AULA DO DIA 26/04/2014
1. As epistolas
paulinas
Dos vinte e sete livros que compõe
o N.T. a maior parte são cartas. Das vinte e uma (21) comumente aceitas, treze (13)
são da autoria do apóstolo Paulo. As cartas foram escritas cobrindo um período
que vai de 45 d.C até o final do primeiro século. O propósito comum das mesmas era orientar as igrejas a
quem eram escritas ou a pessoa a quem a carta era endereçada visando sempre seu
crescimento espiritual.
Havia naquela época uma
diferenciação entre uma carta e uma epistola que se percebia observando-se o
seguinte: “carta genuína”
era pessoal e dirigida a uma pessoa referente a um problema da situação
específica[1].
Enquanto que a “epístola”
era escrita visando não apenas um leitor, mas um grupo de pessoas que
estivessem vivendo determinada situação. Embora, pudesse ser endereçada em nome
de uma única pessoa. Hale observa que:
A extensão média das cartas
particulares naquela época era de cerca de noventa palavras, e a epístola tinha
a média de 200 palavras. A carta mais curta de Paulo, Filemom, tem 335
palavras, e a mais extensa, Romanos, 7.101. A média de Paulo é de cerca de
1.300 palavras para todas as suas cartas. (Hale, 2001 pg.195)
Observe-se também a estrutura geralmente utilizada para se
escrever uma carta no período helenístico.
1. Cabeçalho: nome do remetente e um título que o identificaria ao
destinatário, saudação inicial;
2. Mensagem: agradecimento, preces, orientações, explanações;
3. Saudação final: do próprio autor e, às vezes, também de amigos e
conhecidos mútuos.
Por conta desta estrutura é que as
epístolas Paulinas, e as epistolas gerais são vistas também como cartas.
As cartas escritas por Paulo, sem dúvida alguma foram
aceitas como epistolas observando-se os seguintes aspectos:
1. Autoridade apostólica aceita pelas igrejas a quem se dirigiu
2. Extensão média de suas cartas
3. Universalidade do conteúdo
2. CLASSIFICAÇÃO
DAS CARTAS PAULINAS.
Hale apresenta um agrupamento
destas cartas baseado em informações retiradas do Livro dos Atos dos Apóstolos,
e nas próprias cartas. Contudo, afirma que tal “agrupamento não é conclusivo,
mas é usado para mostrar o acordo geral entre os estudiosos do novo testamento,
numa aproximação ao estudo do Novo Testamento”[2]
1. Epístolas escritas durante a segunda viagem missionária (49 -52
d.C): I e II Tessalonicenses, de Corinto.
2. Epístolas escritas durante a terceira viagem missionária (52-56
d.C.): I Co. De Éfeso; II Co. Da Macedônia; Gl e Rm. De Corinto
3. Epístolas escritas de Roma durante o primeiro aprisionamento
romano (58-60 d.C): Ef.; Fp.; Cl.; Fl.
4. As epístolas pastorais (62-65 d.C): I Tm. Da Macedônia; Tt. Da
Macedônia ou de Corinto; II Tm. De Roma, pouco antes da morte de Paulo.[3]
2.1. PAULO UM ÁVIDO MISSIONÁRIO.
As informações que podemos obter a respeito da vida de Paulo
estão praticamente explicitas em Atos dos apóstolos, o que encontramos nas
epístolas são complementos ou quando muito, pequenas informações. Tentaremos traçar a seguir uma breve
cronologia deste homem de Deus.
Ø
Seu pai era um judeu da
tribo de benjamim (Fp.3:5)
Ø
“(ν ε ν ι α ς) pode-se referir a
qualquer pessoa do sexo masculino de até quarenta anos de idade. Isto indicaria
que Paulo nasceu próximo ao início da era cristã.”[4]
Ø
Era fariseu (At.23:6; Gl.1:14; Fp.3:5)
Ø
Era cidadão Romano (At.23:27;
25:16)
Ø
Possuía dois nomes “Paulus” do latim que representava sua cidadania
Romana e “Saulo” descendente do Hebraico que era usado nos
círculos judaicos.
Ø
Foi educado em Tarço e
obteve instrução judaica nas sinagogas como qualquer criança judia. (At.22:3)
3. EPÍSTOLA AOS
ROMANOS.
Considerada a “constituição da fé
Cristã” esta carta é o padrão teológico do Novo Testamento.
a.
Autor. O apóstolo Paulo
b.
Local e data: Corinto (At.19:21,22;
20:1-3) entre os anos 55-57 d.C.
c.
Destinatários: Judeus e
gentios (Rm. 1:14,15; Rm. 9 – 11)
d.
Propósito:
1. Apresentar-se para aquela igreja (Rm.1:11-13)
2. Orientar quanto a problemas existentes (Rm.3:8; 6:1; 7:13;
15:1,2; etc)
3. Expor as doutrinas fundamentais do Cristianismo (justificação
Rm5:1-8:39, reconciliação Rm.8:1-9, santificação Rm.6:1-14, adoção Rm.8:12-17,
etc.)
Esboço[5].
