SANTIDADE, IDEAL DE
DEUS PARA A IGREJA.
I PE. 1:13-16
Há conflitos em meio aos cristãos quando se trata das três
doutrinas que são essenciais à fé cristã. (Justificação, regeneração e
santificação). Os dois maiores problemas ocorrem pelo fato de alguns
confundirem santificação com justificação, ou quando em defesa da ação soberana
da graça alguém despreza completamente a responsabilidade cristã de buscar ser
santo.
Os problemas que esta forma de pensamento traz à igreja são
as seguintes:
1º) PERFECCIONISMO- Os que confundem salvação com
justificação, não aceitam a ideia de que um salvo possa pecar. Assim, confundem
santificação com perfeição. Mas a verdade é que santificação não é perfeição
(Isto enquanto estivermos sobre a terra). Só alcançaremos a perfeição quando
chegarmos ao Céu.
2º)LIBERTINAGEM- Os que desprezam a responsabilidade cristã
de buscar santidade na vida, na maioria dos casos, acabam direcionando suas
vidas segundo sua achologia. Estes desprezam absolutamente o ideal de Deus para
a igreja. Podemos denominá-los de libertinos.
Nosso desafio é
encontrar uma forma sóbria de viver nossa vida cristã. Não devemos estabelecer
padrões de santificação que são inatingíveis; nem muito menos devemos abrir mão
dos padrões de santidade estabelecidos por Deus. Assim, a luz do texto em
apreço desejo mostrar que SANTIDADE É O IDEAL DE DEUS PARA A IGREJA. Permita-me
então mostrar de que maneira conquistaremos esta santidade.
I- AGINDO DE MANEIRA SÓBRIA. (v.13)
“por isso, cingindo o vosso
entendimento, sede sóbrios e esperai
inteiramente na graça que vos está sendo trazida na revelação de Jesus Cristo”
Nesta epístola, Pedro exorta seus leitores à sobriedade em
três ocasiões (1.13; 4.7; 5.8) e sua intenção é sempre lucidez. Barclay observa
que a ideia de Pedro é mostrar para aqueles irmãos da Ásia, que “Nunca devem conformar-se com uma cômoda e
superficial aceitação da fé.”[1]
Isto significa dizer que nossa vida cristã não é nivelada ou
moldada por algo que imaginamos ser correto apenas porque virou moda entre
alguns denominados cristãos. Em nossos dias há uma intoxicação considerável dos
cristãos com os modismos do momento.
Assim, a advertência do apóstolo é para que seus ouvintes
não se precipitem em abraçar as ofertas pecaminosas que o mundo lhes oferece. E
o antídoto para livrar-se da crise de precipitação e secularização é
apresentado no verso 13:
I Pe. 1:13 “Cingi
o vosso entendimento, sejam sóbrios e esperem inteiramente na graça que vos
está sendo trazida na revelação de Jesus Cristo”
a) Cingir o entendimento é a melhor forma para
estar livre das precipitações e confusões da mente.
O ideal de santidade
que Deus tem para a igreja, é que tenhamos entendimento correto de sua vontade,
é que abandonemos o que achamos ser correto e procuremos obedecer ao que Deus
diz ser correto. Desejando que esta seja a forma de viver daquela igreja é
que Pedro diz:
I Pe. 1:13 “Cingindo o vosso entendimento, sejam
sóbrios e esperem inteiramente na graça que vos está sendo trazida na revelação
de Jesus Cristo”
A ideia de cingir o
entendimento é de trabalhar a minha mente de forma que minhas ações em todas as
áreas de minha vida glorifiquem a Deus.
Originalmente o pensamento de Pedro diz respeito a alguém
vestido com roupas que lhe atrapalhe em seus movimentos rápidos por serem
cumpridas demais, ou por possuírem tecido em excesso nas mangas ou nos lados.
Livrar-se destas roupas é a atitude mais viável para que esta pessoa possa
movimentar-se com mais facilidade. Caso não seja possível livrar-se o melhor é
cortar e amarrar estes excessos (cingi-los), do contrário sempre causarão
problemas ou desconforto.
Aplicando a necessidade espiritual de seus
ouvintes percebo que a orientação do apóstolo é de que seus ouvintes devem
manter o entendimento cingido, amarrado a Cristo, voltado para Deus. Sendo
assim, permita-me indaga-los: será que este tipo de atitude não nos ajudará a rejeitar
qualquer coisa que atrapalhe nossa comunhão com Deus? Perceba que a ideia de
cingir o entendimento está ligada a ideia de sobriedade. I Pe. 1:13 “Cingindo o vosso
entendimento, sejam sóbrios [...]”
b) Só consegue manter está sobriedade (ou a
moderação) quem já foi resgatado pelo Senhor, regenerado da vã maneira de
viver. Isto fica claro no restante do v. 13
v.13b
“[...] esperai inteiramente na graça que vos está sendo trazida na revelação de
Jesus Cristo”
Interpretes
como Ênio Mueller e William Barclay compreendem que a citação de graça neste
verso indica salvação. Concordo com eles, pois entendo que o apóstolo deseja levar
seus ouvintes a ter em mente a esperança da glória que reside “na
revelação de Jesus Cristo” aqueles que foram “regenerados para uma viva
esperança mediante a ressurreição de Jesus Cristo” (conf. v.3). Conforme
ensina Pedro, estes são capazes de:
“Esperar
inteiramente na graça de nosso Senhor Jesus Cristo”, pois isto implica em viver
colocando-me em plena disposição de sua vontade.
Ou seja: cingir o entendimento viver de maneira sóbria e
esperar inteiramente na graça, significa viver segundo o ideal que Deus
determinou para sua igreja.
II- ESTE IDEAL É A PRÁTICA DA SANTIDADE.
(v.14-16)
A advertência do apóstolo nestes três versos tem como meta a
prática do conhecimento teórico no que diz respeito à santificação. Permita-me
então definir santidade segundo J.C. Ryle e João Calvino.
Ryle disse que “santificação é aquela operação espiritual interna
que o Senhor Jesus Cristo realiza em uma pessoa pelo Espírito Santo, quando Ele
a chama para ser um crente verdadeiro”.[2]
Calvino afirma que “santificação se refere ao processo no
qual o crente paulatinamente é conformado a Cristo, no coração, conduta e
devoção a Deus”. (Calvino citado por Beeke. P.32)[3]
Observem que estas definições confirmam o que Pedro
apresenta nos versos 14-16. Aqui a advertência do apóstolo é pra que estejamos
atentos a este processo de santificação que deve ocorrer em nossa vida. A
exortação é pra que busquemos ser semelhante a Deus da seguinte forma:
1. Não se amoldem ao mundo (v.14)
Está exigência deve ser cumprida em abandono da vida
pecaminosa e em esforços sinceros por adquirir uma vida de santidade. Até
porque “santidade adquirida deve ser
santidade vivida”.
v.14 “Como filhos da
obediência, não vos amoldeis às paixões que tínheis anteriormente na vossa
ignorância”.
Observem a expressão usada por Pedro no início deste verso: “Como filhos da obediência, [...]”.
Antes quando nosso entendimento estava
desprovido de graça, vivíamos em ignorância, e as paixões do mundo eram
atraentes. Mas agora que nos tornamos filhos de Deus e nosso entendimento foi
cingido, este procedimento não é aceitável.
v.14 “[...] não vos amoldeis às paixões que tínheis
anteriormente na vossa ignorância”.
Está expressão denota
obediência como algo próprio de um filho de Deus. O que o apóstolo está colocando aqui ao usar está expressão “filhos
da obediência”, é que os filhos de Deus devem viver no mundo, mas não
segundo a orientação do mundo, e sim segundo a orientação de Deus.
2. Mantenham procedimento santo (v.15,16)
v.15 “[...] segundo é santo aquele que
vos chamou, tornai-vos santos também vós mesmos em todo vosso procedimento.
16.
[...] Sede Santos porque eu sou Santo”
O cerne da
ideia de Pedro é o exercício da santidade. A palavra utilizada por ele para
designar o que é santo é “hagios” e o significado da raiz
deste vocábulo quer dizer diferente. Isto significa que Pedro esta orientando
seus ouvintes a adquirirem um procedimento diferente das pessoas que não temem
a Deus.
A orientação é que procurem não ceder aos desejos carnais,
procurem realizar a vontade de vosso Pai, procurem imitá-lo. Sejam diferentes
em vossa obediência, Sejam diferentes no temor a Deus, Sejam diferentes no vosso
entendimento quanto à salvação, Sejam diferentes quanto a esperança de vossa
herança, Sejam diferentes em vossa sobriedade e procurem viver debaixo da
orientação de Deus. Sem dúvida alguma este é o ideal de Deus para a igreja.
[1]
BARCLAY, William. Comentário de I Pedro/ versão em pdf. P.59
[2]
Ryle, John Charles. Santidade sem a qual ninguém verá o Senhor/J.C.Ryle. São
José dos Campos – SP: Fiel, 2013. P.44
[3]
Beeke, Joel. Espiritualidade Reformada. Uma teologia prática para a devoção a
Deus. São José dos Campos – SP: Fiel,
2014.
REVERÊNCIA, MARCA DE SANTIFICAÇÃO COMO PRÁTICA DE ADORAÇÃO A
DEUS.
I PE. 1:17-21
Pedro destaca três verdades com
respeito ao salvo que precisam estar bastante claras para nós. Pois estas
verdades são marcas que atestam o novo nascimento. A primeira delas é busca por
santidade, a segunda vida de reverência a Deus, e a terceira é a prática do
amor. A primeira marca foi tratada no sermão anterior sob o tema: SANTIDADE,
IDEAL DE DEUS PARA A IGREJA. (v.13-16). Hoje devemos aprender a respeito da
segunda característica que determina um cristão que vive segundo o ideal de
Deus, e desejo transmitir o que aprendi do texto Sagrado abordando o seguinte
tema:
Reverência, marca de santificação como prática de adoração a Deus. Não
concordo com a ideia de um Deus carrasco que está de prontidão com um bastão na
mão a fim de castigar veementemente a qualquer um de seus seguidores que cometa
qualquer deslize. Deus não é carrasco, não é um tirano.
Por outro lado, também não
concordo com a ideia de um Deus bonachão, que não trace limites para seus
seguidores e que não os puna segundo suas próprias transgressões. É preciso que tenhamos a noção correta
sobre Deus, pra que possamos reverenciá-lo, adorá-lo e buscar ser santo como
ele é santo. Permita-me então apontar a razão pela qual devemos reverenciar
este Deus a quem servimos.
I- JULGA COM
IMPARCIALIDADE. (V17)
a.
Deus
não isenta quem quer que seja de sua responsabilidade.
v.17 “Ora, se invocais como Pai aquele que, sem
acepção de pessoas, julga segundo as obras de cada um, portai-vos com temor
durante o tempo da vossa peregrinação,”
Por favor, deixe-me fazer uma
pergunta: como você se sentiria se tivesse que enfrentar alguém capaz de lhe
julgar segundo um critério de justiça estabelecido por ele?
Ênio Mueller observa que nenhum
de nossos atos passará despercebido diante de Deus, e Ele julgará toda a nossa
vida com critérios de justiça estabelecidos por Ele mesmo. Isto não é
suficiente para nos causar temor?
Pedro escreve esta carta a
irmãos que estão sendo perseguidos por conta de seu comportamento exemplar,
diferenciado dos padrões pecaminosos, aqueles irmãos eram pessoas que se comportavam
bem e não mal. No entanto, a atitude reverente para com Deus daqueles irmãos começou
a incomodar os governadores da Ásia menor de tal forma que ser cristão
tornou-se crime.
Ao comparar meu comportamento
com o daqueles irmãos faço-me mais uma pergunta: será que minha reverência
Deus, meu comportamento diante do mundo é realmente diferenciada? Será que tenho
realmente entendimento do que significa temor a Deus?
