúrio (é um mensageiro e deus da venda, lucro e comércio)
Ø  Baco (É o deus do vinho, da ebriedade, dos excessos, especialmente sexuais, e da natureza.
Ø  Diana e outros
Embora fossem belíssimas como arte, o apóstolo não perdeu o foco de sua missão (pregar o Cristo vivo que salva pecadores). Paulo percebia que a idolatria cega o homem espiritualmente. “a idolatria é a tentativa de confinar Deus ao espaço imposto pelo homem [...] é um pecado gravíssimo porque rouba a honra e a glória do nome Deus. é dar a outro ser a honra e a glória que só Deus merece”. 
O homem aprisionado pelo pecado não consegue perceber a aflição de sua alma em busca de paz. Por isto atiram-se sem reservas a qualquer aventura espiritual em busca de conter sua sede de Deus. Alguns vivem rodeados de deuses, mas ainda assim continuam vazios. Permita-me salientar a verdade:
Não é Apolo o sol e a luz  da Verdade. A luz e a verdade é Cristo Jesus Nosso Senhor.
Não é Júpiter o deus dos Céus. O Deus dos Céus é o Grande EU SOU.
Afrodite não é capaz de produzir amor verdadeiro. Mas o nosso Cristo Ele é a expressão exata do amor.
Baco deus do vinho não pode conceder-lhe a alegria e a paz Real. Somente Cristo é capaz curar as feridas interiores e declarar:
“Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize.” (Jo. 14: 27)
Mercúrio não é o mensageiro de Deus. Só Cristo é quem pode conduzir-nos a Deus. Ele disse
“Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida: ninguém vai ao Pai senão por mim” (Jo.14:6)
Não nos deixemos envolver pelas belezas terrenas a ponto de aliarmo-nos ao pecado. Muitos dos nossos em nome da modernidade, do intelectualismo, do conhecimento secular acomodam-se ao pecado sem que este o aflija. Observem como Paulo se conduziu naquela cidade diante do que ele sentiu. (conf.v16,17).

II- quais são nossos sentimentos quanto ao pecado.
b) O que Paulo sentiu
(v16) “[...] o seu espírito se revoltava [...]”
O verbo grego paroxyno aplicado aqui tem o sentido de tomar uma atitude contra o que se revolta. A revolta do apóstolo o levou a uma atitude.
(v17) “por isso dissertava na sinagoga entre os judeus e os gentios piedosos; também na praça, todos os dias, entre os que se encontravam ali”
Esta atitude de Paulo me faz lembrar o Mestre que olhava para os necessitados e era movido de íntima compaixão. Nosso desafio é real e urgente. Quais são nossos sentimentos com respeito a nossa situação? Quais são nossos sentimentos com respeito a situação dos pecadores? Estamos sendo desafiados e qual será nossa atitude?
III- Quais são nossas ações com relação ao pecado.
c)  O que Paulo fez
1.  Paulo reagiu pautado em sua missão.
(v17) “por isso dissertava na sinagoga entre os judeus e os gentios piedosos; também na praça, todos os dias, entre os que se encontravam ali”
A ideia é que incomodado com o pecado o apóstolo resolveu testemunhar de Cristo. Sabemos qual o problema da sociedade então vamos apontar a solução.
Deus deseja que sejamos suas testemunhas. Se hoje ouvimos a voz de Deus nos deixemos moldar por Ele a fim que sejamos instrumentos em suas mãos.