INTRODUÇÃO
I. Saudação (1:1-17)
II. Ações de Graças
(1:8-15)
III. O Tema da
Epístola: A Justiça de Deus (1:16,17)
A NECESSIDADE DA
JUSTIÇA DE DEUS (A Ira de Deus) (1:18-3:20)
I — A Ira de Deus
no Mundo Pagão (1:18-32)
1. A Impiedade
(1:18-25)
2. A Injustiça
(1:26-32)
II — A Ira de Deus
no Mundo Judaico (2:1-3:8)
1. Os Judeus e o
Julgamento (2:1-16)
2. Os Judeus e a
Lei (2:17-29)
3. Os Judeus e as
Escrituras (3:1-8)
III — Todas as
Pessoas Estão Debaixo do Poder do Pecado:
A Rejeição da
Revelação (3:9-20)
A JUSTIÇA DE DEUS
REVELADA NUM ESTADO NOVO: A JUSTIFICAÇÃO (3:21-4:25)
I — A Justiça de
Deus Demonstrada (3:21-31)
1. O Conceito da
Justiça de Deus (3:21-26)
2. Os Corolários da
Justiça de Deus (3:27-31)
II — A Justiça de
Deus Ilustrada (4:1-25)
1. Abraão Foi
Justificado Pela Fé (4:1 -8)
2. Abraão Foi
Justificado Pela Fé Antes da Circuncisão
(4:9-12)
3. Abraão Recebeu a
Promessa Antes de a Lei Ser Dada (4:13-15)
4. Abraão É o Tipo
Verdadeiro dos Justificados Pela Fé (4:16-25)
A JUSTIÇA
DE DEUS REVELADA
NUMA SALVAÇÃO QUE
SIGNIFICA VIDA NOVA E
JUSTIÇA (5:1-8:39)
I — Salvação Como
Reconciliação (5:1-21)
1. A Natureza da
Graça (5:1-5)
2. A Necessidade da
Graça (5:6-11)
3. O Reinado da
Graça (5:12-21)
II — Salvação Como
Santificação (6:1-23)
1. Santificação e
Pecado: Dois Domínios (6:1-14)
1) Apelo ao Batismo
Cristão (6:1-4)
2) Apelo ao
Ministério de Cristo (6:5-11)
3) Apelo ao
Compromisso Cristão (6:12-14)
2. Santificação e
Escravidão: Dois Destinos (6:15-23)
1) As Obras da
Escravidão: Duas Escravidões (6:15-19)
2) Os Salários da
Escravidão: Duas Liberdades (6:20-23)
III — Salvação Como
Libertação (7:1-25)
1. A Lei e a
Libertação: Analogia dum Segundo Casamento (7:1-6)
2. A Lei e o
Pecado: Analogia de Adão no Paraíso (7:7-12)
3. A Lei e a Morte:
Analogia do Mercado de Escravos (7:13-20)
4. A Conclusão: A
Lei de Duas Leis (7:21-25)
IV — Salvação Como
Filiação (8:1-39)
1. O Espírito de
Deus (8:1-28)
1) A Lei e a Mente
do Espírito (8:1-8)
2) O Espírito Que
Habita em Nós (8:9-11)
3) A Vida,
Liderança e Testemunho do Espírito (8:12-17)
4) As Primícias do
Espírito (8:18-25)
5) A Intercessão do
Espírito (8:26,27)
2. O Amor de Deus
(8:28-39)
1) O Propósito do
Amor de Deus (8:28-30)
2) O Poder do Amor
de Deus (8:31-39)
A JUSTIÇA DE DEUS
REVELADA NO PROPÓSITO DE DEUS NA HISTÓRIA (9:1-11:36)
I — A Eleição de
Israel por Deus (9:1-29)
1. Introdução:
Incredulidade Nacional de Israel (9:1-5)
2. Eleição e a
Promessa de Deus (9:6-13)
3. Eleição e a
Justiça de Deus (9:14-18)
4. Eleição e a
Liberdade de Deus (9:19-26)
5. Eleição e o
Restante (9:27-29)
II — Os Judeus
Rejeitam a Justiça de Deus(9:30-10:21)
1. A Justiça de
Deus (9:30-10:13)
1) Cristo Como
Pedra de Tropeço (9:30-33)
2) Cristo Como o
Fim da Lei (10:1-4)
3) Cristo Como
Senhor (10:5-13)
2. A
Responsabilidade de Israel (10:14-21)
1) O Evangelho aos
Judeus (10:14-17)
2) O Evangelho aos
Gentios (10:18-21)
III — A Restauração
de Israel por Deus (11:1-36)
1. O Restante de
Israel(11:l-10)
1) O Restante
Segundo a Eleição da Graça (11:1-6)
2) A Dureza da
Maioria (11:7-10)
2. A Salvação dos
Gentios (11:11-24)
1) A Pergunta
Repetida (11:11,12)
2) O Ciúme de
Israel (11:13-16)
3) A Alegoria da
Oliveira (11:17-24)
3. A Salvação de
Israel (11:25-36)
1) O Mistério de
Israel (11:25-32)
2) A Sabedoria de
Deus (11:33-36)
A JUSTIÇA DE DEUS
REVELADA NO COMPORTAMENTO CRISTÃO(12:1-15:13)
1 — Amor Como uma
Vida Sacrificada (12:1-21)
1. Introdução:
Sacrifício Vivo (12:1,2)
2. A Comunidade Cristã
Como um Corpo: A Chamada a Andar em Cristo (12:3-8)
3. A Comunidade
Cristã Como uma Fraternidade:
A Chamada a Andar
em Amor (12:9-21)
1) Para com os de
Dentro (12:9-13)
2) Para com os de
Fora (12:14-21)
II — Amor Como uma
Vida Submissa (13:1-14)
1. Lealdade ao
Estado (13:1-7)
2. Amor ao Próximo
(13:8-10)
3. Comportamento em
Tempos Difíceis (Cruciais) (13:11-14)
III — Amor Como uma
Vida de Serviço (14:1-15:13)
1. Aqueles Que Têm
Escrúpulos (14:1-12)
2. Aqueles Que
Provocam Tropeços (14:13-23)
3. Aqueles Que São
Fortes na Fé (15:1-13)
EPÍLOGO (15:14-33)
I — O Ministério de
Paulo aos Gentios (15:14-21)
II — A Visita de
Passagem de Paulo em Roma(15:22-29)
III — Apelo Para
Oração (15:30-33)
RECOMENDAÇÃO DE
FEBE E SAUDAÇÕES (16:1-23)
A BÊNÇÃO
(16:24-27).