Temor
para o cristão não é medo exacerbado, sem controle, não é uma fobia a
divindade. Temor é reverência, é respeito devido a Deus que como filho eu
preciso demonstrar.
v. 17. Ora, se invocais como Pai aquele que, sem
acepção de pessoas, julga segundo as obras de cada um, portai-vos com temor
durante o tempo da vossa peregrinação,
Pedro sabiamente deseja tornar
claro para aqueles irmãos algo que muitos em nossa geração estão despercebidos.
“Esse mesmo Deus, com o qual foram
colocados em relação tão íntima, é também o Juiz, o Deus julgador da história,
Aquele diante de quem todos terão que comparecer um dia, prestando contas do
rumo que deram às suas vidas” (Mueller, 1991 p.104).
Se seu comportamento tem lhe
concedido o título de careta, quadrado, ultrapassado e até lhe promovido
perseguições, louve a Deus, pois você tem agido de forma diferenciada. E eu quero lhe motivar a não abrir mão deste
santo temor que você tem demonstrado por Deus. Não deseje moldar-se ao mundo,
não deseje aderir um comportamento anticristão. Como filhos de Deus, devemos
viver na perspectiva da eternidade e não do momento. Devemos interiorizar a
verdade de que aqui somos apenas peregrinos. Devemos estar cientes de que o
mesmo Deus que é nosso Pai é o mesmo que julga a todos de forma imparcial.
“v.17[...] portai-vos
com temor durante o tempo da vossa peregrinação”.
O propósito desta advertência é alertar contra o
perigo da auto segurança. Há muitos dentro das igrejas que estão
enganados, são pessoas que pensam estar próximas de Deus, que Deus as escolheu
como favoritas, tudo em suas vidas corre bem, e elas nem precisam assumir tanto
compromisso com Deus. é gente que imagina que a graça não traz consigo
responsabilidade. Quem pensa dessa forma infelizmente compreendeu a Deus de
maneira equivocada. Deus é aquele que
julga sem acepção de pessoas. Deus sem dúvida tem filhos, mas não favoritos.
É preciso enquanto há tempo
aprendermos o que é reverência.
II- REVERÊNCIA
É MARCA DE SANTIFICAÇÃO E NOS LEVA A PRÁTICA DA ADORAÇÃO A DEUS. (v.18-21)
a. Adoramos a Deus reverentemente quando
entendemos o preço que custou nossa redenção.
Nos versos
18-21 Pedro aponta a base na qual está fundamentada a reverência que está presente
naquele que é filho de Deus.
1.
Redenção
(v.18)
Só compreende o verdadeiro sentido de
redenção aquele que um dia foi escravo. Todas as igrejas cristãs do
primeiro século tinham três tipos de membros: Escravos, homens livres e homens
libertados. Um escravo podia obter libertação de duas formas: após um tempo de
serviço ou mediante o pagamento de um preço por seu resgate[1].
A condição do escravo é triste, humilhante,
perturbadora. Ele é alguém que não domina suas próprias vontades, não regra
sua vida segundo seu querer, é alguém que ainda que tenha sonhos eles se
dissipam facilmente quando o seu proprietário (seu senhor) deseja algo
contrário ao que ele deseja. Paulo
falando a respeito do escravo no cap. 7 de sua carta aos romanos afirma que
ainda que deseje o bem, não consegue praticá-lo (v.18), porque nos seus membros
a outra lei que guerreia contra a sua vontade lhe faz prisioneiro do pecado
(v.23). Vivendo esta agonia desconcertante o apóstolo apavora-se e clama do
mais íntimo de seu ser:
Rm.7:24
“Desventurado homem que sou! Quem me livrará do corpo desta morte?”
Mas,
o interessante em tudo isto não é o clamor nem o reconhecimento de que somos
escravos. O interessante é que o escravo ainda que clame por liberdade não
consegue ser livre, ainda que deseje ardentemente, sua condição o impossibilita
de viver segundo sua própria vontade. Ele é escravo e simplesmente escravo.
Depois de entendermos o que
significa ser escravo, atentem para a notícia proclamada por Pedro nos v.18, 19
v.18 “não foi mediante coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que
fostes resgatados do vosso fútil procedimento que vos legaram vossos pais, 19
mas pelo precioso sangue como de cordeiro sem defeito e sem mácula, o sangue de
Cristo.”
v.19 “Fomos resgatados pelo precioso sangue de Cristo”. E agora já não
há condenação contra nós, assim, não andamos segundo o conselho do mundo e sim
segundo o ideal de Deus para a sua igreja.
Pedro não apenas diz que fomos
resgatados, ele lembra-nos do que fomos resgatados.
v.18 “do vosso
fútil procedimento que vos legaram
vossos pais,”
A ideia aqui é de que este “fútil procedimento” é
ilusão e vaidade, a palavra “Mataios (fútil) no grego ainda pode
assumir a seguinte definição: agnoia (ignorância) ou epithyrrúa
(paixão); já no gr. clássico o termo descreve aquilo que constrói um mundo de
aparências, ao invés e contra a realidade, por isso, significa o falso, sem
sentido, sem propósito” (Goppelt)[2].
Foi deste mundo sem sentido
ou propósito, do qual éramos escravos que Cristo nos libertou. E aqui Pedro coloca a
segunda coluna na qual deve estar firmada nossa reverência.
2.
Revelação (v.20)
“19. fomos resgatados pelo precioso sangue de Cristo,
20 Conhecido, com efeito, antes da fundação do mundo, porém manifestado no fim
dos tempos, por amor de vós”
Algo surpreendente é
anunciado por Pedro nestes versículos.
Cristo foi escolhido por
Deus como redentor e de livre e espontânea vontade resolveu morrer por nós
antes da fundação do mundo.
Nosso estado de morte espiritual não permitia que
chegássemos ao conhecimento de Deus (Conf. Ef.2:1-5). Havia um débito a ser
pago a Deus por conta de nosso pecado. Foi por esta razão que Cristo precisou
morrer por nós “[...] o justo pelos injustos, para conduzir-nos a Deus;[...]”
II Co.5:21 aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado
por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus.
A boa notícia anunciada por Pedro, é que Cristo “[...] foi manifestado no fim dos tempos,
por amor de vós 21 que, por meio dele, tendes fé em Deus [...]” (v.20).
Cristo resolveu pagar por nossos pecados a fim de nos
resgatar da morte. Ele assumiu nosso lugar na cruz.
I Pe.3:18 Pois também Cristo morreu, uma única vez pelos
pecados, o justo pelos injustos, para conduzir-nos a Deus; morto sim na carne, mas
vivificado no espírito.
Como entender tais coisas e não desejar ser “santo
como Ele é santo”? (v.16). Como entender tamanha verdade e como “filho não
portar-se com temor durante o tempo de nossa peregrinação?” (v.17). Como posso afirmar que sou salvo se não o
reverencio como meu Deus, meu Senhor, Meu libertador. Como entender esta
verdade e não trazer em meu corpo a marca da santificação que me conduz a
prática da adoração? Cristo se revelou a nós por amor e sempre merecerá nossa
reverência.
Se crermos que Cristo nos emancipou do pecado,
“portemo-nos com temor durante o tempo de nossa peregrinação”.
Ef.1: 1,2
Esta epístola
é considerada por muitos eruditos como a mais bela epístola escrita pelo
apóstolo Paulo. Há quem afirme que é possível perceber o amadurecimento do
apóstolo em suas ideias e na forma de expor seus pensamentos. “F. F. Bruce, diz
que Efésios é a pedra de cobertura da estrutura maciça dos ensinamentos de
Paulo.”
A ideia central ou dominante desta epístola,
é convidar-nos a analisar nosso relacionamento com o divino, tendo como
princípio a unidade da igreja, seu papel no mundo e seu glorioso destino. Partindo
então desta premissa, desejo
analisar os dois primeiros versículos desta carta, com o propósito de apresentar
características essenciais de um eleito, e levar-nos a assumir nossa postura como igreja dentro do
contexto em que estamos inseridos sem perdermos a visão da glória.
I- PRIMAR POR RECEBER
ORIENTAÇÕES APENAS DE HOMENS QUALIFICADOS POR DEUS. (v.1)
Ef.1:1 “Paulo, apóstolo de Cristo
Jesus por vontade de Deus, [...]”
a.
O que era um apóstolo de Cristo?
2
|
1.
O individuo precisava
ser indicado por Deus.
É exatamente isto que Paulo procura demonstrar a seus ouvintes.
Ef.1:1 “Paulo, apóstolo de Cristo Jesus por vontade
de Deus, [...]”
Russell Shedd
diz que:
A
palavra apóstolo, que indica o reconhecimento da autoridade de Paulo,
baseia-se numa palavra aramaica, shaliah. Esse termo sugere que o apóstolo
é aquele que é comissionado não apenas como missionário que leva uma
mensagem; não apenas como embaixador que tem sua carta selada para entregar a
um rei de outro país; mas como procurador que substitui aquele que o
mandou. Ele pode tomar iniciativas. Assim, o que ele faz e fala, o realiza em
Cristo.[1]
Isto significa que o que temos diante
de nós não é um delírio da mente de um homem, não é a exposição da sabedoria
paulina, nem muito menos fruto de artinha de corruptos gospels que desejam
construir seus impérios baseando-se em mentiras. O que temos diante de nós é a sublime Palavra de Deus capaz de
orientar-nos e levar-nos a assumir
nossa postura como igreja dentro do contexto hodierno sem perdermos a visão da
glória.
Paulo apresenta sua credencial a fim de que seus
ouvintes compreendessem que ele é realmente qualificado a orientar-nos.
Ef.1:1 “Paulo, apóstolo de Cristo
Jesus por vontade de Deus, [...]”
Permita-me
diante deste fato, apresentar duas características de alguém capaz de aceitar
esta orientação da parte de Deus.
3
|
II- SANTIDADE. (v.1)
1.
Paulo identifica seus destinatários como
“santos”
Ef.1:1“[...]
aos Santos
que vivem em Éfeso [...]”
Santo é a primeira dentre muitas
designações usadas por Paulo para alguém que está em Cristo. A raiz desta
palavra no seu idioma original (grego hagioi) compreende o sentido de separação.
Permita-me tentar explicar o que Paulo esta falando.
1.1. O que Ele não diz:
1.
Ele não afirma que somos imunes ao
pecado
2.
Não afirma que devemos nos alienar do mundo
3.
Não afirma que devemos abandonar nossos
familiares que professam a mesma fé
1.2. O que ele afirma
1.
Afirma que ser “santo” é ser chamado a viver
segundo princípios estabelecidos por Cristo. Ou
seja, somos eleitos a fim de que venhamos a participar da santidade de Cristo.
Paulo entendendo esta verdade foi capaz de afirmar:
Fp.3:13b,14“[...] esquecendo-me das coisas que para traz ficam e
avançando para as que diante de mim estão, prossigo para o alvo, para o prêmio
da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus”
4
|
2.
Paulo afirma que à medida que nos
aproximamos de Deus nosso caráter moral é modificado. (conf. Ef. 4:25-32)
3.
Afirma que não devemos compartilhar com
o modo de vida daqueles que se distanciam de Deus (conf. Ef.5:5-10)
Em
suma ser Santo é demonstrar os frutos do Espírito Santo, agindo em nosso
interior. É ser transformado segundo a própria imagem de Cristo, a fim de vir a
participar da essência do ser de Cristo.
Rm.8:29
“porquanto aos que diante mão conheceu, também os predestinou para serem
conformes a imagem de seu filho [...]”