Homens que transformaram o mundo.
At.16:6 – 17:15
Ler: 17:1-7
     Do capítulo 15:36 ao capítulo 18:23 Lucas expõe a segunda viagem missionária de Paulo tendo como companheiro Silas (At.15:40. No capítulo 16:1-10, somos informados que pelo menos mais dois missionários se juntam a esta caravana. São eles Timéteo (At.16:1-5) e Lucas (At.16:10).
     Olhando para o que o Espírito Santo realizou por intermédio deles,  chego a conclusão de que mesmo sendo soberano, Deus nos responsabiliza de algumas tarefas. Ou seja, algumas iniciativas espirituais são tarefas peculiares dos homens.
     Certa vez perguntaram a David Livingstone (missionário na África no século XIX): até onde você está disposto a ir com relação à obra de Deus? Ele respondeu: “estou disposto a ir a qualquer parte, desde que seja para frente”. Creio que ainda existem homens que desejam assumir plenamente sua responsabilidade diante de Deus. Sei que existe gente desejosa desta convicção. Estes homens apresentado aqui em Atos dos apóstolos transformaram o mundo de sua época, movidos pelo poder de Deus por estarem convictos de sua responsabilidade. Assim, quero apropriar-me do texto sagrado a fim de lhe motivar a tal como estes homens esboçar uma reação em sua postura espiritual capaz de transformar Mossoró e o mundo em sua volta.
I- Não apenas Creram, transbordaram do poder de Deus.   
1.      Quem eram estes homens?
Os apóstolos eram gente como agente. Sentiram medo, foram perseguidos, desacreditados, açoitados, expulsos das cidades, passaram por naufrágios e etc., mas movidos pelo poder de Deus (At.2:4) tornaram-se homens de ação.
2.      Promessa cumprida é hora de entrar em ação.
Ø  At. 2:14-41 em Jerusalém Pedro transbordando de poder do Espírito santo levou quase três mil vidas a Cristo.
Ø  At. 3:1-10 um coxo é curado na porta do templo
Ø  At. 4:23-31 a igreja vendo um foco de perseguição, reuniu-se em oração. Transbordando do poder do Espírito Santo, orando levaram a terra a tremer e com intrepidez anunciavam a Palavra.
Ø  At.5:1-11 Ananias e Safira são mentem para Pedro que estava Cheio de Deus. Pedro então afirma: “não mentiste aos homens, mas a Deus”(v4) isso causa espanto no povo e concedia credibilidade a igreja.
Ø  At.6:1 – 7:60 Estevão cheio do poder de Deus é apedrejado, e antes de morrer ora ao Senhor dizendo: “Senhor não lhes imputes este pecado” (v60)
Ø  At.8:1-40 em Samaria, Filipe em meio à perseguição causa grande impacto na cidade curando enfermos expulsando demônios e pregando a Palavra.
Ø  At.9 Em Damasco o jovem Saulo é impactado pelo poder do Espírito Santo e atraído a Cristo, começa a fazer parte do impacto que a igreja estava causando no mundo.
Ø  At.10 O Espírito Santo desce sobre os gentios
Ø  At. 11:19-26 em Antioquia os discípulos cheios do poder do Espírito Santo, causam impacto pregando a salvação em Cristo e são chamados pela primeira vez de cristãos.
Ø  At.12:1-19 A soltura miraculosa de Pedro da prisão causa grande alvoroço (v18)
Ø  At.13 Paulo e Banabé são separados por determinação do Espírito Santo e empreendem a primeira viagem missionária causando grande impacto por onde passaram.
o   13:6-12 pregaram ao procônsul Sergio Paulo e Barjesus o mago os incomodava. “Paulo cheio do Espírito Santo ...” ordena´-lhe que fique cego (v11)
Ø  At. 14 em Icônio grande multidão creu no senhor Jesus porque Cheios do poder do Espírito Santo Paulo prega para o povo.
Ø  At.15:36 Dar-se início a segunda viagem missionária de Paulo
Ø  At.16;1-6 os missionários tem uma grande experiência com Deus. Em Filipos fundam uma prospera igreja. Ali se convertem Lídia, uma jovem escrava e um oficial romano.
Ø  At. 17 ao chegarem a Tessalônica são recepcionados por alguns, como gente que perturba a ordem. (transtornadores v6). Transtornar significa: atrapalhar, perturbar, causar conflito, tirar a paz.   
Estes homens não transtornavam o mundo. Antes, transformavam o mundo em sua volta por onde passavam, por que transbordavam do poder de Deus.
      Creio firmemente que estas experiências foram marcantes para as pessoas. Não causaram conflito, não atrapalharam suas vidas. Antes tornaram tais pessoas felizes, libertas, renovadas.  Mas também creio que tais experiências foram marcantes para os apóstolos. Não há nada na vida do salvo mais magnífico do que ser instrumento da ação de Deus.
   Quero motivá-lo a ser um agente de transformação do mundo a sua volta. Quero desfiá-lo a transbordar no poder do Espírito quero desafiá-lo a viver sob a ação do Espírito Santo. E pra que isto ocorra precisamos parar de focar as dificuldades e volte seus olhos para o soberano agir de Deus.
    O que estava ocorrendo na vida dos apóstolos era algo determinado por Deus. Eles não eram baderneiros. Não procuravam causar problemas, apenas deixaram-se usar pelo Senhor. Talvez estejam te vendo como causador de infortúnios, talvez queiram que você esteja distante, talvez muitos estejam torcendo pra que você desista, mas permita-me dizer-lhe algo da parte de Deus: Você não é causador de transtorno, você é agente de transformação.
     Sendo um destes agentes, Paulo mantinha suas convicções no que Deus havia lhe dito (At.9:15-17) v15 “você é instrumento escolhido”
       V16  “importa sofrer pelo meu nome”
        V17 “você esta cheio do Espírito Santo”

II- Foram agentes de transformação. (At.16:11-34)
“Sendo tais agentes assumiram as seguintes posturas”
1.      Sempre esperaram a iniciativa de Deus.
a)      Com relação ao cumprimento da nossa tarefa.
o       A conversão de Lídia “O Senhor lhe abriu o coração para compreender as coisas que Paulo falava” At.16:14
o   A libertação da escrava grega (v16-18)
o   A conversão do carcereiro (v27-34)
Somos incapazes de mudar a vida dos homens e as suas atitudes. Só o agir de Deus na vida de alguém é capaz de mudar sua história (At.17:3,4).
b)     Com relação a nossa integridade física.
Se Deus deseja nos poupar do mal físico, Ele mesmo tomará a iniciativa (v19-26). Mas se porventura esta não for sua vontade, esteja certo de que melhor será alimentar-nos com Ele no Céu.
A verdade é enfática. Por ser soberano Deus age como deseja. E seu alvo sempre será libertar o homem do pecado.
2.      Livre-se do preconceito
          Raças diferentes                                   posição social diferentes
o   Lídia era asiática da cidade de Tiatira           (bem sucedida comerciante)
o   A jovem escrava era grega                 (segundo a lei era uma ferramenta humana)
o   O carcereiro era romano                     (membro da classe média romana)

