segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

A CONTÍNUA ALEGRIA DOS SALVOS.

Retângulo de cantos arredondados: 1
Efésios 1:2, 3
Dos versos 3-14 temos um dos mais belos hinos de louvor a Deus encontrado na Sagrada Escritura. Neste cântico, Paulo apresenta características essenciais de Deus, e nos apresenta benefícios derramados sobre nós pela Santíssima trindade. O interessante é observar que cada característica divina apontada pelo apóstolo, diz respeito a uma bênção que recebemos do divino. Assim, a conclusão a que chegamos é que os salvos têm motivos de sobra para viverem em contínua alegria.
I- SERVIR A UM DEUS GRACIOSO (v.2)
v.2 “Graça a vós outros e paz, da parte de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo” 
A saudação de Paulo expressa seu desejo de ver seus ouvintes ricamente abençoados. Por esta razão ele diz: v.2“Graça a vós outros [...] da parte de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo” 
 A graça diz respeito à “amorosa e gratuita bondade de Deus” [1] em salvar aos que se haviam perdido. Por sua misericórdia, Deus resolveu conhecer-nos, quando por natureza vivíamos em total distanciamento de Dele.  
Retângulo de cantos arredondados: 2 Rm.8:29 “porquanto aos que diante mão conheceu, também os predestinou para serem conforme à imagem de seu filho”
A graciosa ação de Deus em demonstrar seu amor por nós, é a causa total e absoluta de nossa salvação. 
Ef.2:5 “e estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo, - pela graça sois salvos”
Paulo desejava que esta dádiva de Deus repousasse sobre a vida de cada um de seus ouvintes. Que cada eleito em todos os lugares onde esta carta fosse lida pudessem compreender quão gracioso é o nosso Deus. Os adoradores de Diana talvez possuíssem mais propriedades materiais, talvez estivessem vivendo em situação mais confortável naquele momento, talvez até fossem elogiados pelo etilo de vida que viviam (pois adorar Diana estava na moda), mas nenhum dos adoradores de Diana possuía o privilégio daqueles crentes da Ásia. GRAÇA PARA SERREM SALVOS, pois salvação só há em Cristo Jesus nosso Senhor.
Paulo deseja para os irmãos o melhor presente que alguém pode receber; Graça do Deus gracioso.
     