Quero
informar-lhes que Deus continua separando homens para que sejam usados unicamente
por Ele. Homens que determinem o contexto moral de suas vidas a luz da Sagrada
Escritura, gente que viva no mundo sem que seja contaminado pelo mundo. Paulo afirma
que estes que assim procuram viver, são Santos e consagrados ao Deus Eterno. Minha
orientação é que a luz deste texto é que primemos em ouvir as orientações
daqueles que são realmente comissionados pelo Senhor, aqueles que buscam
direcionar suas próprias vidas a luz da Palavra.
Permita-me deixar
claro pra você, que como eleito do Senhor pesa sobre nós a responsabilidade de
testemunhar de Cristo. Ou seja, a santidade que é peculiar ao eleito é um
testemunho vivo de que Deus habita em nós.
5
|
Permita-me apresentar
a segunda característica de um eleito apresentada pelo apóstolo neste texto:
II – FIDELIDADE (v.1)
“...
aos Santos
que vivem em Éfeso e fieis em Cristo Jesus,”.
Este segundo
adjetivo usado pelo apóstolo é o designativo de alguém que tem fé, que acredita
e, que espera confiante o cumprimento da promessa daquele que é fiel e poderoso
para cumprir o que prometeu. (a palavra fiel vem do grego “pistoi”). A ideia é que
aqueles que são fieis ao Senhor não vendem nem abandonam suas convicções. Tais
pessoas estão ligadas a Cristo de maneira tão intensa que suas vidas não
existem sem Cristo. Acho tremenda a afirmação de Francis Foulkes quanto à
necessidade que os fieis tem de Cristo.
“assim como a raiz dentro da terra, o ramo ligado a videira (Jo15:1), o peixe
no mar e o pássaro no ar, assim o lugar da vida do cristão é em Cristo (Col.
3:1-3).”[2]
6
|
“a graça, e a paz da parte de Deus, nosso
Pai, e do Senhor Jesus Cristo será multiplicada entre nós”. Ef. 1:2.
NOSSO CRISTO VIVE
I Jo. 5:6-12
Depois de ter demonstrado nos versos 1-4 deste capítulo que todo aquele
que nasceu de Deus vence o mundo (é fato que esta vitória ocorre através de
Cristo), no texto em apreço, consigo perceber que João deseja alcançar pelo
menos três objetivos.
1º) Apresentar as provas desta
vitória
2º) Apresentar as consequência de crer no testemunho concedido das
testemunhas apresentadas por João
3º) Demonstrar a importância destas provas
O contexto vivido pela igreja estava cada vez mais difícil. Os falsos
mestres estavam atacando os crentes afirmando que Cristo era uma lenda, que não
podia ser visto e sua existência não podia ser provada. Alguns irmãos estavam
perturbados com estas afirmações e muitos estavam adoecendo na fé.
A relevância deste sermão esta no fato de que esta mesma falsa mensagem
tem sido anunciada e por incrível que pareça muitos dos nossos também têm
adoecido na fé. Talvez as palavras dos
falsos mestres dos dias hodiernos não sejam as mesmas dos que viveram outrora,
mas, estou certo de que muitos dos nossos são desafiados a provar a existência
de Cristo.
A intenção de João é poder
provar que nossa fé não esta firmada em conjecturas. Não é uma ficção, e nosso
Salvador não é um mito (uma lenda). A Bíblia
e a história fornecem provas de que Jesus Cristo o filho de Deus, esteve entre
nós, e João como seu apóstolo cita no texto em apreço as provas deste fato.
I- PROVAS HISTÓRICAS (v6-8)
1. O batismo e a crucificação são provas
históricas irrefutáveis de nossa redenção em Cristo.
v.6 “este é aquele que veio por meio de água e sangue, Jesus Cristo;
não somente com água, mas também com a água e com o sangue. [...]”
Pelo fato de não haver dúvidas na mente dos autores sacros
com relação à existência de Deus e nem de seu Filho Jesus Cristo, a Sagrada
Escritura não tem a preocupação de provar a sua existência. A Bíblia
categoricamente afirma que eles existem.
Neste verso, João procura mostrar historicamente e espiritualmente esta
verdade.
Quando o apóstolo João cita no verso 6 “água e sangue”, ele
se refere a dois momentos cruciais da vida do Senhor Jesus: Seu batismo com
água (como início de seu ministério), e sua morte vicária (sacramentando nossa
redenção através de seu sangue).
Praticamente
todos os acadêmicos contemporâneos concordam que Jesus existiu realmente,
Numa
revisão em 2011 do estado da arte da investigação contemporânea, Bart Ehrman escreveu: "Com certeza
existiu, já que praticamente qualquer investigador clássico competente
concorda, seja ou não cristão" [1]. Richard
A. Burridge afirma: "Há aqueles que argumentam que Jesus é produto da
imaginação da Igreja e que nunca houve qualquer Jesus. Devo dizer que não
conheço nenhum acadêmico de renome que ainda afirme isso" [2].
Robert M. Price não acredita que
Jesus tenha existido, mas reconhece que o seu ponto de vista é contrário à
maioria dos acadêmicos[3].
James
D.G. Dunn chama às teorias da inexistência de Jesus "uma tese
completamente morta" [4].
Michael Grant (um classicista)
escreveu em 1977: "em anos recentes, nenhum acadêmico sério se aventurou a
postular a não historicidade de Jesus, e os poucos que o fazem não tiveram
qualquer capacidade de contrariar as evidências no sentido contrário, muito
mais abundantes e fortes [5].
Robert E. Van Voorst declara
que os acadêmicos bíblicos e historiadores clássicos encaram as teorias da
inexistência de Jesus como completamente refutadas[6].
Mesmo
que alguns desejem provar a inexistência do Senhor Jesus é fato comprovado
historicamente que Ele foi um pregador judeu da Galileia, foi batizado por João
Batista e crucificado por ordem do governador romano Pôncio Pilatos.
II-
PROVAS ESPIRITUIAS.
João apresenta
duas testemunhas espirituais que provam a existência de Cristo: o Espírito
Santo e o próprio Deus.
a. O Espírito Santo
v.6b “[...] e o Espírito é que dá
testemunho, porque o Espírito é a verdade”
João
toma o Santo Espírito como testemunha da existência espiritual de Cristo por
duas razões:
1º)
O Mesmo esteve presente em todos os momentos da vida de Cristo.
Ø
Na concepção (Lc.1:35)
Ø
Em seu nascimento (Mt 1.20)
Ø
No batismo (Mt 3.16; Lc 3.22)
Ø
Em momentos de ensinamentos (Jo 6.63)
Ø
Etc.
2º) O Espírito Santo é o único capaz de
convencer o pecador de seus pecados (Jo16:8-10)
Jo. 15:26 “quando, porém, vier o consolador, que eu enviarei
da parte do pai, o Espírito da verdade, que dele procede, esse
dará testemunho de mim”
João baseado nas palavras do Mestre, não poderia tomar como
testemunha outra pessoa senão o Espírito Santo. Ninguém é capaz de convencer o
pecador de que Jesus Cristo é capaz de perdoar todas as nossas transgressões
senão o Espírito Santo. Para João o Espírito pode testemunhar a respeito de
Cristo, porque sempre esteve presente em sua vida. É isto que João procura
mostrar pra seus ouvintes.
Cristo é real e tanto
o Céu quanto a terra testemunham a respeito Dele.
Os versos 7,8
reforçam a afirmação do testemunho joanino, apresentando o Espírito Santo como
a suprema verdade, e os acontecimentos (batismo e morte) como reforço deste
testemunho a fim de mostrar que não é apenas um que testemunha, mas três, e
estes são unânimes.
v.7,8 “[...] o
Espírito, a água e o sangue, e os três são unânimes num só propósito”
Permita-me citar o
que informei na introdução deste sermão: A importância de entender o que João
esta defendendo, é poder provar que nossa fé não esta firmada em conjecturas. Não
é uma ficção, e nosso Salvador não é um mito (uma lenda).
Mas escute! Se o seu pensamento gira apenas em torno
de um Jesus histórico, você corre sério perigo. O testemunho salientado
por João nos versos 7,8 explica porque o salvo não corre tal perigo. A água e o
sangue salientados por João são símbolos de nossa redenção. No batismo Jesus cumpriu as exigências da
lei e identificou-se com seu povo, em
sua morte ele assumiu nossa culpa livrando-nos da morte eterna.
Ver estes fatos apenas como história é olhar para a morte de
Cristo como a morte de um homem qualquer. É preciso entender que a cruz nos
aproxima de Deus e demonstra seu grande amor por nós.
b. Deus testemunha a respeito de seu Filho
(v.9,10)
v.9 “se admitimos o testemunho dos homens, o testemunho
de Deus é maior; [...]”
A importância do testemunho do
Pai a respeito de seu Filho é crucial neste texto. Primeiro, porque a Palavra
de Deus é verdade inquestionável. Segundo porque a afirmação de que o Pai
testemunha do filho encontra respaldo no que Jesus ensina.
Jo.5:32 “Outro é o que testifica a meu respeito, e sei que é verdadeiro o
testemunho que ele dá de mim”
Se não é possível negar a
existência do Filho, como negar a existência do Pai de quem o filho deu pleno
testemunho?
Jo.5:19-22;
6:44; 8:41,42; 10:45; 12:9,10.
Se
apenas os homens testemunhassem de Cristo, se apenas a igreja proclamasse os
seus feitos isto já seria suficiente pra que o propósito do Pai pudesse ser
alcançado. No entanto, João afirma que não apenas as testemunhas dos versos 6,
8, testificam a respeito de Cristo, mas também o próprio Deus o faz.
I
Jo.5:9b ora, este é o testemunho de Deus, que Ele dá acerca de seu Filho.
E que testemunho é este senão o mesmo que já fora anunciado?
João explica isto no v.11
v.11 “e o
testemunho é este: que Deus nos deu a vida eterna, e esta vida está no seu
filho”
v. 10- Aquele que crê no
filho de Deus tem, em si, o testemunho. Aquele que não dá crédito a Deus o faz mentiroso,
porque não Crê no testemunho que Deus dá acerca de seu Filho.
É preferível crer em Deus e não nos homens, é preferível exercer fé
acreditando no testemunho de Deus por que “esta é a vitória que vence o mundo
[...]” I Jo.5:4
III- A IMPORTÂNCIA DESTAS PROVAS
Há
uma condição para se chegar ao Céu, e esta não é outra senão ter a vida eterna,
mas só pode ter vida eterna aquele que crê no Filho de Deus.
Jo.3:36
“quem crê no Filho tem a vida eterna; o que, todavia, se mantém rebelde contra
o Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus”
Não podemos sair deste templo
como quem ouviu mais uma informação. É imprescindível entender que Jesus é o
único caminho que leva a Deus.
Deus é o único que pode nos
conceder vida eterna, no entanto exige que creiamos no seu Filho.
I Jo.5:12 “Aquele que tem o Filho tem a
vida; aquele que não tem o Filho de Deus não tem a vida”
Pr. Joziran Vieira (sermão pregado na IEC Mossoró em 30/11/2014)
[1] Ehrman, Bart. Forged: writing in the name of
God – Why the Bible's Authors Are Not Who We Think They Are. [S.l.]:
HarperCollins, 2011. p. 285. ISBN 978-0-06-207863-6. (http://pt.wikipedia.org/wiki/Jesus#cite_note-15/acesso
em 28/11/2014)
[2] Jesus Now and Then. [S.l.]: Wm. B. Eerdmans
Publishing, 2004. p. 34. ISBN 978-0-8028-0977-3. (http://pt.wikipedia.org/wiki/Jesus#cite_note-15/acesso
em 28/11/2014)
[3]
"Jesus at the Vanishing Point". The Historical Jesus: Five
Views. (2009). InterVarsity. 55, 61. ISBN 978-0-8308-7853-6
(http://pt.wikipedia.org/wiki/Jesus#cite_note-15/acesso em 28/11/2014)
[4] "Paul's understanding of the death of
Jesus". Sacrifice and Redemption. (2007). Cambridge University Press. 35–36.