    
Religiosidade diferentes
o   Lídia era gentia que vivia a cultura judaica (era apenas religiosa e não uma salva)
o   A jovem escrava vivia no misticismo, presa pelo inimigo
o   O carcereiro prestava culto ao imperador. 
Hernandes observa que “o inimigo enriquece a pessoa, mas rouba a alma. Oferece prazeres, mas destrói a pessoa”

III. Sofreram resistência.
1.      Não sofreram por negligência. (17:5,6)
Talvez para alguns fosse hora de desistir afinal desta vez a perseguição tomou proporções muito severas. At.16:33,34 informam que o carcereiro lavou-lhes os vergões dos açoites. (v24) informa-nos que estavam presos e ainda por cima algemados pelos pés ao tronco. Porém, uma vez em liberdade At.17:2 em Tessalônica “eles agiram segundo o seu costume...”   
Que faremos irmãos? Como nos posicionaremos? Acredito que é hora de tomarmos uma iniciativa positiva, é hora de desejarmos ardentemente transformar Mossoró. Mas, primeiro precisamos começar transformando nosso coração, depois precisamos transformar nossa própria vida em todos os aspectos, e pra tanto temos a ajuda de Deus. É hora de transformar sua vida espiritual, conjugal, familiar, sentimental. É hora de desejar ser alguém que pode no poder do Espírito transformar o mundo em sua volta.   (Pr.joziran Vieira)  


AS MARCAS E A VIDA DE UMA IGREJA SAUDÁVEL.
At. 1:1-14
Permita-me expressar meu estado emocional. Encontro-me hoje é um estado bastante reflexivo e quando isto me ocorre o desejo encontrar respostas para as minhas questões. De forma que minha ideia é entender quais são as marcas e qual deve ser a vida de uma igreja saudável.
Há quem imagine que as marcas e saúde de uma igreja podem ser vista simplesmente através de sua liturgia de culto. Ou quem sabe através da apresentação de seu boletim, que deve ser atraente, sem erros, bem feito, objetivo, sem repetições, e fácil de ler
Ou quem sabe há quem imagine que as marcas e saúde de uma igreja podem ser vista simplesmente através da leitura que fazemos das pessoas que estão a nossa volta. Mas a pergunta é: você conhece bem as pessoas que lhe rodeiam na igreja? São pessoas com quem você gosta de estar? Será que são como você?
É. Há quem imagine que as marcas e saúde de uma igreja podem ser vista simplesmente através da música? Das orações? Há! Da avaliação que fazemos do pregador. Talvez em sua avaliação ele precise parecer santo, porém não muito santo. Precisa ser compassivo, mas não exageradamente. E o sermão precisa ser bom, relevante, divertido, envolvente e, com certeza bem curto.
 Certamente há muita coisa a ser considerada quando avaliamos uma igreja. Já pararam para pensar nisto? A última pergunta que vos faço nesta introdução é a seguinte: quais as características que definem uma igreja saudável? Tomando por base o texto dos Atos 1:1-14 desejo apresentar pelo menos três marcas que definem uma igreja saudável. No entanto desejo em primeiro lugar definir o que é a igreja.   

I- O QUE É A IGREJA.
A igreja é um organismo vivo e, por assim dizer, é o corpo de Cristo sobre a terra. Desta feita, deve refletir incessantemente o caráter de Deus. At.1:8 “[...] sereis minhas testemunhas [...]”
a)      A IGREJA NÃO É UM ORGANISMO SEM FALHAS.
Como qualquer organismo vivo, a igreja também apresenta suas anomalias, contudo, não pode ser comparada ou tratada como uma organização humana ela é a comunidade dos remidos, o refúgio onde os escolhidos por Deus podem contar com a ajuda uns dos outros. Fato este que esta ficando extinto em meio à sociedade pós- moderna. O reverendo Aurivam Marinho da Costa salienta que:
“[...] (hoje) Há uma profunda busca por liberdade, escolhas e autonomia. Pertencer a uma denominação não é um bom negócio para quem se deixou contaminar pela filosofia moderna (que ele trata como síndrome da autonomia)” (jornal da Aliança Congregacional ano IX – nº 55 Fev - Abr.-2012 pg.03)  
  A igreja do Senhor é constituída pelo seu povo e não por edifícios. Embora não seja perfeita e impecável [...] é uma igreja que se esforça continuamente para ficar ao lado de Deus na luta contra os enganos do mundo. E este esforço é que produz uma vida saudável a esta igreja. O autor aos Hebreus expressa o que estamos afirmando com as seguintes palavras:
Hb. 10:23-27 “retenhamos inabalável a confissão da nossa esperança, porque fiel é aquele que fez a promessa; 24 e consideremo-nos uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras, 25 não abandonando a nossa congregação, como é costume de alguns, antes admoestando-nos uns aos outros; e tanto mais, quanto vedes que se vai aproximando aquele dia. 26 Porque se voluntariamente continuarmos no pecado, depois de termos recebido o pleno conhecimento da verdade, já não resta mais sacrifício pelos pecados, 27 mas uma expectação terrível de juízo, e um ardor de fogo que há de devorar os adversários.”
Podemos afirmar que a igreja primitiva apresentada em Atos era uma igreja saudável. Segundo o texto, aquele grupo de cristãos que estava sendo inserido no contexto da igreja apostólica, tomava sobre si pelo menos três responsabilidades que caracterizam relevantes aspectos.
1.      Testemunhar da pessoa de Cristo.
2.      Testemunhar da obra de Cristo.
3.      Testemunhar do ensino de Cristo.   
E observando o texto dentro desta ótica, quero apresentar pelo menos três marcas de uma igreja saudável?