4.
CARTA AOS CORÍNTIOS.
A cidade de Corinto estava
localizada numa pequena faixa de terra conhecido como Istmo[6] de
Peloponeso e era governada por Esparta. O istmo tem cerca de dezesseis
quilômetros de comprimento e seis de largura, ligando o continente ao Peloponeso.
“A oeste do istmo situa-se o Golfo de Corinto. Desde 1893 o Canal
de Corinto rasga cerca de 6, 3 km do istmo, tornando,
efetivamente, o Peloponeso numa ilha.” [7]
Corinto era o centro de construção de barcos e possuía dois portos. Cencréia a
cerca de treze quilômetros a leste e Lequel cerca de três quilômetros a oeste.
No ano 146 a.C. foi destruída pelos romanos, apenas em 44 a.C. foi reconstruída
por Julio César. “Era o maior mercado atacadista de escravos do império. De
cerca de 600.000 habitantes somente 140.000 eram livres.” [8]
AUTOR.
Não há contestação de que seu autor foi o apóstolo Paulo.
LOCAL
E DATA. É aceito pela maioria dos acadêmicos que Paulo escreveu a primeira
carta canônica aos coríntios em cerca de 54 ou 55 d.C. de Éfeso, e “sua segunda
carta no início do inverno de 55-56 d.C.”[9]
Da Macedônia.
PROPÓSITO.
Os propósitos das duas
cartas não são semelhantes. Segundo observamos em I Co.1:11 os da casa
de Cloe informaram ao apóstolo o que estava se passando na igreja, assim o
apóstolo resolve escrever-lhes esta primeira carta a fim de orientá-los quanto
a resolução dos problemas que abaixo citamos:
1. Divisões na igreja (I Co.1:10-12)
2. Imoralidade (I Co.5:1)
3. Discórdias e conflitos jurídicos (I Co.6:1-7)
4. Falta de entendimento de uma carta anterior enviada pelo apóstolo
(I Co.5:9-13)
5. Falta de entendimento quanto ao casamento ou permanecer solteiro
(I Co.7:1)
6. Comer alimentos sacrificados aos ídolos (I Co.8:1)
7. O uso do véu (I Co.11:2-16)
8. Orientação quanto à adoração pública (I Co.11:2; 12:1)
9. Orientação quanto a participar da Ceia do Senhor (I Co.11:17-34)
10. Orientação quanto à ressurreição (I Co.15:1)
Embora a maioria
dos acadêmicos reconheça a integridade desta carta, alguns críticos argumentam
com relação às cartas que se perderam. Para eles jamais uma igreja perderia a correspondência
de um apóstolo assim afirmam que o que houve para a compilação desta primeira
carta foi uma compilação de partes da carta anterior e da segunda carta. Hale
observa que “tentativas de se reproduzir a “carta anterior” de I Coríntios
criam mais problemas do que os resolvidos” (Hale, 2001. Pg.228)
ESBOÇO[10]
INTRODUÇÃO
(1:1-9)
I
— Saudações (1:1-3)
II
— Ações de Graças (1:4-9)
DENÚNCIA
RELATIVAMENTE ÀS DIVISÕES EXISTENTES NA IGREJA (1:10-4:21)
I
— O Espírito de Partidarismo É Incompatível com
a Fraternidade entre os Crentes (1:10-16).
II
— O Espírito de Partidarismo Contraria o Verdadeiro Evangelho (1:17-3:4)
1.
O Evangelho Não É a Sabedoria Deste Mundo,e, Sim, o Poder de Deus (1:17-2:5)
2.
A Filosofia de Paulo: Cristo É a SabedoriaVerdadeira (2:6-34)
1)
Descrição Dessa Filosofia (2:6-13)
2)
Quem Pode Conhecer e Divulgar Essa Filosofia (2:14-3:4)
III
— O Espírito de Partidarismo É Repreendido ComoSendo Inconsistente com a Melhor
Concepção
de Obreiros Cristãos e Seu Trabalho (3:5-4:21)
1.
Os Obreiros (3:6-9)
2.
Os Que Edificam Devem Fazê-lo com Cuidado (3:10-15)
3.
A Igreja É Templo Que Jamais Deverá Ser Destruído (3:16,17)
4.
Somos Ministros de Cristo (3:18-4:5)
5.
O Espírito de Partidarismo Causa Divisões (4:6-13)
6.