ISBN 978-0-521-04460-8 (http://pt.wikipedia.org/wiki/Jesus#cite_note-15/acesso
em 28/11/2014)
[5] Grant,
Michael. Jesus: An Historian's Review of the Gospels. [S.l.]: Scribner's, 1977.
p. 200. ISBN 978-0-684-14889-2. (http://pt.wikipedia.org/wiki/Jesus#cite_note-15/acesso
em 28/11/2014)
[6] Van
Voorst 2000, p. 16 (http://pt.wikipedia.org/wiki/Jesus#cite_note-15/acesso em
28/11/2014)
OS BENEFÍCIOS DE SER UM SALVO
I Jo.2:12-17
Dois testes já foram
postos por João aos seus ouvintes quanto à certeza de serem salvos. O primeiro
foi o teste moral em que o fator primordial é obediência, o segundo foi o teste
social onde a exigência é amor ao próximo. Agora o propósito do apóstolo é
motivar seus ouvintes quanto ao que são e o que alcançaram em Cristo.
I-
SOMOS JUSTIFICADOS EM CRISTO. (2:12)
I Jo.2:12 “filhinhos, eu vos escrevo
porque os vossos pecados são perdoados, por causa do seu nome”
a. A PRIMEIRA AFIRMAÇÃO É QUANTO AO QUE SOMOS
Somos perdoados, justificados, livres da culpa. Isto é algo
que não merecemos, mas que recebemos como uma ação da graça de Deus. O mérito da justificação pertence a Cristo.
“[...] por causa do seu nome”
b. QUANTO AO QUE GANHAMOS
Sem a Cruz não há
perdão. Sem perdão não há paz com Deus; sem perdão jamais habitaremos no Céu. O
perdão é sem dúvida um presente de Deus para a humanidade. Este fato me conduz
a pensar no que ganhamos.
II- ADQUIRIMOS
CONHECIMENTO DE DEUS. (v13,14)
Conhecimento de Deus é algo que ilumina a mente do homem e abre
os seus olhos para que venha a conhecer a Cristo.
2:22,23 “Quem é mentiroso, senão aquele que nega que Jesus é o Cristo?
Este é o anticristo, o que nega o Pai e o Filho. Todo aquele que nega o Filho,
esse não tem o Pai; aquele que confessa o filho tem igualmente o Pai”
O conhecimento ao qual
João se refere não é um conhecimento apenas contemplativo ou teórico. É algo
que vai além que mexe com nosso espírito e nos concede a intensa convicção de
que Aquele que é poderoso cuida de mim. Este conhecimento é experimental.
a. CONHECIMENTO EXPERIMENTAL.
Deixe-me explicar este conhecimento.
1. Zaqueu.
Lc.19:1-3 “1. entrando em Jericó, atravessava Jesus a cidade. 2. Eis que
um homem chamado Zaqueu, maioral dos publicanos e rico, 3. procurava ver
quem era Jesus [...]”
Conhecia Jesus de ouvir falar (conhecimento teórico),
desejava contemplá-lo (v3 procurava ver quem era Jesus [...]). No
entanto era um homem que explorava o necessitado, usava de má fé em seus
negócios a fim de se beneficiar.
Mas ao obter conhecimento experimental de Deus através de
Cristo sua vida foi transformada.
Lc.19:8,9 “[...] Senhor resolvo dar aos pobres metade dos meus bens; e,
se nalguma coisa tenho defraudado alguém, restituo quatro vezes mais. 9- Então,
Jesus lhe disse: hoje, houve salvação nesta casa [...]”
João
se dirige aos Pais, na ideia de que estes têm tal conhecimento de Deus e assim
possuem um firme fundamento. João compreende que suas experiências com Deus
jamais poderão ser negadas por terem sido adquiridas a luz da Palavra de Deus.
b. ATRAVÉS DESTE CONHECIMENTO SOMOS FORTALECIDOS (v13b,14)
“[...] jovens, eu vos escrevo, porque tendes vencido o Maligno. 14. Filhinhos, eu vos escrevi,
porque conheceis o Pai. Pais, eu vos escrevi, porque conheceis aquele que
existe desde o princípio. Jovens, eu
vos escrevi, porque sois fortes, e a palavra de Deus permanece em vós, e
tendes vencido o Maligno”
A
figura utilizada por João é a dos jovens, não afirmando que apenas estes são
fortes. Sua intenção é destacar que eles têm vencido a tentação da
prostituição, da bebedeira e dos demais vícios da época, mesmo sendo jovens. No
entanto, Todos nós precisamos deste
conhecimento a fim de que sejamos fortalecidos. Isto só é possível porque a
palavra de Deus habita todo o nosso ser.
14b
“[...] Jovens, eu vos escrevi, porque sois fortes, e a palavra de Deus permanece em
vós, e tendes vencido o Maligno”
III-
ADQUIRIMOS A VIDA ETERNA (v15-17)
a. A VIDA ETERNA É INCOMPATÍVEL COM O AMOR PELO MUNDO.
I Jo.2:15,16 “não ameis o mundo nem as coisas que há no mundo. Se alguém
amar o mundo, o amor do Pai não está nele; 16. Porque tudo que há no mundo, a
concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não
procede do Pai, mas procede do mundo.”
Mesmo que
anteriormente João tenha dito que devemos amar a todos, (v7-11) não há
contradição alguma quanto a não amar o mundo. Há três significados diferentes
no Novo Testamento para a palavra “mundo”:
1) o mundo físico, o universo - “Deus que
fez o mundo e tudo o que nele existe”
(At 17.24);
2) o mundo humano, a humanidade - “Porque Deus amou o mundo
de tal maneira que deu o seu Filho unigénito para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida
eterna” (Jo 3.16);
3)
o mundo sistema, inimigo de Deus
“Não ameis o mundo nem as coisas que
há no mundo...” (2.15).
Quem ama a Deus
despreza todo e qualquer sistema que se opõe a Deus. Tudo que é contrário ao
que Deus ordena é inimigo de Deus. “o homem do mundo é aquele que julga todas
as coisas segundo os seus apetites.”[1]
João apresenta as coisas do mundo em pelo menos três categorias:
I Jo.2:16 “porque tudo que há no
mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba
da vida, não procede do Pai, mas procede do mundo”
Simon Kistemaker
observa o seguinte quanto a estes pecados apresentados por João neste versículo
As duas primeiras
categorias (concupiscência da
carne e dos olhos) referem-se a desejos
pecaminosos; a última (soberba) é um comportamento pecaminoso. As
duas primeiras são pecados internos e ocultos; a última é um pecado externo e
revelado. As primeiras dizem respeito à pessoa como indivíduo; a última, à
pessoa em relação àqueles que estão ao seu redor.[2]
Quando o homem em pecado deseja satisfazer sua vontade, a porta
de entrada do pecado geralmente são os olhos; o pecado uma vez consumado enche
o pecador de soberba por ter conquistado o objeto de seu desejo. Observe então
o que afirma Tiago a este respeito:
Tg.1:15 “Depois, havendo a
concupiscência concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, sendo consumado, gera
a morte.”
Estando o homem
morto, não pode ouvir a voz de Deus e a cada dia mergulha na densa escuridão
que o conduz a condenação.
Conclusão: O mundo e
seus apetites são transitórios. No versículo 17 João afirma “Ora, o mundo
passa, bem como sua concupiscência; [...]”. Observe o quanto este mundo é
passageiro a partir do fato de nossas conquistas. Quando conquistamos o que
desejamos nosso alvo passa ser outra coisa.
Achei interessante a
aplicação do Pr. Hernandes Dias quanto a transitoriedade do undo. Ele diz: Quando
John Rockeífeler, o primeiro bilionário do mundo, morreu, perguntaram para o
seu contador no cemitério: “Quanto o Dr. John RockefFeler deixou?” Ele respondeu de pronto: “Ele deixou tudo; ele não levou nenhum
centavo”.[3]
Diante disto
pergunto: será que vale a pena investir no mundo? Certamente que não.
Apenas aqueles que
fazem a vontade de Deus permanecem para sempre. Esta vontade deve direcionar
nossa vida como um todo.
A NECESSIDADE E
IMPORTÂNCIA DO CLAMOR PELA GLÓRIA
(aniversário de 31 anos da IEC Mossoró. julho de 2014 )
Jr.33:3
O cap.31: 31-40 é essencial para a compreensão do tema
proposto. Ali observamos o que o profeta disserta a respeito de uma nova
aliança firmada entre Deus e o seu povo. é interessante observar que esta nova
aliança beneficia Israel, mas também todo aquele que der ouvidos aos princípios
estabelecidos nesta aliança que agora entra em vigor. Vejamos alguns destes
detalhes e então compreenderemos a necessidade e a importância do clamor pela
glória.
I- a necessidade de se clamar
pela glória dar-se pelo fato de que a nova aliança possui características
pessoais (individuais).
Jr.31:31-34 nos informa que a
aliança que Deus havia feito com a nação de Israel através da lei mosaica, não
se encaixava absolutamente com a época da graça que haveria de vir.
a. A ANTIGA ALIANÇA.
1. A aliança firmada pela lei mosaica refletia mais obrigação do
que aceitação.
A confusão estava em achar que cumprindo as obrigações
ritualísticas da lei, o homem estava desobrigado de seu compromisso com Deus e
livre para agir como bem entendesse. Isto exprime religiosidade e não
conversão, obrigação e não mudança significativa e real.
2. A aliança mosaica tinha um aspecto mais nacional do que pessoal.
Entre os cativos de Israel também estavam os penitentes.
Mas o clamor destes penitentes em favor da nação não fora ouvido porque a
aliança em primeira estância era nacional. (Jr.31:31,32)
Todos em comum eram responsáveis por obedecer esta aliança.
Ou seja, pra que a ira de Deus não fosse derramada sobre toda a nação todos
precisavam voltar-se para Deus.
b. A NOVA ALIANÇA.
1. A responsabilidade é pessoal, individual.
Cada um daqueles que são atraídos pelo Senhor devem
demonstrar uma mudança considerável em seu ser em resposta a misericórdia
divina (Jr.31:33,34)
“[...] na mente, lhes
imprimirei as minhas leis, também no coração lhas escreverei, eu serei o seu
Deus, e eles serão o meu povo. não ensinará jamais cada um ao seu próximo, nem
cada um ao seu irmão, dizendo: conhece ao Senhor porque todos me conhecerão,
desde o menos até ao maior deles, diz o Senhor. pois perdoarei as sua
iniquidades e dos seus pecados jamais me lembrarei”
A devoção a Deus nesta nova aliança é fruto
de uma profunda gratidão ao Senhor pela libertação do cativeiro pecaminoso.
Ela (a devoção) provoca uma íntima comunhão com Deus porque é resultado de sua
graça. Sendo assim, aquele que é alcançado por esta nova aliança clama a Deus
incessantemente, pra que sua glória seja o motivo de sua existência. Ou seja, o
salvo vive para a glória de Deus.
Perceba
que a responsabilidade e necessidade são pessoais e você precisa estar
consciente disto.
II- só mesmo aquele que é portador
de toda glória pode nos revelar coisas grandes e ocultas.
Eis
a importância de clamar pela glória
1. Quando clamamos a Deus sinceramente, Ele sacia nossa ansiedade.
a. O clamor ocorre através da oração
Foi orando a Deus
que o profeta buscou realizar o feito de saciar sua ansiedade. Como
qualquer ser humano, Jeremias estava
ansioso, preocupado e sem compreender as ações de Deus.
Ø
Como Deus poderia restaurar
a sorte daquela nação?