II- Primeira marca OBEDIÊNCIA. (v1-4)
At.1:4 “[...] determinou-lhes que não se ausentassem de Jerusalém até receberem a promessa”
Por conta das perseguições os Discípulos do Senhor desejaram migrar para a Galiléia saindo de Jerusalém
a)      A ótica humana lhes dava todo respaldo para tal atitude.
Em Jerusalém crucificaram seu líder, aquela cidade fora palco de diversas perseguições contra os cristãos e o clima não parecia favorável para continuar. Para alguns recomeçar em outro lugar seria mais fácil. Até mesmo para os apóstolos era difícil acreditar nas promessas feitas pelo Senhor. Afinal ele aparecera para alguns mais nada mudou. Para os ímpios, escarnecedores e inimigos dos cristãos, Cristo continuava morto. E para os apóstolos, era difícil entender como a promessa do batismo com o Espírito Santo seria concretizada se agora nem mesmo ressurreto Cristo estava entre Eles.
Olhando para o texto diante de nós, defino a obediência como a primeira marca de uma igreja saudável, por que os discípulos precisam obedecer à ordem de Cristo independente das circunstâncias que estejam vivendo.

b)     Obediência é a primeira marca que defini a saúde da igreja.
At.1:4 “[...] não se ausentem de Jerusalém [...]”
Esta era a proposta do Mestre para os seus discípulos. Mas, aqui vão zombar de nós talvez alguém tenha retrucado. Nosso tempo aqui terminou, pode ter sido a afirmação de outro. Mesmo entre aqueles que estavam com Cristo e que ouviram a promessa de sua própria boca havia gente que não acreditava. Para estes o melhor era cada um tomar o seu rumo. Lc.24:13-24 os discípulos no caminho de Emaús mostram que não tinham mais esperança e ficar em Jerusalém seria suicídio. v21 eles afirmavam:
“21 Ora, nós esperávamos que fosse ele quem havia de remir Israel; e, além de tudo isso, é já hoje o terceiro dia desde que essas coisas aconteceram.”
Jo.21:1-8 a Bíblia nos mostra que alguns dos discípulos já haviam voltado aos seus afazeres de outrora.
Isto me mostra que obedecer quando tudo vai bem é fácil, difícil é remar contra a maré. Momentos decisivos são momentos de crise, e é por esta razão que precisamos ser conduzidos por obediência. Esta é uma das marcas de uma igreja saudável. O que desejo tornar claro é que mesmo em meio a turbulências precisamos manter:
c)      Observação reflexiva e não uma Contemplação aleatória da determinação dada pelo Senhor.
Só serei saudável como cristão, Só serei saudável como igreja, quando obedecer a Deus de forma incondicional e quando esta obediência for meu alvo.
At.1:4,5 “4. E, comendo com eles, determinou-lhes que não se ausentassem de Jerusalém, mas que esperassem a promessa do Pai, [...] 5. [...]vós sereis batizados com o Espírito Santo não muito depois destes dias”
Uma contemplação aleatória foi o que ocorreu na vida dos discípulos a caminho de Emaús ou, mesmo na vida dos que abandonando a convicção da promessa voltaram aos seus afazeres de outrora. É como se estivessem dizendo: valeu enquanto durou, mas tudo não passou de um mal entendido.  
Meu primeiro conselho é: não tire os olhos da promessa. Aprenda a observar as coisas em sua volta como Cristo procurou levar os discípulos a caminho de Emaús a observar.
Lc.24:27 Cristo os lembra o que a profecia messiânica falava e quais foram as Palavras do próprio Cristo “E, começando por Moisés, e por todos os profetas, explicou-lhes o que dele se achava em todas as Escrituras.”Observação reflexiva é um olhar para dentro da alma, é um mergulhar sem reservas neste oceano da fé, é buscar forças em Cristo e conformar-se unicamente com aquilo que Ele nos concede, é refletir em sua Palavra e entender que “Dele, por meio Dele, e para Ele são todas as coisas” não posso questionar, apenas tenho que obedecer.
At.1:4,5 “4. E, comendo com eles, determinou-lhes que não se ausentassem de Jerusalém, mas que esperassem a promessa do Pai, [...] 5. [...]vós sereis batizados com o Espírito Santo não muito depois destes dias”

III- A segunda marca é: Poder
At.1:8 “Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo [...].
a)      Poder tem haver com capacitação.
Perceba que a idéia aparece no texto com um fim determinado pelo Senhor. Contudo o foco dos seus seguidores era outro.
At.1:6 “Aqueles, pois, que se haviam reunido perguntava-lhe, dizendo: Senhor é nesse tempo que restauras o reino a Israel?”