Retângulo de cantos arredondados: 3 II- SERVIR AO DEUS DE PAZ (v.2)
v.2 “Graça a vós outros e paz, da parte de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo” 
A paz a qual o apóstolo se refere diz respeito ao refrigério que há na alma de cada salvo por entender que seu destino é o Céu. O melhor, é que esta paz independe de circunstâncias externas. O apóstolo dos gentios escreveu essa carta de sua primeira prisão em Roma. E antes de chegar a Roma preso, já havia enfrentado diversas situações tenebrosas. Permita-me fazer uma citação de Hernandes Dias Lopes quanto a situação de Paulo:
“Ele tinha sido perseguido em Damasco, rejeitado em Jerusalém e esquecido em Tarso. Ele já tinha sido apedrejado em Listra, açoitado em. Filipos, escorraçado de Tessalônica, enxotado de Bereia, chamado de tagarela em Atenas e de impostor em Corinto. Enfrentou feras em Éfeso, foi preso em Jerusalém e acusado em Cesárea. Enfrentou um naufrágio avassalador ao dirigir-se a Roma e foi picado por uma cobra em Malta. Já tinha sido fustigado três vezes com varas pelos romanos e recebido 195 açoites dos judeus (2 Co 11.24,25).”[2]
Mas, escrevendo aos Filipenses procura motivá-los a alegria e então afirma:
Fp.4:4 “Alegrai-vos no Senhor; outra vez digo: Alegrai-vos
Retângulo de cantos arredondados: 4 Servir ao Deus de paz é estar ciente de que nosso descanso é o Céu. Assim, coisa alguma deve roubar nossa paz interior. Embora o Império Romano na pessoa do Cesar achasse que havia detido Paulo, ele se identificava nesta carta como: “prisioneiro de Cristo (3:1), prisioneiro no Senhor (4:1) e embaixador em cadeias (6:1)”.        
Isto significa que tomando este gigante de Deus como exemplo pra nossa vida cristã, não devemos desfalecer em nossa fé por conta dos desafios. v.2 “Graça e paz, da parte de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo seja sobre nós”. Este deve ser o maior estímulo para que sejamos proclamadores da verdade de Deus neste mundo inundado pela mentira. Que os deuses se dobrem diante de Deus e que a igreja seja plenamente cheia da graça e da paz de Deus e do nosso Senhor Jesus Cristo. 
III- SERVIR A UM DEUS BENDITO (v.3)
                        “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, [...]”
É observado por Francis Foulkes que a palavra que designa Deus como “bendito” (greg. eulogetos)[3] “eu” significa “bem” e “logetos” significa “falar”[4]. No N.T. esta palavra é usada somente com referência a Deus. “é como se Paulo estivesse dizendo: Elogiamos a Deus, falamos palavras boas sobre Deus”[5]. Ao observamos o texto percebemos que o apóstolo se dirige assim ao Senhor (como o Deus bendito), pelo fato de entender que Deus é a fonte de todo bem que recai sobre o mundo.
Retângulo de cantos arredondados: 5 Não possuímos coisa alguma que nos coloque em posição de destaque diante dos demais homens. Qualquer bem que porventura venhamos a demonstrar descende de Deus. Assim, os salvos e todos os homens só podem ser benditos em Cristo. Esta é a máxima defendida por Paulo aqui. O apóstolo está afirmando que:
a.       CRISTO É A EXPRESSÃO MÁXIMA DE DEUS
No v.2 Paulo já defendeu a divindade de Cristo quando o pôs em igualdade a Deus “Graça a vós outros e paz, da parte de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo”. Escrevendo aos colossenses, Paulo afirma que o reino que aguardamos tem um rei e este é Cristo: “Ele nos libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do seu amor” (Cl.1:13). Nos v.15-17 deste mesmo capítulo da carta aos colossenses a expressão é:
“Este é a imagem do Deus invisível o primogênito de toda criação; pois, Nele foram criadas todas as coisas, nos Céus e sobre a terra [...] tudo foi criado por meio dele e para ele. Ele é antes de todas as coisas. Nele tudo subsiste”
Esta é a verdade que Paulo deseja nos apresentar quando afirma que Jesus é o nosso Senhor
Retângulo de cantos arredondados: 6 Ef.1:3 “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, [...]”
b.      NOSSO DEUS BENDITO NOS ABENÇOA COM TODA SORTE DE BÊNÇÃO ESPIRITUAL. (v.3)
“(Deus) [...] nos tem abençoado com toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais em Cristo,”
Dois pontos importantíssimos devem ser observados com respeito a esta afirmação.
1º) NATUREZA DAS BÊNÇÃOS PROMOVIDAS POR DEUS. 
                v.3 “[...] toda sorte de bênção espiritual [...]”
Observe que cada bênção espiritual que Deus nos concede vem acompanhada com Cristo. Hendriksem nota que neste verso há “uma bela palavra de fé possessiva nosso [...]”. Perceba que o alvo não é apresentar algo que supra unicamente a necessidade material do homem e sim a necessidade espiritual. A ideia é que o Deus bendito enche nosso coração de regozijo espiritual e este regozijo se espalha, transborda, derrama-se sobre nossa vida material de forma tal, que somos capazes de enfrentar qualquer situação juntos, como igreja, cientes de que nossa maior recompensa é a mansão celestial.

Retângulo de cantos arredondados: 7 2º) ONDE ACONTECEM ESTAS BÊNÇÃOS
Estas bênçãos acontecem “[...] nas regiões celestiais”. Estas regiões são os lugares onde os crentes se encontram. “É o Céu que existe no cristão e em torno dele no presente” (Lopes, 2009 p.17). Isto é na realidade a paz que vem de Deus e que Paulo deseja para cada crente (conf. v.2).    
Ser continuamente feliz implica em servir ao Deus bendito ciente de que toda bênção que recebemos é provinda de Dele que derrama sobre nós bênçãos espirituais através de Cristo.




[1] Hendriksen, 2004 p.86
[2] Lopes 2009 p.09
[3] Foukes, 2005 p.39
[4] Taylor, 2006 p.119
[5] ibid