Apelo Para Que Lhe Tomem Ali Como Exemplo (4:14-21)
ASSUNTOS
REQUERENDO DISCIPLINA SEVERA (5:1-6:20)
I
— Um Caso de Imoralidade Chocante (5:1-13)
II
— Litígio Perante os Tribunais Pagãos Censurado(6:1-11)
III
— Uso Ilícito do Corpo e Impureza (6:12-20)
A
QUESTÃO RELACIONADA COM O CASAMENTO (7:1-40)
I — Casamento e Celibato (7:1-9)
II — Casamento e Separação (7:10-16)
III
— A Vida Cristã na Sociedade Secular (7:17-24)
IV
— O Casamento de Pessoas Virgens (7:25-35)
V
— Acerca dos Que Já Se Acham Comprometidos (7:36-38)
VI
— Acerca de Pessoas Viúvas (7:39,40)
ACERCA
DAS CARNES SACRIFICADAS AOS ÍDOLOS (8:1-11:1)
I —
O Princípio a
Obedecer-se: Como Deve
Comportar-se Alguém de
Consciência Forte
Diante
dos Que a Têm Fraca (8:1-13)
1.
Deve-se Atender ao Amor Fraternal (8:1-3)
2.
O ídolo Nada É (8:4-7)
3.
O Comer ou Deixar de Comer em Nada Fere a Relação Divina (8:8)
4.
A Liberdade Individual Deve Tomar em Consideração o Amor Fraternal (8:9-13)
II
— Paulo Prefere Restringir a Própria Liberdade(9:1-27)
1.
Entende Ter Certos Direitos (9:1-7)
1)
O Sustento Proporcionado Pela Igreja (9:1-4)
2)
Fazer-se Acompanhar de Esposa (9:5)
3)
Ficar Despreocupado de Atividades Manuais (9:6,7)
2.
Prefere Ele Não Se Prevalecer Desses Direitos (9:8-22)
3.
A Consciência Forte Deve Limitar-se Voluntariamente (9:23-27)
III
— Advertência Contra Autoconfiança Presunçosa (10:1-13)
IV
— As Festividades Idólatras e a Mesa do Senhor (10:14-22)
V
— Princípios Gerais (10:23-11:1)
DESORDENS
NA REALIZAÇÃO DO CULTO (11:2-14:40)
I
— Cobertura da Cabeça Quanto aos Homens e Mulheres no Culto (11:2-16)
1.
As Mulheres Devem Cobrir-se com Véu, em Virtude do Costume Local. (Admitia-se
que
só as prostitutas ficassem sem véu) (11:2-6)
2.
A História da Criação Dá Margem a Isso (11:7-9)
3.
O Exemplo dos Anjos (11:10-12)
4.
A Natureza da Mulher Aconselha a Manutenção do Costume (13-15)
5.
O Costume Naquela Igreja e em Outras o Aconselhavam (11:16)
II
— O Comportamento à Mesa do Senhor (11:17-34)
1.
Dissensões na Igreja a Propósito da Ordenança (11:17-22)
2.
Paulo Procura Instruir os Crentes Segundo o Senhor (11: 23-26)
3.
Não Devemos Profanar a Cerimônia Pela Participação Repreensível (11:27-34)
III
— A Propósito dos Dons Espirituais (12:1-14:40)
1.
A Legitimidade dos Dons em Sua Variedade, Unidade e Propósito (12:1-11)
1)
Sem Implicar em Dano Para o Conceito de Cristo (12:1-3)
2)
A Unidade e a Diversidade dos Dons (12:4-11)
2.
A Unidade na Diversidade dos Dons Pela Analogia do Corpo (12:12-31)
3.
O Amor Se Encontra no Ponto Máximo (12:31-13:13)
1)
A Indispensabilidade do Estágio do Amor(12:31-13:3)
2)
Suas Características (13:4-7)
3)
Sua Durabilidade (13:8-13)
4. Os
Dons Espirituais Não
Provêm de Capacitação
Natural; São Concedidos
por Deus
(14:1-40)
1)
A Superioridade do Dom de Profecia Sobre o Falar em Línguas (14:1-25)
2)
A Ordem no Exercício dos Dons no Culto público (14:26-40)
A
RESSURREIÇÃO DOS MORTOS (15:1-58)
I
— O Testemunho Histórico da Ressurreição de Cristo (15:1-11)
II
— O Absurdo e as Tristes Conseqüências Decorrentes da Negação da Ressurreição
(15:12-19)
III
— A Verdade da Ressurreição de Cristo e Seu Efeito Para o
Cristianismo
(15:20-28)
IV
— O Efeito do Ensino da Ressurreição Sobre a Vida Cristã
(15:29-34)
V
— Respondendo a Objeções, a Ressurreição É Concebível e Lógica (15:35-49)
1.
É Concebível e Lógica (15:35-41)
2.
O Corpo Ressurrecto Será Inextinguível (15:42)
3.
Semeia-se um Corpo; Ressuscita Outro (15:43-49)
VI
— A Necessidade da Transformação do Corpo Material e a Vitória Sobre a Morte
(15:50-58)
ASSUNTOS
DE NATUREZA PRÁTICA E PESSOAL(16:l-18)
I
— Acerca do Levantamento de Oferta (16:1-4)
II
— Intenção de Visitar Corinto (16:5-9)
III
— Referências a Timóteo e a Apolo (16:10-12)
IV
— Uma Delegação Procedente de Corinto (16:13-18) BÊNÇÃO (16:19-24)
5.
II CARTA AOS CORINTIOS
Como vimos
anteriormente autoria, data, e local veremos o que motivou o apóstolo a
escrever esta segunda carta. Há duas teorias com relação a este fato. A
primeira é a teoria da compilação e a segunda a teoria da unidade.
a)
Teoria da compilação.
Segundo os que
defendem esta teoria a carta esta dividida em duas partes. Cap.1 – 9 e 10 – 13.