Ø
Porque o Senhor ordenou o
profeta comprar uma propriedade naquele lugar se a terra iria ser invadida?
Ø
Qual era o propósito de
Deus?
A fim de encontrar respostas, o profeta ora: (Jr.32;16,17)
[...]
orei ao Senhor dizendo:
Ah! Senhor Deus, eis que
fizestes o Céu e a terra com teu poder e com o teu braço estendido; coisa alguma te é demasiadamente
maravilhosa (ou seja, impossível).
Deus responde as interrogações do profeta (Jr.32:42-44) e
aquieta seu coração. Deus afirma que não há impossíveis para Ele (v.27). Deus nos faz compreender que podemos
confiar plenamente em suas ações. Assim, quando Ele disser aja, não se
detenha, quando ele der ordem pra que esperemos n’Ele, tranquilize seu coração.
2. Se clamarmos Ele responde. (Jr.33:3)
A prisão do profeta não o impede de conhecer o que esta
além de sua condição física. Deus lhe mostra coisas “grandes e ocultas”.
a.
Pra receber é preciso pedir. É fato que aqui Deus esta falando
de revelação de sua vontade e não de salvação. O que me leva a realizar
a seguinte aplicação:
Conhecemos o futuro? Temos certeza do amanhã? Onde viveremos
a eternidade? A certeza de respostas positivas para estas perguntas é possível
apenas aquele que foi restaurado pelo Senhor e andam nos seus caminhos. Se você
não é um destes, você necessita clamar pela glória.
O EFICAZ MÉTODO DE CLAMAR
(aniversário de 31 anos da IEC Mossoró. julho de 2014 )
Lc.18:7-14
Há uma dificuldade
enorme para que se preserve o hábito de clamar. Geralmente somos mais intensos
e contínuos em nossa vida de oração quando estamos passando por dificuldades ou
quando estamos vivendo um súbito momento de entusiasmo. Ou seja, salvos as exceções,
não costumamos manter uma vida de oração. Jesus percebeu isto e procurou
determinar princípios que nos ajudam a perseverar em oração.
I-
AO ORAR ESTEJA CIENTE DA IMPORTÂNCIA DA ORAÇÃO.
a. A oração é a respiração do verdadeiro cristão[1]
“o cristianismo autêntico começa e floresce
na prática da oração; ou decai na falta dela” [2].
Temos o dever de orar a
fim de que nossa vida seja preservada dos ataques pecaminosos. Deus por sua
infinita graça preserva os santos quanto a sua salvação. No entanto, nossa santificação
além de ser um ato é também um processo, é procurando dar continuidade a este
processo que devemos intensificar nossa vida de oração.
V7 Não fará Deus justiça aos seus
escolhidos que a ele clamam dia e noite [...]?
Perceba o quanto é
urgente e imprescindível o hábito de orar constantemente.
V7,8 Não fará Deus justiça aos seus
escolhidos que a ele clamam dia e noite [...]? Digo-vos que, depressa, lhes
fará justiça [...].
b. A oração é uma marca que distingue os eleitos dos demais.
V7. Não fará Deus justiça aos seus
escolhidos que a ele clamam dia e noite embora pareça demorado em defendê-los?
As marcas da eleição
estão delineada com muita clareza na Santa e Sagrada Escritura.
Ø
Rm.8:29 Paulo afirma que o
leito possui a imagem de Cristo
Ø
I Ts. 1:3,4 Paulo aponta
como característica da eleição:
o
Fé operante
o
Amor abnegado
o
Firme esperança
No texto em foco
Jesus afirma que os eleitos “clamam a Ele dia e noite” ou seja, é gente que ora
porque procura estar continuamente em comunhão com Deus.
II- DEPOSITE
SUA CONFIANÇA APENAS EM DEUS.
V9
Jesus propôs também esta parábola a alguns que confiavam em si mesmos [...]
Ryle
afirma que por natureza temos uma doença hereditária que nos enche de justiça
pessoal. A cura para este mal é conhecermos a nós mesmos. É a partir daí
(deste conhecimento de nós mesmos) que adquiriremos o eficaz método de clamar.
Ao
orar reconheçamos nossa insignificância diante deste Santo Deus. (v10,11)
a. A oração do fariseu estava escassa de verdade. (v12)
Não
continha confissão nem reconhecimento de culpa.
“[...]
Orava de si para si mesmo [...]”
Nunca
estaremos em situação tão desesperadora quanto a que nos impede de reconhecer
nosso real estado diante de Deus. Precisamos estar cientes de que o padrão
pelo qual devemos medir a nós mesmos é Deus e não outro homem.
b. A oração do publicano. (v13)
Ryle destaca cinco aspectos que desejo
destacar.
1. Foi uma oração genuína
Continha súplica e não apenas ações de graça.
aquele homem reconhecia sua situação
2. Foi uma oração pessoal
Ele procurou apontar suas falta e não as
nossas faltas.
3. Foi um clamor humilde
Ele confessou suas faltas reconhecendo sua
carência de Deus
4. A misericórdia de Deus era o alvo a ser alcançado
“[...] ó Deus, Sê propício a mim, pecador”
5. Foi um clamor provindo do coração.
A expressão “batia no peito” revela sua
comoção e a verdade de que estava profundamente arrependido.
É interessante
observar como conclusão que um coração compungido e contrito o Senhor não
despreza (Sl.51:17).
Um embaixador de Deus na terra dos deuses
(parte 1)
At.17:16-34
Duas lições ficam claras quando estudamos este texto. A
primeira lição é que é preciso reagir contra o pecado; a segunda é que há no
homem a grande necessidade de chegar-se a Deus. Assim, desejo através da
atitude de Paulo em Atenas apresentar pelo menos três atitudes que devemos ter
diante deste quadro de necessidade.
I- O que enxergamos com relação
ao pecado.
a) Observemos o que Paulo viu. (v16)
Uma cidade repleta de idolatria.
• A antiga fortaleza da cidade no ponto mais
alto da mesma era um amplo local dedicado ao culto aos deuses.
• A praça. Local de debates políticos e
filosóficos
• As milhares de estátuas espalhadas pela
cidade (30.000 estátuas públicas espalhadas pela cidade) cada local possuía sua
divindade protetora.
• No templo (parthenon) Havia uma enorme
estátua de Atena feita de ouro e mármore.
Hernandes Dias Lopes observa que por
toda cidade havia estátuas de:
Ø
Apolo (identificado como o
sol e a luz da verdade. Fazia os homens conscientes de seus pecados e era o
agente de sua purificação;
Ø
Júpiter (considerado o deus
dos céus e dos trovões)
Ø
Vênus ou Afrodite (A deusa
do amor e da beleza)
Ø
Mercúrio (é um mensageiro e
deus da venda, lucro e comércio)
Ø
Baco (É o deus do vinho, da
ebriedade, dos excessos, especialmente sexuais, e da natureza.
Ø
Diana e outros
Embora fossem belíssimas como arte, o apóstolo não perdeu o
foco de sua missão (pregar o Cristo vivo que salva pecadores). Paulo percebia
que a idolatria cega o homem espiritualmente. “a idolatria é a tentativa de
confinar Deus ao espaço imposto pelo homem [...] é um pecado gravíssimo porque
rouba a honra e a glória do nome Deus. é dar a outro ser a honra e a glória que
só Deus merece”.
O homem aprisionado pelo pecado não consegue perceber a
aflição de sua alma em busca de paz. Por isto atiram-se sem reservas a qualquer
aventura espiritual em busca de conter sua sede de Deus. Alguns vivem rodeados
de deuses, mas ainda assim continuam vazios. Permita-me salientar a verdade:
Não é Apolo o sol e a luz
da Verdade. A luz e a verdade é Cristo Jesus Nosso Senhor.
Não é Júpiter o deus dos Céus. O Deus dos Céus é o Grande EU
SOU.
Afrodite não é capaz de produzir amor verdadeiro. Mas o
nosso Cristo Ele é a expressão exata do amor.
Baco deus do vinho não pode conceder-lhe a alegria e a paz
Real. Somente Cristo é capaz curar as feridas interiores e declarar:
“Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o
mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize.” (Jo. 14: 27)
Mercúrio não é o mensageiro de Deus. Só Cristo é quem pode
conduzir-nos a Deus. Ele disse
“Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida: ninguém vai ao Pai
senão por mim” (Jo.14:6)
Não nos deixemos envolver pelas belezas terrenas a ponto de
aliarmo-nos ao pecado. Muitos dos nossos em nome da modernidade, do
intelectualismo, do conhecimento secular acomodam-se ao pecado sem que este o
aflija. Observem como Paulo se conduziu naquela cidade diante do que ele
sentiu. (conf.v16,17).
II- quais são nossos sentimentos
quanto ao pecado.
b) O que Paulo sentiu
(v16) “[...] o seu espírito se revoltava [...]”
O verbo grego paroxyno aplicado aqui tem o sentido de tomar
uma atitude contra o que se revolta. A revolta do apóstolo o levou a uma
atitude.
(v17) “por isso dissertava na sinagoga entre os judeus e os
gentios piedosos; também na praça, todos os dias, entre os que se encontravam
ali”
Esta atitude de Paulo me faz lembrar o Mestre que olhava
para os necessitados e era movido de íntima compaixão. Nosso desafio é real e
urgente. Quais são nossos sentimentos com respeito a nossa situação? Quais são
nossos sentimentos com respeito a situação dos pecadores? Estamos sendo
desafiados e qual será nossa atitude?
III- Quais são nossas ações com
relação ao pecado.
c) O que Paulo fez
1. Paulo reagiu pautado em sua missão.
(v17) “por isso dissertava na sinagoga entre os judeus e os
gentios piedosos; também na praça, todos os dias, entre os que se encontravam
ali”
A ideia é que incomodado com o pecado o apóstolo resolveu
testemunhar de Cristo. Sabemos qual o problema da sociedade então vamos apontar
a solução.
Deus deseja que sejamos suas testemunhas. Se hoje ouvimos a
voz de Deus nos deixemos moldar por Ele a fim que sejamos instrumentos em suas
mãos.
Homens que transformaram o mundo.
At.16:6 – 17:15
Ler:
17:1-7
Do capítulo 15:36 ao
capítulo 18:23 Lucas expõe a segunda viagem missionária de Paulo tendo como
companheiro Silas (At.15:40. No capítulo 16:1-10, somos informados que pelo
menos mais dois missionários se juntam a esta caravana. São eles Timéteo (At.16:1-5)
e Lucas (At.16:10).
Olhando para o que o
Espírito Santo realizou por intermédio deles,
chego a conclusão de que mesmo sendo soberano, Deus nos responsabiliza de
algumas tarefas. Ou seja, algumas iniciativas espirituais são tarefas
peculiares dos homens.
Certa vez
perguntaram a David Livingstone (missionário na África no século XIX): até onde
você está disposto a ir com relação à obra de Deus? Ele respondeu: “estou
disposto a ir a qualquer parte, desde que seja para frente”. Creio que
ainda existem homens que desejam assumir plenamente sua responsabilidade diante
de Deus. Sei que existe gente desejosa desta convicção. Estes homens apresentado aqui em Atos dos
apóstolos transformaram o mundo de sua época, movidos pelo poder de Deus por
estarem convictos de sua responsabilidade. Assim, quero apropriar-me do
texto sagrado a fim de lhe motivar a tal como estes homens esboçar uma reação em
sua postura espiritual capaz de transformar Mossoró e o mundo em sua volta.
I-
Não apenas Creram, transbordaram do poder de Deus.
1. Quem eram estes homens?
Os apóstolos eram gente como agente.
Sentiram medo, foram perseguidos, desacreditados, açoitados, expulsos das
cidades, passaram por naufrágios e etc., mas movidos pelo poder de Deus (At.2:4) tornaram-se homens
de ação.