NÃO PERCA SEU ALVO DE VISTA


 Gl. 1:10
O que você espera do ano vindouro? Já traçou suas metas? Já estabeleceu seus propósitos? Como você deseja encarar os desafios de mais um ano? Talvez estas perguntas sejam irrelevantes para alguns, até porque para muitos a ideia é encarar a realidade de conformidade com o que ela se apresenta e para isto não há como se preparar. No entanto, para outros a pergunta é viável e até nos amedronta. Bom, seja qual for a sua posição o fato é que não alcançamos todos os nossos objetivos neste ano que se finda. e posso afirmar que muitos de nós não os alcançarão cabalmente em 2015, e exatamente por esta razão, desejei trazer esta palavra da parte de Deus para o seu coração.
O que conduz alguém a alcançar seu objetivo? O que fazer para não perder a motivação que é gerada em nosso coração quando traçamos nossos alvos? Em que devemos estar firmados a fim de não desfalecermos?
Em primeiro lugar no PRINCÍPIO DA GRATIDÃO.
Gl. 1:10 “Porventura, procuro eu, agora, o favor dos homens ou o de Deus? [...]”
Isto não significa rebeldia ou rebelião, Paulo não está com estas palavras procurando afrontar alguém. Não está demonstrando revolta ou qualquer coisa do gênero. O que o apóstolo está disposto a mostrar é a sua convicção vocacional. Diversas pessoas naquela igreja estavam desprezando a mensagem que Paulo lhes havia anunciado (salvação unicamente pela graça) e estavam buscando viver de modo diferente daquilo que lhes fora ensinado.
1:6 “admira-me que estejais passando tão depressa daquele que vos chamou na graça de Cristo para outro evangelho”
Ao que parece, ele estava contando com um pequeno grupo, o trabalho era difícil, e era necessário realizar muito. O que fazer então? Como atrair estes irmãos de volta? A quem agradar neste momento?
Ef. 1:10 “ [...] se agradasse a homens, não seria servo de Cristo.”
Talvez não estejamos vivendo o mesmo problema que Paulo. Aqueles irmãos estavam sendo levados pelo ensino dos falsos mestres a acrescentarem algo ao sacrifício de Cristo para torná-lo suficiente (a isto Paulo chama de “outro evangelho 1:6”).
Talvez tenhamos que enfrentar outro tipo de problema neste ano, a frente do departamento que o Senhor nos colocou. Talvez, enfrentemos problema em nossa vida pessoal ou espiritual. Quem sabe, tenhamos que caminhar sozinhos em alguns momentos. Não sei, sinceramente não sei o que lhe incomoda ou lhe incomodará, mas quero lhe motivar a não abandonar seu propósito diante de coisa alguma. Não permita que as dificuldades venham turvar a sua visão e lhe impedir de continuar caminhando motivado pelo desejo de viver uma vida intensa com Deus.
Em segundo lugar, estabeleça em sua vida O PRINCÍPIO DA DEPENDÊNCIA. Gl.1:13-17. O que me chama a atenção, é que Paulo ao ter sido chamado pelo Senhor não passou a gozar de prestígio entre os irmãos imediatamente. Quando lemos a história deste valente homem de Deus percebemos que ele teve que enfrentar grandes desafios em sua vida ministerial a fim de cumprir o propósito de Deus. No entanto, nenhum destes desafios o impediu de seguir sua jornada, haja vista ser ele totalmente dependente de Deus. Observe que nos versos (13,14) ele apresenta seu procedimento no passado como uma ponte para expor a mensagem da graça. v.14 “E, na minha nação, quanto ao judaísmo, avantajava-me a muitos da minha idade, [...]”
Em meu ver o que fica claro é que a convicção ministerial do apóstolo o leva a total dependência de Deus. 21-23.
At.26:19,20  “19 Pelo que, ó rei Agripa, não fui desobediente à visão celestial, 20 antes anunciei primeiramente aos que estão em Damasco, e depois em Jerusalém, e por toda a terra da Judéia e também aos gentios, que se arrependessem e se convertessem a Deus, praticando obras dignas de arrependimento.”
Paulo em momento algum desejou desenvolver sentimentos de autodefesa, de frustração ou de qualquer outra coisa que o desviasse do alvo que Deus traçara para sua vida. O que percebo é que ele sempre procurou fazer das dificuldades algo benéfico para a seu ministério e pra sua vida. Estando em situação difícil ele foi capaz de orientar Timóteo dizendo “Combati o bom combate, completei a carreira e guardei a fé” (II Tm.4:7) A dependência de Deus lhe concedia absoluta firmeza quanto a sua vocação. Por esta razão havia em sua vida uma intensa Disposição; uma tendência predominante; uma atitude característica de seu ser em servir a Deus com muito prazer.
Meu desejo é que sejamos motivados a traçar metas para sem nos importarmos com os desafios porque nosso sucesso depende de Deus. Desejo que a graça do Senhor nos fortaleça, a fim de que com muita firmeza possamos alcançar os alvos que Ele colocou diante de nós.
Por fim desejo sinceramente que jamais venhamos perder nossa firmeza doutrinária e muito menos nossa convicção de vocacionados para a mais sublime de todas as tarefas:
 “agradar a Deus e não a homens”