Nesta concepção os capítulos 10 – 13 devem vir antes de 1 – 9. É sugerido por
aqueles que defendem esta teoria que o apóstolo depois de ter escrito sua
primeira carta fez uma visita a Corinto (II Co.12:14; 13:1,2). Esta visita é
conhecida como a visita dolorosa (II Co.2:1-4). Depois desta Paulo volta para
Éfeso e escreve uma carta áspera (II Co.2:4; 10 – 13). Nesta ele “esclarece sua
autoridade apostólica e mostra o que significa espiritualidade verdadeira”.[11] Na Macedônia ao encontrar-se com Tito e
receber a notícia de que a igreja desejava retratar-se de sua atitude Paulo
escreve a carta de reconciliação (II Co.1 – 9).
b)
Teoria da unidade.
Os que preferem
esta teoria também aceitam a situação história acima citada, no entanto dividem
a carta da seguinte maneira:[12]
1. A alegria por conta da reconciliação (II Co.1:1 – 7:16)
2. A coleta para a igreja de Jerusalém (II Co.8:1 – 9:15)
3. A repreensão a minoria insubordinada (II Co.10:1 – 13:10)
ESBOÇO[13]
INTRODUÇÃO
(1:1-11)
I
— Saudação (1:1,2)
II
— Ação de Graças (1:3-11)
O
MINISTÉRIO APOSTÓLICO (1:12-7:16)
I
— Em Defesa de Sua Conduta (1:12-2:4)
1.
Sua Sinceridade (1:12-14)
2.
Razões Para a Mudança de Planos (2:16-2:4)
II
— O Tratamento do Ofensor (2:5-11)
III
— A Glória do Ministério Apostólico (2:12-6:10)
1.
A Recente Viagem de Paulo à Macedônia (2:12,13)
2.
Ações de Graça Pela Liderança de Deus (2:14-17)
3.
A Comparação do Velho Concerto com o Novo (3:1-18)
1)
O Novo Concerto Escrito no Coração (3:1-6)
2)
O Novo Concerto Tem uma Glória Imorredoura(3:7-11)
3)
O Novo Concerto e o Espírito Santo (3:12-18)
4.
As Responsabilidades do Ministério Apostólico (4:1-15)
1)
O Caráter Aberto do Ministério (4:1-6)
2)
Os Sofrimentos do Ministério (4:7-15)
5.
O Amparo do Ministério Apostólico (4:16-5:10)
6.
O Ministério da Reconciliação (5:11-6:2)
IV
— O Ministério Apostólico nas Experiências de Paulo (6:3-10)
V
— A Restauração da Confiança Entre Paulo e a Igreja em Corinto (6:11-7:16)
1.
Um Apelo à Igreja Para o Amor Mútuo (6:11-13)
2.
Um Apelo à Igreja Para a Consistência (6:14-7:1)
3.
A Alegria Pelo Conhecimento da Restauração das Relações (7:2-16)
A
COLETA PARA A IGREJA DE JERUSALÉM (8:1-9:15)
I
— O Exemplo da Macedônia (8:1-7)
II
— O Motivo Para a Generosidade (8:8-15)
III
— A Missão de Tito e Seus Companheiros (8:16-24)
IV
— Uma Exortação à Liberalidade (9:1-5)
V
— As Bênçãos da Liberalidade (9:6-15)
A
AUTORIDADE APOSTÓLICA DE PAULO (10:1-13:10)
I
— A Autoridade e Esfera do Ministério de Paulo (10:1-18)
1.
As Armas do Combate Apostólico (10:1-6)
2.
A Consistência da Autoridade Apostólica (10:7-11)
3.
A Autoridade Apostólica aos Gentios Inclui os Coríntios (10:12-18)
II
— Paulo Forçado a Gloriar-se em Seu Ministério Apostólico (11:1-12:18)
1.
A Razão Para Ter de Gloriar-se (11:1-6)
2.
A Recusa de Paulo do Dinheiro dos Coríntios (11:7-12)
3.
A Natureza Real dos Oponentes de Paulo (11:13-15)
4.
As Credenciais de Paulo Vistas em Seu Serviço e Sofrimento (11:16-33)
5.
As Visões de Paulo (12:1-6)
6.
O "Espinho na Carne" Significa Poder Apostólico (12:7-10)
7.
As Verdadeiras Credenciais de um Apóstolo (12:11-18)
III
— Advertências Finais em Vista da Terceira Visita Vindoura do Apóstolo
(13:1-10)
1.
Determinação de Restaurar a Disciplina (13:1-4)
2.
O Teste da Verdadeira "Espiritualidade"(13:5-10)
EXORTAÇÕES
FINAIS (13:11,12) BÊNÇÃO APOSTÓLICA (13:13)
6.
CARTA AOS GÁLATAS
É absolutamente
fantástica a forma pela qual são expostos nesta carta os argumentos que dizem
respeito à liberdade cristã. William Carey Taylor reconhece que “a epistola aos
Gálatas é, de todos os escritos de Paulo, o que mais tem influenciado a
história”.[14] Esta
carta é considerada a carta magna da liberdade cristã, na qual aprendemos que
estamos livres da lei, mas não sem lei. Assim ela foi chamada “a Magna Carta da
liberdade espiritual para todo o mundo e para todos os tempos como também o
grito de guerra da reforma”.[15]
AUTOR.
Paulo o apóstolo (1:1; 5:2) nesta carta o autor esboça uma autobiografia
inconfundível (1:11-2:14; conf.At.7:58 – 15:30).