2. Promessa cumprida é hora de entrar em ação.
Ø
At. 2:14-41 em
Jerusalém Pedro transbordando de poder do Espírito santo levou quase
três mil vidas a Cristo.
Ø
At. 3:1-10 um coxo é curado
na porta do templo
Ø
At. 4:23-31 a igreja vendo
um foco de perseguição, reuniu-se em oração. Transbordando do poder do Espírito
Santo, orando levaram a terra a tremer e com intrepidez anunciavam a Palavra.
Ø
At.5:1-11 Ananias e Safira
são mentem para Pedro que estava Cheio de Deus. Pedro então afirma: “não
mentiste aos homens, mas a Deus”(v4) isso causa espanto no povo e concedia
credibilidade a igreja.
Ø
At.6:1 – 7:60 Estevão cheio
do poder de Deus é apedrejado, e antes de morrer ora ao Senhor dizendo: “Senhor
não lhes imputes este pecado” (v60)
Ø
At.8:1-40 em
Samaria,
Filipe em meio à perseguição causa grande impacto na cidade curando enfermos
expulsando demônios e pregando a Palavra.
Ø
At.9 Em
Damasco o jovem Saulo é impactado pelo poder do Espírito Santo e
atraído a Cristo, começa a fazer parte do impacto que a igreja estava causando
no mundo.
Ø
At.10 O Espírito Santo
desce sobre os gentios
Ø
At. 11:19-26 em Antioquia os discípulos
cheios do poder do Espírito Santo, causam impacto pregando a salvação em Cristo
e são chamados pela primeira vez de cristãos.
Ø
At.12:1-19 A soltura
miraculosa de Pedro da prisão causa grande alvoroço (v18)
Ø
At.13 Paulo e Banabé são
separados por determinação do Espírito Santo e empreendem a primeira viagem
missionária causando grande impacto por onde passaram.
o
13:6-12 pregaram ao
procônsul Sergio Paulo e Barjesus o mago os incomodava. “Paulo cheio do
Espírito Santo ...” ordena´-lhe que fique cego (v11)
Ø
At. 14 em Icônio grande multidão creu no
senhor Jesus porque Cheios do poder do Espírito Santo Paulo prega
para o povo.
Ø
At.15:36 Dar-se início a
segunda viagem missionária de Paulo
Ø
At.16;1-6 os missionários
tem uma grande experiência com Deus. Em Filipos fundam uma
prospera igreja. Ali se convertem Lídia, uma jovem escrava e um oficial romano.
Ø At. 17 ao chegarem a Tessalônica
são recepcionados por alguns, como gente que perturba a ordem. (transtornadores
v6). Transtornar
significa: atrapalhar, perturbar, causar conflito, tirar a paz.
Estes homens não transtornavam o
mundo. Antes, transformavam o mundo em sua volta por onde passavam, por que transbordavam
do poder de Deus.
Creio firmemente que
estas experiências foram marcantes para as pessoas. Não causaram conflito, não
atrapalharam suas vidas. Antes tornaram tais pessoas felizes, libertas,
renovadas. Mas também creio que tais experiências
foram marcantes para os apóstolos. Não há nada na vida do salvo mais magnífico do que ser instrumento da
ação de Deus.
Quero motivá-lo a
ser um agente de transformação do mundo a sua volta. Quero desfiá-lo a
transbordar no poder do Espírito quero desafiá-lo a viver sob a ação do
Espírito Santo. E pra que isto ocorra precisamos parar de focar as dificuldades
e volte seus olhos para o soberano agir de Deus.
O que estava
ocorrendo na vida dos apóstolos era algo determinado por Deus. Eles não eram
baderneiros. Não procuravam causar problemas, apenas deixaram-se usar pelo
Senhor. Talvez estejam te vendo como causador de infortúnios, talvez queiram
que você esteja distante, talvez muitos estejam torcendo pra que você desista, mas
permita-me dizer-lhe
algo da parte de Deus: Você não é causador de transtorno, você é agente de
transformação.
Sendo um destes
agentes, Paulo mantinha suas convicções no que Deus havia lhe dito (At.9:15-17)
v15 “você é instrumento escolhido”
V16
“importa sofrer pelo meu nome”
V17 “você esta cheio do Espírito Santo”
II-
Foram agentes de transformação. (At.16:11-34)
“Sendo
tais agentes assumiram as seguintes posturas”
1. Sempre esperaram a iniciativa de Deus.
a) Com relação ao cumprimento da nossa tarefa.
o
A conversão de Lídia
“O Senhor lhe abriu o coração para compreender as coisas que Paulo falava”
At.16:14
o
A libertação da escrava
grega (v16-18)
o
A conversão do
carcereiro (v27-34)
Somos incapazes de mudar a vida dos homens e as suas
atitudes. Só o agir de Deus na vida de alguém é capaz de mudar sua história (At.17:3,4).
b) Com relação a nossa integridade física.
Se Deus deseja nos poupar do mal físico, Ele
mesmo tomará a iniciativa (v19-26). Mas se porventura esta não for sua vontade,
esteja certo de que melhor será alimentar-nos com Ele no Céu.
A verdade é enfática. Por ser soberano Deus
age como deseja. E seu alvo sempre será libertar o homem do pecado.
2. Livre-se do preconceito
Raças diferentes posição social diferentes
o
Lídia era asiática da
cidade de Tiatira (bem sucedida
comerciante)
o
A jovem escrava era grega (segundo a lei era uma
ferramenta humana)
o
O carcereiro era romano (membro da classe média
romana)
Religiosidade diferentes
o
Lídia era gentia que vivia
a cultura judaica (era apenas religiosa e não uma salva)
o
A jovem escrava vivia no
misticismo, presa pelo inimigo
o
O carcereiro prestava culto
ao imperador.
Hernandes observa que “o inimigo enriquece a
pessoa, mas rouba a alma. Oferece prazeres, mas destrói a pessoa”
III. Sofreram
resistência.
1. Não sofreram por negligência. (17:5,6)
Talvez para alguns
fosse hora de desistir afinal desta vez a perseguição tomou proporções muito
severas. At.16:33,34 informam que o carcereiro lavou-lhes os vergões dos
açoites. (v24) informa-nos que estavam presos e ainda por cima algemados pelos
pés ao tronco. Porém, uma vez em liberdade At.17:2 em Tessalônica “eles
agiram segundo o seu costume...”
Que faremos irmãos?
Como nos posicionaremos? Acredito que é hora de tomarmos uma iniciativa
positiva, é hora de desejarmos ardentemente transformar Mossoró. Mas, primeiro
precisamos começar transformando nosso coração, depois precisamos transformar
nossa própria vida em todos os aspectos, e pra tanto temos a ajuda de Deus. É
hora de transformar sua vida espiritual, conjugal, familiar, sentimental. É
hora de desejar ser alguém que pode no poder do Espírito transformar o mundo em
sua volta. (Pr.joziran Vieira)
AS MARCAS E A VIDA DE UMA IGREJA SAUDÁVEL.
At. 1:1-14
Permita-me
expressar meu estado emocional. Encontro-me hoje é um estado bastante reflexivo
e quando isto me ocorre o desejo encontrar respostas para as minhas questões.
De forma que minha ideia é entender quais são as marcas e qual deve ser a vida
de uma igreja saudável.
Há quem imagine
que as marcas e saúde de uma igreja podem ser vista simplesmente através de sua
liturgia de culto. Ou quem sabe através da apresentação de seu boletim,
que deve ser atraente, sem erros, bem feito, objetivo, sem repetições, e fácil
de ler
Ou quem sabe
há quem imagine que as marcas e saúde de uma igreja podem ser vista
simplesmente através da leitura que fazemos das pessoas que estão a nossa
volta. Mas a pergunta é: você conhece bem as pessoas que lhe rodeiam na igreja?
São pessoas com quem você gosta de estar? Será que são como você?
É. Há quem
imagine que as marcas e saúde de uma igreja podem ser vista simplesmente
através da música? Das orações? Há! Da avaliação que fazemos do pregador.
Talvez em sua avaliação ele precise parecer santo, porém não muito santo.
Precisa ser compassivo, mas não exageradamente. E o sermão precisa ser bom,
relevante, divertido, envolvente e, com certeza bem curto.
Certamente há muita coisa a ser considerada
quando avaliamos uma igreja. Já pararam para pensar nisto? A última pergunta
que vos faço nesta introdução é a seguinte: quais as características que
definem uma igreja saudável? Tomando por base o texto dos Atos 1:1-14 desejo
apresentar pelo menos três marcas que definem uma igreja saudável. No entanto
desejo em primeiro lugar definir o que é a igreja.
I- O QUE É A IGREJA.
A igreja é um organismo vivo
e, por assim dizer, é o corpo de Cristo sobre a terra. Desta feita, deve
refletir incessantemente o caráter de Deus. At.1:8 “[...]
sereis minhas testemunhas [...]”
a) A IGREJA NÃO É UM ORGANISMO SEM FALHAS.
Como qualquer organismo vivo, a igreja
também apresenta suas anomalias, contudo, não pode ser comparada ou tratada
como uma organização humana ela é a comunidade dos remidos, o refúgio onde os
escolhidos por Deus podem contar com a ajuda uns dos outros. Fato este que esta
ficando extinto em meio à sociedade pós- moderna. O reverendo Aurivam
Marinho da Costa salienta que:
“[...]
(hoje) Há uma profunda busca por liberdade, escolhas e autonomia. Pertencer a
uma denominação não é um bom negócio para quem se deixou contaminar pela
filosofia moderna (que ele trata como síndrome da autonomia)” (jornal da
Aliança Congregacional ano IX – nº 55 Fev - Abr.-2012 pg.03)
A igreja do Senhor é constituída pelo seu povo e não por edifícios. Embora
não seja perfeita e impecável [...] é uma igreja que se esforça continuamente
para ficar ao lado de Deus na luta contra os enganos do mundo. E este esforço é
que produz uma vida saudável a esta igreja. O autor aos Hebreus expressa o
que estamos afirmando com as seguintes palavras:
Hb. 10:23-27 “retenhamos inabalável a confissão da nossa
esperança, porque fiel é aquele que fez a promessa; 24 e consideremo-nos uns
aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras, 25 não
abandonando a nossa congregação, como é costume de alguns, antes admoestando-nos
uns aos outros; e tanto mais, quanto vedes que se vai aproximando aquele dia.
26 Porque se voluntariamente continuarmos no pecado, depois de termos recebido
o pleno conhecimento da verdade, já não resta mais sacrifício pelos pecados, 27
mas uma expectação terrível de juízo, e um ardor de fogo que há de devorar os
adversários.”
Podemos
afirmar que a igreja primitiva apresentada em Atos era uma igreja saudável.
Segundo o texto, aquele grupo de cristãos que estava sendo inserido no contexto
da igreja apostólica, tomava sobre si pelo menos três responsabilidades que
caracterizam relevantes aspectos.
1.
Testemunhar da pessoa
de Cristo.
2.
Testemunhar da obra de
Cristo.
3.
Testemunhar do ensino
de Cristo.
E observando o texto dentro desta
ótica, quero apresentar pelo menos três marcas de uma igreja saudável?
II- Primeira marca OBEDIÊNCIA. (v1-4)
At.1:4 “[...] determinou-lhes que não
se ausentassem de Jerusalém até receberem a promessa”
Por conta das perseguições os
Discípulos do Senhor desejaram migrar para a Galiléia saindo de Jerusalém
a) A ótica humana lhes dava todo respaldo para tal atitude.