A idéia dos apóstolos era saber os detalhes do que aconteceria no futuro reino do Messias. Qual seria a sorte de Israel? A pergunta era a fim de saber Quando seria o tempo do estabelecimento do reino terreno, político e judaico. A sondagem era a fim de saber o seguinte: Quando cumprirás os nossos sonhos? Para surpresa dos tais Jesus afirma:
At.1:7 “[...] A vós não vos compete saber os tempos ou as épocas, que o Pai reservou à sua própria autoridade.”
A resposta do Senhor traz as seguintes conotações:
1.      “o meu Reino não é deste mundo” Jo.18:36
2.      Não pode ser estabelecido segundo a força ou desejo dos homens
3.      Será estabelecido através da proclamação Kerygmática (pregação)
4.      Vocês precisam de “poder” (de capacitação, de revestimento do Espírito Santo). Por isto v4 não se ausentassem de Jerusalém, mas esperem a promessa do Pai, [...] e recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo [...].

b)     Aquele que capacita é o Espírito Santo Ele é a promessa.
 Cristo está dizendo que eles deveriam deixar de pensar escatologicamente concernente a um reino futuro e visível. E então voltarem seus olhos para aquela promessa que lhes fizera. “Poder”, este termo no grego, “dynamin” possui uma série de significados tais como ‘força’, ‘habilidade’, capacitação’.  E nenhum destes aspectos poderá vir sobre a igreja se não através do Espírito Santo.
At.2:4 a Bíblia afirma que sobre eles foi derramado o Espírito Santo e este Espírito os encheu de poder.
Por esta razão eu entendo que uma igreja saudável é uma igreja cheia do Espírito Santo. Pois cheia do Espírito ela tem habilidade para viver as adversidades, ela tem força para transpor os desafios e ela é capacitada para proclamar a mensagem de Deus.

IV- Uma saudável é aquela que mantém seu bom testemunho.
At.1:8 “Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém, como em toda a Judéia e Samária, e até os confins da terra.
A igreja do Senhor deve ter a postura do testemunho através de seus atos. Se não mantivermos nosso testemunho como cristãos, seremos uma igreja egoísta, igreja que esta mais preocupada com a quantidade e coisas supérfluas do que com a restauração de vidas e, assim nos tornaremos cada vez mais individualistas. E tal como os próprios apóstolos procuraremos viver cada um sua própria vida. Sito mais uma vez o Pr. Aurivam Marinho haja vista sua afirmação quanto à cultura do individualismo:
O individualismo é uma característica do humanismo que predomina na cultura vigente. A centralidade do indivíduo é excludente sob todos os aspectos. Exclui Deus, o próximo, e a instituição. No humanismo individualista a experiência de corpo, coletividade e comunidade é sacrificada no altar do “eu”, assim como em Babel o orgulho, a rebelião e a satisfação pessoal se constituem em marcas inconfundíveis do individualismo (Gn.11:4). O individualista só se aproxima do outro visando o seu projeto pessoal. Sendo assim, até a experiência de unidade é de motivação maligna (Gn.11:6)  (jornal da Aliança Congregacional ano IX – nº 55 Fev - Abr.-2012 pg.03)

A mensagem de testemunho da igreja é prejudicada quando ela não reflete o caráter de Deus. Paulo escrevendo aos Ef.3:8,9 afirma que a ele foi concedida por Deus a responsabilidade testemunhar aos gentios o mistério da graça: nos versos 10,11 ele afirma que esta responsabilidade agora repousa sobre a igreja.
No livro dos Atos apostólicos os versos 6-11 do capítulo 1 definem qual o propósito de Deus para a igreja e qual o papel desta igreja dentro deste propósito.  Em meu ver o verso 8 define de forma clara quais são AS MARCAS E A VIDA DE UMA IGREJA SAUDÁVEL.
(Pr. Joziran Vieira)