A
IGREJA NA GALÁCIA
A região
designada como “Galácia” (1:2) abrange uma larga área da antiga Ásia Menor, que
hoje constitui a parte central da Turquia. Hale apresenta esta área da seguinte
maneira:
Em 25 a.C., toda a área, desde o Mar
Negro até quase a costa do Mar Mediterrâneo, foi transformada, por Augusto, na
Província Romana da Galácia. Na metade do segundo século da era cristã, a
administração foi reorganizada e a área foi dividida, e mais uma vez somente a
parte setentrional (étnica) conservou o
nome de Galácia (W.M. Ramsay, The Church
in the Roman Empire Before A.D. 170 — A Igreja no Império Romano Antes de 170
d.C, p. III).[16]
No entanto não há
uma concordância entre os historiadores quanto ao lugar de origem dos gálatas,
o que se pode afirmar é que eram guerreiros (galli). Calvino afirma que segundo
Plínio “houve um tempo em que exerceram tanto poder sobre seus pacíficos
vizinhos que uma grande parte da Ásia Menor se lhes tornou tributária”. [17]
Na época em que Paulo lhes escreveu esta carta, os Gálatas haviam se tornado
reféns do domínio romano, haja vista terem se entregado ao prazer e a luxúria
esquecendo-se de preservarem sua bravura. Foi assim que facilmente foram derrotados
por Cnaeus Manlius, um Cônsul romano.
PROPÓSITO:
1.
Corrigir o desvio dos Gauleses do verdadeiro
evangelho para um falso, apresentado por falsos mestres (1:6-12).
2.
Defender seu apostolado com o propósito de
credenciar a genuína mensagem do evangelho. (1:13 – 2:10)
DATA. É comumente aceito por vários
estudiosos que esta carta tenha sido escrita durante a terceira viagem
missionária do apóstolo. Os argumentos para esta afirmação são os seguintes:
1. Sua íntima afinidade com a Carta aos Romanos.
2. Gl.4:13 afirma que Paulo esteve com esta igreja mais de uma vez e
consecutivamente esteve ali no final de sua segunda viagem missionária
(At.18:23). Porém devemos tentar identificar em que período os falsos mestres
estiveram ensinando suas heresias aquela igreja. Mais uma vez os escritos de
Lucas podem nos auxiliar (At.15:35,36). Durante este tempo em que Paulo ficou
em Antioquia (At.14:28), os falsos mestres tiveram tempo suficiente para tentar
devastar o que o apóstolo havia plantado. Ao ser informado do que estava
ocorrendo naquela igreja, Paulo escreve esta carta combatendo os falsos ensinos
e em seguida faz uma visita (At.18;23). Seguindo esta linha de pensamento
concluímos que a carta foi escrita por volta de 51-52 d.C. de Corintio.
ESBOÇO.[18]
PAULO DEFENDE SUA AUTORIDADE APOSTÓLICA (1 e
2)
I — Sua Comissão (1:1-5)
II — Os Gálatas Repreendidos e os
Judaizantes Denunciados (1:6-10)
III — O Evangelho de Paulo É Divino
(1:11-2:21)
1. Uma Revelação Particular Diretamente
de Deus (1:11,12)
2. A Experiência Antes da Conversão Não
Foi a Fonte do Seu Evangelho (1:13,14)
3. Nem dos Doze (1:15-17)
4. Nem de Pedro (1:18-24)
5.
Após 14 Anos,
os Apóstolos em
Jerusalém Reconheceram a Sua Igualdade
Apostólica (2:1-10)
6. A Sua Experiência em Antioquia
(2:11-21)
JUSTIFICAÇÃO PELA FÉ (3 e 4)
I — Os Gálatas Tinham Recebido o
Espírito Santo Pela Fé, e Não Pela Lei (3:1-5)
II — Abraão Foi Justificado Pela Fé, e
Não Pelas Obras (3:6-9)
III — A Lei Não Justifica, Condena
(3:10-14)
IV — A Prioridade e Irrevogabilidade da
Promessa Sobre a Lei (3:15-18)
V — O Verdadeiro Propósito da Lei
(3:19-4:7)
1. Mostrar o Pecado como Transgressão
(3:19-23)
2. Mostrar a Necessidade de Fé (3:24-29)
3. O Pecador, Como Filho Menor, Tinha de
Ser Tratado Duma Maneira Elementar (4:1-7)
VI — Advertência Contra a Volta à
Posição Como Menores e Escravos sob a Lei (4:8-11)
VII — Apelo Para Guardarem a Sua
Liberdade (4:12-20)
VIII — A Alegoria das Duas Posições: Lei
e Graça (4:21-31)
A VIDA NOVA NO ESPIRITO (5 e 6)
I — Segure-se a Liberdade Contra o
Enredo no Sistema Legalista
(5:1-12)
II — Vida sob o Controle do Espírito
Santo (5:13-26)
1. Liberdade Não Ê Licença (5:13-15)
2. Submissão ao Espírito Santo É o
Segredo Para a Vida Vitoriosa (5:16-26)
III
— Os Espirituais
(Aqueles Não Enganados
Pelos Judaizantes e Legalistas)
Devem
Corrigir e Restaurar os Mal-ajustados
(6:1-5)
IV
— As Vítimas
dos Judaizantes Devem
Tornar a Submeter-se
aos Ensinadores do
Evangelho Verdadeiro (6:6-10)
V — Advertência Final Contra os
Judaizantes (6:11-18)
7.
CARTAS DA PRISÃO
São quatro as cartas da prisão.