Em Jerusalém crucificaram seu líder,
aquela cidade fora palco de diversas perseguições contra os cristãos e o clima
não parecia favorável para continuar. Para alguns recomeçar em outro lugar
seria mais fácil. Até mesmo para os apóstolos era difícil acreditar nas
promessas feitas pelo Senhor. Afinal ele aparecera para alguns mais nada mudou.
Para os ímpios, escarnecedores e inimigos dos cristãos, Cristo continuava
morto. E para os apóstolos, era difícil entender como a promessa do batismo com
o Espírito Santo seria concretizada se agora nem mesmo ressurreto Cristo estava
entre Eles.
Olhando para o texto diante de nós, defino a obediência
como a primeira marca de uma igreja saudável, por que os discípulos
precisam obedecer à ordem de Cristo independente das circunstâncias que estejam
vivendo.
b) Obediência é a primeira marca que defini a saúde da igreja.
At.1:4 “[...] não se ausentem de Jerusalém
[...]”
Esta era a proposta do Mestre para os
seus discípulos. Mas, aqui vão zombar de nós talvez alguém tenha retrucado.
Nosso tempo aqui terminou, pode ter sido a afirmação de outro. Mesmo entre
aqueles que estavam com Cristo e que ouviram a promessa de sua própria boca
havia gente que não acreditava. Para estes o melhor era cada um tomar o seu
rumo. Lc.24:13-24 os discípulos no caminho de Emaús mostram que não tinham mais
esperança e ficar em Jerusalém seria suicídio. v21 eles afirmavam:
“21 Ora, nós esperávamos que fosse ele quem havia
de remir Israel; e, além de tudo isso, é já hoje o terceiro dia desde que essas
coisas aconteceram.”
Jo.21:1-8 a Bíblia nos mostra que alguns dos
discípulos já haviam voltado aos seus afazeres de outrora.
Isto me mostra que obedecer quando tudo
vai bem é fácil, difícil é remar contra a maré. Momentos decisivos são momentos de crise, e é por esta
razão que precisamos ser conduzidos por obediência. Esta é uma das
marcas de uma igreja saudável. O que desejo tornar claro é que mesmo em meio a
turbulências precisamos manter:
c) Observação reflexiva e não uma Contemplação aleatória da
determinação dada pelo Senhor.
Só serei saudável como cristão, Só serei saudável como
igreja, quando obedecer a Deus de forma incondicional e quando esta obediência for
meu alvo.
At.1:4,5 “4. E, comendo com eles, determinou-lhes que não se
ausentassem de Jerusalém, mas que esperassem a promessa do Pai, [...] 5.
[...]vós sereis batizados com o Espírito Santo não muito depois destes dias”
Uma contemplação aleatória foi o que
ocorreu na vida dos discípulos a caminho de Emaús ou, mesmo na vida dos que
abandonando a convicção da promessa voltaram aos seus afazeres de outrora. É como se estivessem dizendo:
valeu enquanto durou, mas tudo não passou de um mal entendido.
Meu primeiro
conselho é: não tire os olhos da promessa. Aprenda a observar as
coisas em sua volta como Cristo procurou levar os discípulos a caminho de Emaús
a observar.
Lc.24:27 Cristo os lembra o que a
profecia messiânica falava e quais foram as Palavras do próprio Cristo “E,
começando por Moisés, e por todos os profetas, explicou-lhes o que dele se
achava em todas as Escrituras.”Observação reflexiva é um olhar para dentro da alma, é um mergulhar sem
reservas neste oceano da fé, é buscar forças em Cristo e conformar-se unicamente com
aquilo que Ele nos concede, é refletir em sua Palavra e entender que “Dele,
por meio Dele, e para Ele são todas as coisas” não posso questionar,
apenas tenho que obedecer.
At.1:4,5 “4. E, comendo com eles, determinou-lhes que não se
ausentassem de Jerusalém, mas que esperassem a promessa do Pai, [...] 5.
[...]vós sereis batizados com o Espírito Santo não muito depois destes dias”
III- A segunda marca é: Poder
At.1:8 “Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o
Espírito Santo [...].
a) Poder tem haver com capacitação.
Perceba que a idéia aparece no texto com
um fim determinado pelo Senhor. Contudo o foco dos seus seguidores era outro.
At.1:6 “Aqueles, pois, que se haviam reunido
perguntava-lhe, dizendo: Senhor é nesse tempo que restauras o reino a
Israel?”
A idéia dos apóstolos era saber os
detalhes do que aconteceria no futuro reino do Messias. Qual seria a sorte de
Israel? A pergunta era a fim de saber Quando seria o tempo do estabelecimento
do reino terreno, político e judaico. A sondagem era a fim de saber o seguinte:
Quando cumprirás os nossos sonhos? Para surpresa dos tais Jesus afirma:
At.1:7 “[...] A vós não vos compete saber os tempos
ou as épocas, que o Pai reservou à sua própria autoridade.”
A resposta do Senhor traz as seguintes
conotações:
1. “o meu Reino não é deste mundo” Jo.18:36
2. Não pode ser estabelecido segundo a força ou desejo dos homens
3. Será estabelecido através da proclamação Kerygmática (pregação)
4.
Vocês precisam de “poder”
(de capacitação, de revestimento do Espírito Santo). Por isto v4 não
se ausentassem de Jerusalém, mas esperem a promessa do Pai, [...] e recebereis poder, ao descer
sobre vós o Espírito Santo [...].
b) Aquele que capacita é o Espírito Santo Ele é a promessa.
Cristo está dizendo que eles
deveriam deixar de pensar escatologicamente concernente a um reino futuro e
visível. E então voltarem seus olhos para aquela promessa que lhes fizera.
“Poder”, este termo no grego, “dynamin” possui uma série de significados tais
como ‘força’, ‘habilidade’, capacitação’.
E nenhum destes aspectos poderá vir sobre a igreja se não através do
Espírito Santo.
At.2:4 a Bíblia afirma que sobre eles foi derramado o
Espírito Santo e este Espírito os encheu de poder.
Por esta razão eu entendo que uma
igreja saudável é uma igreja cheia do Espírito Santo. Pois cheia do Espírito
ela tem habilidade para viver as adversidades, ela tem força para transpor os
desafios e ela é capacitada para proclamar a mensagem de Deus.
IV- Uma saudável é aquela que mantém seu bom testemunho.
At.1:8 “Mas recebereis poder, ao descer sobre
vós o Espírito Santo, e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém,
como em toda a Judéia e Samária, e até os confins da terra.
A igreja do Senhor deve ter a postura
do testemunho através de seus atos. Se não mantivermos nosso testemunho como cristãos, seremos uma igreja
egoísta, igreja que esta mais preocupada com a quantidade e coisas supérfluas
do que com a restauração de vidas e, assim nos tornaremos cada vez mais
individualistas. E tal como os próprios apóstolos procuraremos viver cada um
sua própria vida. Sito mais uma vez o Pr. Aurivam Marinho haja vista sua
afirmação quanto à cultura do individualismo:
O
individualismo é uma característica do humanismo que predomina na cultura
vigente. A centralidade do indivíduo é excludente sob todos os aspectos. Exclui
Deus, o próximo, e a instituição. No humanismo individualista a experiência de
corpo, coletividade e comunidade é sacrificada no altar do “eu”, assim como em
Babel o orgulho, a rebelião e a satisfação pessoal se constituem em marcas
inconfundíveis do individualismo (Gn.11:4). O individualista só se aproxima do
outro visando o seu projeto pessoal. Sendo assim, até a experiência de unidade
é de motivação maligna (Gn.11:6) (jornal
da Aliança Congregacional ano IX – nº 55 Fev - Abr.-2012 pg.03)
A mensagem de testemunho da igreja é
prejudicada quando ela não reflete o caráter de Deus. Paulo escrevendo aos Ef.3:8,9
afirma que a ele foi concedida por Deus a responsabilidade testemunhar aos
gentios o mistério da graça: nos versos 10,11 ele afirma que esta
responsabilidade agora repousa sobre a igreja.
No livro dos Atos apostólicos os versos
6-11 do capítulo 1 definem qual o propósito de Deus para a igreja e qual o
papel desta igreja dentro deste propósito.
Em meu ver o verso 8 define de forma clara quais são AS MARCAS E A VIDA
DE UMA IGREJA SAUDÁVEL.
(Pr. Joziran Vieira)
final do ano em Mossoró
Jó.42:5
Por melhores que
sejam as nossas intenções, nem sempre conseguimos êxito em nossos planos. Como cristãos este fato deve levar-nos a
rever o que planejamos a fim de que percebamos se nossos planos se encaixam com
os propósitos de Deus. Caso contrário, por melhores que sejam nossos planos,
eles sempre serão frustrados. Tomando como base a vida de Jó quero apresentar três observações que
julgo serem relevantes na elaboração de nossos planos.
I.
O orgulho de Jó era a amizade de Deus. Ou seja, a justiça do divino sobre ele.
(29:1-6)
Em seus planos tenha sempre Deus como
primazia.
Segundo a sua cultura,
Jó entendia que a mão de Deus estava sobre ele quando tudo estava bem. Segundo
a cultura judaica, alguém aprovado por Deus possuía uma família numerosa,
rebanhos e campos produtivos. Jó gozava da presença poderosa de Deus e da
estima da cidade inteira. Cap.29:2-12
Desejar de volta a honra de ser
visto como alguém que possuía as bênçãos de Deus não era e nem é errado. O
desejo de Jó era voltar a ser o homem que fora no passado, não por orgulho pessoal, mas como
alguém que buscou andar em fidelidade com Deus. Este era seu
plano. Foi por esta razão que
ele não aceitou a proposta de sua esposa 2:9 “amaldiçoa teu Deus e morre”
a) Para Jó ainda havia esperança.
Ø
Jó recorre à fidelidade de
Deus em julgar (Cap.31).
Ø
Jó é capaz de recordar o
caminho de fidelidade que trilhou, e recorre a Deus que se lembre disso.
Talvez olhando para traz, não tenhamos a
mesma coragem de Jó de pedir a Deus que recorde nossa vida de outrora, pois talvez não tenhamos agido bem para com Ele, mas ainda assim, não perca sua esperança. Deseje o
melhor de Deus, deseje ser melhor na obra de Deus e em seu compromisso com Ele.
Procure mais a santidade neste novo ano, procure conhecer mais ao Senhor, encha
seu coração de esperança arraigado nas promessas de Deus e pautado na Sagrada
Escritura.
Para Jó ainda havia esperança e seu plano
era apegar-se a este fato e receber o socorro de Deus. Jó desejava, anelava
ardentemente a amizade e a justiça de Deus.
E seu plano era reconquistar estas coisas
a qualquer custo.
II. Jó apresentou a Deus suas necessidades.
O que Jó precisava?
Cap.31 Jó aponta diversos pecados nos quais ele diz não
estar incluso e mesmo assim ele se vê desprezado por todos os homens até mesmo
por aqueles a quem ele outrora ajudou. Isto provocou mágoas no coração de Jó.
a) Precisava
aprender que as mágoas que temos dos homens não podem continuar em nosso
coração a fim de que não se tornem motivos de separação entre nós. (31:34,35)
b) Que nossas mágoas
não podem ser postas contra Deus.
A vida é um desafio e estar
diante de Deus é um milagre.
Cap.38 Deus
começa a ensinar a Jó.
Ø Que ele é um instrumento que Deus pode usar como quiser.
As perguntas
feitas a Jó têm o propósito de educá-lo quanto a sua ignorância no que diz
respeito a Deus. Não de humilhá-lo como um ninguém.
Aplicação:
Francis Andersen
declara que “a mais alta nobreza de uma pessoa é ser matriculada desta maneira
pelo próprio Deus na sua escola de sabedoria”
O que aprendo com
isto é que devemos nos agarrar com toda força a oportunidade que Deus nos
concede de aprender. Desafios em sua vida serão muitos, barreiras para que você
cumpra seu ministério se levantarão, mas lhe aconselho a não abrir da
oportunidade que Deus esta lhe concedendo neste novo ano. Aprenda intensamente,
cresça espiritualmente e procure contemplar sempre que aquilo que está em suas
mãos pra que você realize é bênção de Deus, foi Ele quem lhe confiou.