       
 Meus planos e o propósito de Deus.
final do ano em Mossoró
Jó.42:5
Por melhores que sejam as nossas intenções, nem sempre conseguimos êxito em nossos planos.  Como cristãos este fato deve levar-nos a rever o que planejamos a fim de que percebamos se nossos planos se encaixam com os propósitos de Deus. Caso contrário, por melhores que sejam nossos planos, eles sempre serão frustrados. Tomando como base a vida de Jó quero apresentar três observações que julgo serem relevantes na elaboração de nossos planos.
I. O orgulho de Jó era a amizade de Deus. Ou seja, a justiça do divino sobre ele. (29:1-6)
Em seus planos tenha sempre Deus como primazia.
    Segundo a sua cultura, Jó entendia que a mão de Deus estava sobre ele quando tudo estava bem. Segundo a cultura judaica, alguém aprovado por Deus possuía uma família numerosa, rebanhos e campos produtivos. Jó gozava da presença poderosa de Deus e da estima da cidade inteira. Cap.29:2-12
     Desejar de volta a honra de ser visto como alguém que possuía as bênçãos de Deus não era e nem é errado. O desejo de Jó era voltar a ser o homem que fora no passado, não por orgulho pessoal, mas como alguém que buscou andar em fidelidade com Deus. Este era seu plano.  Foi por esta razão que ele não aceitou a proposta de sua esposa 2:9 “amaldiçoa teu Deus e morre”
a)      Para Jó ainda havia esperança.
Ø  Jó recorre à fidelidade de Deus em julgar (Cap.31).
Ø  Jó é capaz de recordar o caminho de fidelidade que trilhou, e recorre a Deus que se lembre disso.
     Talvez olhando para traz, não tenhamos a mesma coragem de Jó de pedir a Deus que recorde nossa vida de outrora, pois talvez não tenhamos agido bem para com Ele, mas ainda assim, não perca sua esperança. Deseje o melhor de Deus, deseje ser melhor na obra de Deus e em seu compromisso com Ele. Procure mais a santidade neste novo ano, procure conhecer mais ao Senhor, encha seu coração de esperança arraigado nas promessas de Deus e pautado na Sagrada Escritura.
     Para Jó ainda havia esperança e seu plano era apegar-se a este fato e receber o socorro de Deus. Jó desejava, anelava ardentemente a amizade e a justiça de Deus.
E seu plano era reconquistar estas coisas a qualquer custo.
II. Jó apresentou a Deus suas necessidades.
             O que Jó precisava?
            Cap.31 Jó aponta diversos pecados nos quais ele diz não estar incluso e mesmo assim ele se vê desprezado por todos os homens até mesmo por aqueles a quem ele outrora ajudou. Isto provocou mágoas no coração de Jó.
a) Precisava aprender que as mágoas que temos dos homens não podem continuar em nosso coração a fim de que não se tornem motivos de separação entre nós. (31:34,35)
b) Que nossas mágoas não podem ser postas contra Deus.
A vida é um desafio e estar diante de Deus é um milagre.
          Cap.38 Deus começa a ensinar a Jó.
Ø  Que ele é um instrumento que Deus pode usar como quiser.
     As perguntas feitas a Jó têm o propósito de educá-lo quanto a sua ignorância no que diz respeito a Deus. Não de humilhá-lo como um ninguém.
Aplicação:
      Francis Andersen declara que “a mais alta nobreza de uma pessoa é ser matriculada desta maneira pelo próprio Deus na sua escola de sabedoria”
     O que aprendo com isto é que devemos nos agarrar com toda força a oportunidade que Deus nos concede de aprender. Desafios em sua vida serão muitos, barreiras para que você cumpra seu ministério se levantarão, mas lhe aconselho a não abrir da oportunidade que Deus esta lhe concedendo neste novo ano. Aprenda intensamente, cresça espiritualmente e procure contemplar sempre que aquilo que está em suas mãos pra que você realize é bênção de Deus, foi Ele quem lhe confiou.  

III. Contemple o propósito de Deus. (42:1-6)
a      A visão de Jó com relação a Deus é expandida (v1,2)
“Bem Sei que tudo podes, e nenhum dos teus planos pode ser frustrado”
Como observa Francis Andersen
“aqui está a resposta ao cinismo de Satanás. Aqui está a prova de que Jó apegou-se a Deus depois de destituído de tudo mais. Aqui está a prova de que o homem pode amar a Deus simplesmente pela sua pessoa e não por causa da sua recompensa” (Andersen 2011, pg.270).
Minha oração é que Deus aja expandindo nossa visão neste novo ano. Que possamos nos aventurar mais em missões, que nos devotemos mais a santidade, que estejamos mais dispostos a participar das atividades de nossa igreja, que creiamos mais no poder sobrenatural de Deus e que venhamos a crescer mais em conhecimento da Sagrada Escritura. que assim como Jó nossa visão seja expandida e no final do ano de 2014 possamos olhar para trás e dizer “Bem Sei que tudo podes, e nenhum dos teus planos pode ser frustrado”. Este é o propósito de Deus para nós. Creia nisto.
Deus prova prá Jó que sabe o que faz e com quem faz.
Isto é tão maravilhoso que leva Jó a um estado estupendo de regozijo, a ponto de ele neste poema declarar que se inclina diante de Deus reconhecendo sua soberania.
42:5 “Eu te conhecia só de ouvir, mas agora os meus olhos te vêem. Por isso, me abomino e me arrependo no pó e na cinza”
     Deus deseja exaltar a Jó 42:7-17
Deus o exalta diante dos três amigos acusadores (v7-9)
Deus o exalta diante da sua gente (v10-17)