Efésios, Filipenses, Colossenses, Filemom. São assim chamadas pelo fato de que
em cada uma delas o apóstolo Paulo faz referência de estar aprisionado ao
escrevê-la (Ef.3:1; 4:1; 6:20; Fp.1:7,13,14,17; Cl.4:18;Fm.1:9). A falta de
unanimidade entre os eruditos ocorre em torno de duas perguntas: onde Paulo estava preso? Foram
estas epistolas escritas no mesmo tempo? Vejamos se podemos encontrar tais
respostas.
DE
ONDE FORAM ESCRITAS
1.
A quem defenda que foram
escritas de Éfeso. Para defenderem a ideia da prisão em Éfeso baseiam-se em nos
seguintes textos (II Co.6:5; 11:23; I Co.15:32). Segundo esta linha de
pensamento quando Lucas cita a prisão de Paulo em Filipos (At.16:23), esta pode
não ter sido a primeira prisão do apóstolo e possivelmente ele já tenha sofrido
a prisão em Éfeso sem que seja do conhecimento de Lucas.
Em resposta a este ponto de vista Hale afirma
A evidência indireta de I e II Coríntios não é suficiente para prevalecer
contra o silêncio de Atos acerca de um encarceramento em Éfeso [...] Paulo
esteve na prisão por dois anos, tanto em Cesaréia como em Roma. Isto seria
tempo bastante para qualquer intercambio de comunicação que fosse necessário. [19]
2.
Há muitos eruditos que
defendem a ideia de que foram escritas de Cesaréia. este ponto de vista por ser
ele mais antigo do que aquele acima apresentado. Os argumentos apresentados por
estes são os seguintes:
Ø
Paulo estava sob custodia
militar em prisão domiciliar na casa do procurador de Cesaréia. Nesta prisão
Ele estava privado de movimento, mas poderia receber seus amigos e parentes
(At.24:23). É interessante observar que esta posição identifica o pretório e a
casa de Cesar (Fp.1:13; 4:22) como uma companhia de guardas imperiais
(At.23:35). Estes fatos concedem muito respaldo a esta posição contudo Hale
observa o seguinte:
Paulo em nenhuma parte destas quatro cartas menciona Filipe, o
evangelista, que vivia em Cesaréia. Paulo havia ficado com Filipe alguns poucos
dias, na viagem a Jerusalém (At.21:8), e seria improvável não ter citado Filipe
se Paulo tivesse escrito da cidade de Filipe, Cesaréia.[20]
3.
A maioria dos eruditos
defende a posição tradicional de que foram escritas de Roma. Seus argumentos
são os seguintes:
Ø
Paulo esteve em Roma por
dois anos, sob confinamento (At.28:16,30,31) e diferente do que defende os que
dizem que foram escritas de Cesaréia, ali ele teve liberdade de movimento
acompanhado sempre por um soldado que estava sempre preso a ele, [21]
Hale observa
No caso de Paulo, os dois anos com diferentes guardas do pretório, bem
como o confinamento mais próximo ao quartel militar dariam bastante tempo para
a declaração de Paulo de que se tornou manifesto a toda guarda pretoriana de
nove mil que ele era prisioneiro por Jesus Cristo (Fp.1:13)[22]
Além disto, a tradição
mais antiga afirma que quatro cartas foram escritas por Paulo da prisão em
Roma. A única oposição a este fato é do herético Marcião.
7.1.
CARTA AOS EFÉSIOS
AUTOR.
O apóstolo Paulo. Embora haja quem se oponha desde o período patrístico a carta
é atribuída a Paulo. Este fato é defendido por Clemente de Roma, Irineu,
Tertuliano, Orígenes, clemente de Alexandria e outros. Além disto, o autor se
identifica (Ef.1:1; 3:1; 4:1 “o prisioneiro de 3:1” 6:20).
DESTINATÁRIO.
Por não conter uma saudação pessoal nem mesmo aparecer nos manuscritos
originais[23] o
nome de uma igreja, ou mesmo perceberem-se os toques pessoais característicos
de Paulo, é de consenso para maioria dos eruditos que esta carta foi escrita
como carta circular as igrejas da província romana da Ásia, que deveria ser
lida por Tíquico em cada igreja que ele estivesse cumprindo seu ministério como
mensageiro de Paulo (Cl.4:7-9,16).
DATA.
Entre 58-60 d.C.
PROPÓSITO.
Ø
Ensinar a respeito do
glorioso destino da igreja (1;11-14)
Ø
Promover a unidade entre os
irmãos (2;11-16; 4:1-5)
Ø
Exortar a igreja quanto ao
perigo das heresias (4:25 – 5:21)
ESBOÇO.
INTRODUÇÃO
(1:1,2)
A
UNIDADE DE TODAS AS COISAS EM CRISTO (1:3-3:21)
I
— Doxologia de Louvor Pelo Propósito Eterno de Redenção Através de Jesus Cristo
(1:3-14)
1.
Louvor Pelo Pai, em Cujo Amor o Propósito Tem Sua Origem (1:3-6)
2.
Louvor Pelo Filho, em Cujo Amor o Propósito É Efetivado (1:7-12)
3. Louvor
Pelo Espírito Santo,
a Presente Possessão de
uma Consumação Final
(1:13,14)
II
— A Unidade em Cristo (1:15-3:21)
1.
Oração Para Que os Leitores Possam
VerAlgo do Propósito Divino na Chamada
Cristã
(1:15-23)
2.
A Vivificação dos Mortos em Seus Pecados (2:1-10)
3.
Judeu e Gentio Tornados um Novo Homem em Jesus Cristo (2:11-22)
4.
A Obra de Paulo em Tornar Conhecido o Mistério (3:1-9)
5.