III. Contemple o propósito de Deus. (42:1-6)
a A visão de Jó com relação a Deus é expandida (v1,2)
“Bem Sei que tudo podes, e nenhum dos teus
planos pode ser frustrado”
Como
observa Francis Andersen
“aqui está a resposta ao cinismo de
Satanás. Aqui está a prova de que Jó apegou-se a Deus depois de destituído de
tudo mais. Aqui está a prova de que o homem pode amar a Deus simplesmente pela
sua pessoa e não por causa da sua recompensa” (Andersen 2011, pg.270).
Minha oração é que Deus aja expandindo nossa visão neste novo ano. Que possamos nos aventurar
mais em missões, que nos devotemos mais a santidade, que estejamos mais
dispostos a participar das atividades de nossa igreja, que creiamos mais no
poder sobrenatural de Deus e que venhamos a crescer mais em conhecimento da
Sagrada Escritura. que
assim como Jó nossa visão seja expandida e no final do ano de 2014 possamos
olhar para trás e dizer “Bem Sei que tudo podes, e nenhum dos teus planos pode
ser frustrado”. Este é o propósito de Deus para nós. Creia nisto.
Deus prova prá Jó que sabe o que faz e com quem faz.
Isto é tão maravilhoso que leva Jó a um estado
estupendo de regozijo, a ponto de ele neste poema declarar que se inclina
diante de Deus reconhecendo sua soberania.
42:5 “Eu te conhecia só de ouvir, mas agora os meus olhos te vêem. Por
isso, me abomino e me arrependo no pó e na cinza”
b Deus deseja exaltar a Jó 42:7-17
Deus o exalta diante dos três amigos
acusadores (v7-9)
Deus o exalta diante da sua gente (v10-17)
Nossos caminhos não são
os caminhos de Deus, nossos pensamentos não são os pensamentos de Deus. Seja o
que for que Deus tenha pra você, procure forças em Deus, e espere em Deus.
Agindo assim, duas coisas ocorrerão: primeiro seremos sempre assistidos por
Deus e não ficaremos sem recompensa. Segundo, seja em vida ou mesmo na morte
serviremos aos preciosos propósitos do Senhor.
(Pr.Joziran Vieira)
Aviva
Senhor atua obra
Hb. 3:1,2
Preciso iniciar este sermão
salientando que o foco deste livro é a soberania de Deus na história, e sua
providência na vida de seu povo. Este último capítulo do livro de Habacuque
deve nos levar a percepção clara do mundo a nossa volta e consecutivamente nos
direcionar a atitudes. Assim, desejo apresentar a luz deste texto pelo menos três
princípios que seguidos de perto certamente nos conduzirão ao verdadeiro
avivamento.
I-
Aceitação dos propósitos divinos.
3:2a.
“Tenho ouvido, ó Senhor as tuas declarações [...]”
Cabe-nos realizar
pelo menos duas perguntas ao ler esta parte do verso 2.
1º. Quando paramos
diante de Deus o que devemos ouvir? Acredito que sua resposta será: A voz de
Deus.
Deus desejava que
o profeta ouvisse apenas sua voz, e aceitasse seu propósito soberano. Mas,
o que percebemos é que ao ouvir as instruções de Deus ele fica em estado de
conflito entre sua adoração a este Deus tão Grande e forma pela qual Ele deseja
agir. (3:2 “Sinto-me alarmado”) 2:1; 3:1. E sua disposição foi
interrogar Deus e buscar saídas segundo seu entendimento humano a fim de
mostrar pra Deus que não havia justificativa para aquela ação.
1:5-13
Percebem
a aflição do profeta? Percebem o que significa ouvir a voz do altíssimo? Ouvir
a voz de Deus implica em ter uma direção, em saber o que deve ser feito. Então,
surgi à segunda pergunta:
2° Qual tem sido
nossa atitude ao ouvir a voz de Deus?
O profeta ficou
alarmado e resolveu e não aceitar aquela forma de agir do Senhor. 2:9-13. Será
que nunca agimos nós da mesma forma? Será que nunca achamos através de nossa
atitude que nosso método é melhor que o de Deus?
A lição que aprendo
aqui é que devemos entender que Deus é o oleiro e nós somos unicamente o barro
em suas mãos. As nossas interrogações quanto ao modo de Deus agir, nunca será pertinente.
Jr.18:1-6 “
“A PALAVRA do SENHOR, que veio a Jeremias,
dizendo: 2 Levanta-te, e desce à casa do
oleiro, e lá te farei ouvir as minhas palavras.3 E desci à casa do oleiro, e eis que ele estava
fazendo a sua obra sobre as rodas, 4
Como o vaso, que ele fazia de barro, quebrou-se na mão do oleiro, tornou
a fazer dele outro vaso, conforme o que pareceu bem aos olhos do oleiro fazer.
5 Então veio a mim a palavra do SENHOR,
dizendo: 6 Não poderei eu fazer de vós
como fez este oleiro, ó casa de Israel? diz o SENHOR. Eis que, como o barro na
mão do oleiro, assim sois vós na minha mão, ó casa de Israel.”
Quando Hanbacuque entendeu isto que somos
apenas vasos na mão do oleiro e que este Oleiro tem poder sobre o vaso, ele se
dobrou diante do Senhor.
2:1 “Pôr-me-ei na minha torre de
vigia, colocar-me-ei sobre a fortaleza e vigiarei para ver o que Deus me dirá e
que resposta eu terei a minha queixa”
3:2
V2 “[...] aviva a tua obra, ó Senhor, no decorrer
dos anos, e no decurso dos anos, faze-a conhecida [...]”
Habacuque agora pede avivamento, pede
preservação em meio à tempestade. A idéia clara agora é de que O profeta
rende-se ao modo de Deus agir e pede apenas que Deus preserve tanto ele quanto
a nação.
O segredo é conformar-se a vontade de Deus, é aceitar
seu soberano propósito e não adequar-se a forma de viver do mundo. Como servo de Deus preciso
assumir minha responsabilidade diante do contexto decadente que vive minha
geração (preciso interceder a Deus por nossa geração), preciso detectar o problema que
nos afasta de Deus (que traz frieza espiritual ao povo de Deus), preciso ser sensível as
necessidade e aos erros que cometemos e buscar não apenas afastar-me
deles, mas denunciá-los e apontar o caminho pra que vivamos um novo tempo.
II- contentamento
na soberania de Deus.
Esta idéia gira em
torno da adoração devida ao Senhor.
3:2 “[...] aviva a tua obra, ó Senhor, no decorrer dos anos, e no
decurso dos anos, faze-a conhecida [...]”
ao
citar estas palavras Habacuque reconhece
a fraqueza humana, e percebe que Diante de alguns desafios somos tão abalados
que precisamos ser sacudidos com uma visão da soberania de Deus a fim de que
possamos distinguir entre fraqueza de fé e impossibilidade humana.
Daí, percebo que
Deus não deseja nos destruir, deseja nos mostrar que Ele é quem realiza todas
as coisas, deseja nos tratar, deseja quebrar a nossa dureza de coração, deseja
nos encher de fé. Observe a visão que o Senhor concede ao profeta (3:6,
10,11,13-16)
Vers.3-6 o profeta
tem uma visão da glória de Deus.
Vers 7-11 tem uma
visão do domínio de Deus sobre a criação em geral.
Vers 12-15 tem uma
visão do livramento de Deus ao seu povo (ou seja: consegue enxergar Deus como
escudo de seu povo)
v.16 O profeta é tomado por uma mistura de temor e
fé
17-19 O profeta
declara sua confiança na provisão de Deus
O profeta consegue
declarar que os caminhos de Deus são melhores, ele consegue enxergar que Deus
sempre cumpre seus propósitos. Ele consegue entender que Deus corrigi seu povo
o no tempo determinado a fim de restaurar a sua sorte e causar sobre este povo
verdadeiro avivamento. Por esta razão sua oração inicial é:
“[...] aviva a tua obra, ó Senhor, [...]”
Faz como te apraz,
conduz como desejas, quebra-nos a fim de refazer de forma melhorada. A melhor
expressão para a nossa vida neste momento certamente é aquela encontrada no
salmo 126:
1
QUANDO o SENHOR trouxe do cativeiro os que voltaram a Sião, estávamos
como os que sonham.
2
Então a nossa boca se encheu de riso e a nossa língua de cântico; então
se dizia entre os gentios: Grandes coisas fez o SENHOR a estes.
3
Grandes coisas fez o SENHOR por nós, pelas quais estamos alegres.
4
Traze-nos outra vez, ó SENHOR, do cativeiro, como as correntes das águas
no sul.
5
Os que semeiam em lágrimas segarão com alegria.
6
Aquele que leva a preciosa semente, andando e chorando, voltará, sem
dúvida, com alegria, trazendo consigo os seus molhos.
III-
Se desejamos avivamento precisamos rogar a Deus que nos conceda.
A idéia proposta
neste livro é de preservação. A palavra avivamento em seu sentido original
expressa esta verdade. Avivamento não é barulho, nem um modo arcaico de vida
imposto por homens, avivamento
é ter como foco a preservação da obra de Deus de forma pura. O
foco do profeta é a causa de Deus.
“[...] aviva a tua obra, ó Senhor, [...]”
O que tem sido o
foco das nossas vidas? Neste mundo cheio de ativismo desejamos preservar muito
mais nossa prole do que a causa de Deus, desejamos preservar muito mais a
estrutura do que os conceitos, nos preocupamos muito mais com a forma do que
com a essência, com a quantidade muito mais do que com a qualidade.
Permitam-me
orientá-lo a observar a oração do profeta:
Parece que ele diz:
Faça-se a tua vontade: “Lembra-te
da tua obra, e faze-a como pretendias que ela fosse; permite que a Igreja
funcione como devia funcionar.” Não como eu desejo, mas como Tu queres. Enquanto somos corrigidos e esmagados a fim
de que nos moldemos a ti cuida pra que tua causa seja poupada.
“[...] no decorrer dos anos, e, no decurso dos
anos, faze-a conhecida; [...]”
Compadece-te do teu povo.
v2 “[...] na tua ira lembra-te da misericórdia”
O pedido do profeta
é que Deus tempere ira com misericórdia, doutra sorte todos serão
destruídos. Se no início o profeta não
compreendia porque Deus permitia este castigo sobre Israel achando que esta
nação mesmo pecando era melhor que as demais, agora ele reconhece que a nação
precisa de concerto a fim de que haja avivamento. Então ele encerra sua oração de forma
belíssima:
3:17-19
17 Ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto nas vides; ainda que falhe o produto da oliveira, e os campos não produzam mantimento; ainda que o rebanho seja exterminado da malhada e nos currais não haja gado.
18 todavia eu me alegrarei no Senhor, exultarei no Deus da minha salvação.
19 O Senhor Deus é minha força, ele fará os meus pés como os da corça, e me fará andar sobre os meus lugares altos.
conclusão: que o avimento provindo do trono da graça chegue as nossas igrejas e de maneira sobrenatural alcance a nossa vida.
Excelente!
ResponderExcluirSomos edificados a cada sermão proferido pelo Pr. Joziran. Que o poder de Deus seja sempre sobre ti, benção!!
Realmente, Deus tem falado conosco de forma toda especial por meio dos sermões que tem concedido ao nosso pastor. Que a graça de Deus permaneça agindo nele de tal forma que a Igreja continue sendo agraciada com a voz de Deus, que fala tão claramente em cada um desses sermões.
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