Nossos caminhos não são os caminhos de Deus, nossos pensamentos não são os pensamentos de Deus. Seja o que for que Deus tenha pra você, procure forças em Deus, e espere em Deus. Agindo assim, duas coisas ocorrerão: primeiro seremos sempre assistidos por Deus e não ficaremos sem recompensa. Segundo, seja em vida ou mesmo na morte serviremos aos preciosos propósitos do Senhor.    
(Pr.Joziran Vieira)


Aviva Senhor atua obra
Hb. 3:1,2
Preciso iniciar este sermão salientando que o foco deste livro é a soberania de Deus na história, e sua providência na vida de seu povo. Este último capítulo do livro de Habacuque deve nos levar a percepção clara do mundo a nossa volta e consecutivamente nos direcionar a atitudes. Assim, desejo apresentar a luz deste texto pelo menos três princípios que seguidos de perto certamente nos conduzirão ao verdadeiro avivamento.
I- Aceitação dos propósitos divinos.
3:2a. “Tenho ouvido, ó Senhor as tuas declarações [...]” 
Cabe-nos realizar pelo menos duas perguntas ao ler esta parte do verso 2.
1º. Quando paramos diante de Deus o que devemos ouvir? Acredito que sua resposta será: A voz de Deus.
Deus desejava que o profeta ouvisse apenas sua voz, e aceitasse seu propósito soberano. Mas, o que percebemos é que ao ouvir as instruções de Deus ele fica em estado de conflito entre sua adoração a este Deus tão Grande e forma pela qual Ele deseja agir. (3:2 “Sinto-me alarmado”) 2:1; 3:1. E sua disposição foi interrogar Deus e buscar saídas segundo seu entendimento humano a fim de mostrar pra Deus que não havia justificativa para aquela ação.
1:5-13
Retângulo de cantos arredondados: 2Percebem a aflição do profeta? Percebem o que significa ouvir a voz do altíssimo? Ouvir a voz de Deus implica em ter uma direção, em saber o que deve ser feito. Então, surgi à segunda pergunta:
2° Qual tem sido nossa atitude ao ouvir a voz de Deus?
O profeta ficou alarmado e resolveu e não aceitar aquela forma de agir do Senhor. 2:9-13. Será que nunca agimos nós da mesma forma? Será que nunca achamos através de nossa atitude que nosso método é melhor que o de Deus?
A lição que aprendo aqui é que devemos entender que Deus é o oleiro e nós somos unicamente o barro em suas mãos. As nossas interrogações quanto ao modo de Deus agir, nunca será pertinente. Jr.18:1-6 “
 “A PALAVRA do SENHOR, que veio a Jeremias, dizendo: 2  Levanta-te, e desce à casa do oleiro, e lá te farei ouvir as minhas palavras.3  E desci à casa do oleiro, e eis que ele estava fazendo a sua obra sobre as rodas, 4  Como o vaso, que ele fazia de barro, quebrou-se na mão do oleiro, tornou a fazer dele outro vaso, conforme o que pareceu bem aos olhos do oleiro fazer. 5  Então veio a mim a palavra do SENHOR, dizendo: 6  Não poderei eu fazer de vós como fez este oleiro, ó casa de Israel? diz o SENHOR. Eis que, como o barro na mão do oleiro, assim sois vós na minha mão, ó casa de Israel.”    
  Quando Hanbacuque entendeu isto que somos apenas vasos na mão do oleiro e que este Oleiro tem poder sobre o vaso, ele se dobrou diante do Senhor.
2:1 “Pôr-me-ei na minha torre de vigia, colocar-me-ei sobre a fortaleza e vigiarei para ver o que Deus me dirá e que resposta eu terei a minha queixa”  
Retângulo de cantos arredondados: 33:2 V2 “[...] aviva a tua obra, ó Senhor, no decorrer dos anos, e no decurso dos anos, faze-a conhecida [...]” 
 Habacuque agora pede avivamento, pede preservação em meio à tempestade. A idéia clara agora é de que O profeta rende-se ao modo de Deus agir e pede apenas que Deus preserve tanto ele quanto a nação.
O segredo é conformar-se a vontade de Deus, é aceitar seu soberano propósito e não adequar-se a forma de viver do mundo. Como servo de Deus preciso assumir minha responsabilidade diante do contexto decadente que vive minha geração (preciso interceder a Deus por nossa geração), preciso detectar o problema que nos afasta de Deus (que traz frieza espiritual ao povo de Deus), preciso ser sensível as necessidade e aos erros que cometemos e buscar não apenas afastar-me deles, mas denunciá-los e apontar o caminho pra que vivamos um novo tempo.
II- contentamento na soberania de Deus.
Esta idéia gira em torno da adoração devida ao Senhor.
3:2 “[...] aviva a tua obra, ó Senhor, no decorrer dos anos, e no decurso dos anos, faze-a conhecida [...]” 
Retângulo de cantos arredondados: 4ao citar  estas palavras Habacuque reconhece a fraqueza humana, e percebe que Diante de alguns desafios somos tão abalados que precisamos ser sacudidos com uma visão da soberania de Deus a fim de que possamos distinguir entre fraqueza de fé e impossibilidade humana.
Daí, percebo que Deus não deseja nos destruir, deseja nos mostrar que Ele é quem realiza todas as coisas, deseja nos tratar, deseja quebrar a nossa dureza de coração, deseja nos encher de fé. Observe a visão que o Senhor concede ao profeta (3:6, 10,11,13-16)
Vers.3-6 o profeta tem uma visão da glória de Deus.    
Vers 7-11 tem uma visão do domínio de Deus sobre a criação em geral.
Vers 12-15 tem uma visão do livramento de Deus ao seu povo (ou seja: consegue enxergar Deus como escudo de seu povo)
v.16  O profeta é tomado por uma mistura de temor e fé
17-19 O profeta declara sua confiança na provisão de Deus
O profeta consegue declarar que os caminhos de Deus são melhores, ele consegue enxergar que Deus sempre cumpre seus propósitos. Ele consegue entender que Deus corrigi seu povo o no tempo determinado a fim de restaurar a sua sorte e causar sobre este povo verdadeiro avivamento. Por esta razão sua oração inicial é:
“[...] aviva a tua obra, ó Senhor, [...]”   
Faz como te apraz, conduz como desejas, quebra-nos a fim de refazer de forma melhorada. A melhor expressão para a nossa vida neste momento certamente é aquela encontrada no salmo 126:
1  QUANDO o SENHOR trouxe do cativeiro os que voltaram a Sião, estávamos como os que sonham.
Retângulo de cantos arredondados: 52  Então a nossa boca se encheu de riso e a nossa língua de cântico; então se dizia entre os gentios: Grandes coisas fez o SENHOR a estes.
3  Grandes coisas fez o SENHOR por nós, pelas quais estamos alegres.
4  Traze-nos outra vez, ó SENHOR, do cativeiro, como as correntes das águas no sul.
5  Os que semeiam em lágrimas segarão com alegria.
6  Aquele que leva a preciosa semente, andando e chorando, voltará, sem dúvida, com alegria, trazendo consigo os seus molhos.

III- Se desejamos avivamento precisamos rogar a Deus que nos conceda.
A idéia proposta neste livro é de preservação. A palavra avivamento em seu sentido original expressa esta verdade. Avivamento não é barulho, nem um modo arcaico de vida imposto por homens, avivamento é ter como foco a preservação da obra de Deus de forma pura. O foco do profeta é a causa de Deus.
“[...] aviva a tua obra, ó Senhor, [...]”   
O que tem sido o foco das nossas vidas? Neste mundo cheio de ativismo desejamos preservar muito mais nossa prole do que a causa de Deus, desejamos preservar muito mais a estrutura do que os conceitos, nos preocupamos muito mais com a forma do que com a essência, com a quantidade muito mais do que com a qualidade.
Permitam-me orientá-lo a observar a oração do profeta:
Parece que ele diz:
Retângulo de cantos arredondados: 6Faça-se a tua vontade: “Lembra-te da tua obra, e faze-a como pretendias que ela fosse; permite que a Igreja funcione como devia funcionar.” Não como eu desejo, mas como Tu queres.  Enquanto somos corrigidos e esmagados a fim de que nos moldemos a ti cuida pra que tua causa seja poupada.
 “[...] no decorrer dos anos, e, no decurso dos anos, faze-a conhecida; [...]”
Compadece-te do teu povo. v2 “[...] na tua ira lembra-te da misericórdia” 
O pedido do profeta é que Deus tempere ira com misericórdia, doutra sorte todos serão destruídos.  Se no início o profeta não compreendia porque Deus permitia este castigo sobre Israel achando que esta nação mesmo pecando era melhor que as demais, agora ele reconhece que a nação precisa de concerto a fim de que haja avivamento.  Então ele encerra sua oração de forma belíssima:

3:17-19
17 Ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto nas vides; ainda que falhe o produto da oliveira, e os campos não produzam mantimento; ainda que o rebanho seja exterminado da malhada e nos currais não haja gado.
18 todavia eu me alegrarei no Senhor, exultarei no Deus da minha salvação.
19 O Senhor Deus é minha força, ele fará os meus pés como os da corça, e me fará andar sobre os meus lugares altos. 
conclusão: que o avimento provindo do trono da graça chegue as nossas igrejas e de maneira sobrenatural alcance a nossa vida.


2 comentários:

  1. Excelente!
    Somos edificados a cada sermão proferido pelo Pr. Joziran. Que o poder de Deus seja sempre sobre ti, benção!!

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  2. Realmente, Deus tem falado conosco de forma toda especial por meio dos sermões que tem concedido ao nosso pastor. Que a graça de Deus permaneça agindo nele de tal forma que a Igreja continue sendo agraciada com a voz de Deus, que fala tão claramente em cada um desses sermões.

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