A Sabedoria de Deus Vista Pelos Principados e Potestades, Quando a Igreja É uma
em
Cristo (3:10-13)
6.
Oração por Poder e Iluminação (3:14-19)
7.
Doxologia (3:20,21)
EXORTAÇÕES
PRÁTICAS (4:1-6:20)
I
— O Terreno Para a Unidade (4:1-6)
II
— A Diversidade de Dons (4:7-16)
III
— Exortações Para Evitar-se a Velha Vida (4:17-24)
1.
Vícios da Velha Vida (4:17-24)
2.
Pecados Que Podem Destruir a Unidade (4:25-5:2)
3.
Pecados Sensuais Que Corrompem (5:3-14)
4.
Virtudes Para um Cristão Praticar (5:15-21)
IV
— Unidade em Várias Relações (5:22-6:9)
1.
Matrimonial(5:22-33)
2.
Familiar (6:1-4)
3.
De Trabalho (6:5-9)
V
— A Armadura Cristã (6:10-20)
CONCLUSÃO
(6:21-22)
BÊNÇÃO
(6:23-24)
8.
CARTA AOS FILIPENSES
Esta carta é considerada por muitos,
a mais bela das cartas paulinas. Observa-se que ao escrevê-la Paulo expressa
diversos traços de sua personalidade, e mesmo estando em prisão, o apóstolo é
capaz de demonstrar sua alegria em entrar em contato com esta igreja, de forma
que esta epístola é chamada por muitos de ‘a epístola da alegria’.
8.1
A CIDADE DE FILIPOS
a. Era originalmente uma vila Trácia
b. Serviu de acampamento para Filipe da Macedônia, pai de Alexandre
o grande
c. Possuía minas de ouro e de prata
d. Estava situada em uma das mais importantes vias do império
romano (Via Ignátia que ligava a Europa com a Ásia)
e. Tornou-se província romana em 168 a.C
f. Em 31 a.C a cidade ajudou Otávio na batalha contra Antônio e
Cleópatra
g. Seus cidadãos gozavam dos privilégios de um cidadão romano
h. Era considerada como uma Roma em miniatura
i.
Na época embora ainda fosse
influente estava entrando em decadência
8.2.
RELACIONAMENTO ENTRE PAULO E A CIDADE
a. Paulo esteve na cidade em sua segunda viagem missionária
(At.16:12)
b. Lídia é salva ao escutar uma de suas mensagens (At.16:14)
c. Foi preso junto com Silas (At.16:19-26)
d. O carcereiro se rende a
Cristo (At.16:27-34)
e. Paulo exige que os magistrados pessoalmente os acompanhem (ele e
Silas) para fora da prisão (At.16:35-37)
f. Mantém fortes laços de amizade com os irmãos daquela cidade (Fp.1:3-5;
4:15-19)
8.3
PROPÓSITO
a. Enviar notícias a respeito de sua situação e da de Epafrodito (1:12-26;
2:25-30)
b. Exortar em três aspectos
1. A andar de modo digno do evangelho (1:27-30)
2. Andar humildemente (2:1-11)
3. Progredir no crescimento espiritual (2:12-18)
8.4
ESBOÇO - AOS FILIPENSES[24]
DATA:
A. D. 60 TEMAS: Alegria e Unidade
LUGAR:
De Roma
SAUDAÇÕES
(1:1,2)
REGOZIJO
DO CRENTE EM CRISTO (1:3-30)
I
— Gratidão e Amor do Apóstolo Pelos Filipenses (1:3-8)
II
— Oração Para Que o Amor dos Filipenses Cresça Cada Vez Mais (.1:9-11)
III
— Relatório das Circunstâncias Pessoais e do Progresso do Evangelho em Roma
(1:12-26)
1.
A Prisão de Paulo Contribui Para o Proveito do Evangelho (1:12-17)
2.
A Alegria do Apóstolo na Pregação do Evangelho (1:18-20)
3.
O Viver É Cristo e o Morrer É Lucro (1:21-23)
4.
Paulo Está Persuadido Que Há de Viver e Continuar a Servir (1:24-26)
IV
— Exortação Para um Comportamento Duma Maneira Digna do Evangelho (1:27-30)
REGOZIJO NO
SERVIÇO DO CRISTO
CRUCIFICADO (EXORTA ÇÕES
à UNIDADE E
AUTONEGAÇÃO
(2:1-30)
I — Regozijo na Mútua Concórdia e Humildade
(2:1-4)
II — Exemplo da Humilhação e Exaltação de Cristo
(2:5-11)
III
— O Seguir Prático do Exemplo de Cristo (2:12-16)
IV
— Regozijo no Auxílio de Deus Para a Salvação (2:17,18)
V — O Plano de Enviar Timóteo aos Filipenses
(2:19-24)
VI
— Notícias a Respeito de Epafrodito (2:25-30)
REGOZIJO
EM CRISTO COMO SALVADOR E SENHOR (3:1-4:1)
(Paulo
começa a sua exortação final em 3:1, mas vaiao outro assunto em 3:2)
I
— Admoestação Contra os Inimigos de Cristo
(Judaísmo)
(3:2-14)
II
— Os Perigos de Devassidão (3:15-4:1)
EXORTAÇÃO
À UNIDADE E ALEGRIA (4:2-9)
(EXORTAÇÕES PARA
RESOLVER OS PROBLEMAS
QUE SEPARAM, E A ALEGRIA,
LIBERDADE
DE ANSIEDADE E PROCURADE COISAS BOAS)
A
VITÓRIA SOBRE A ANSIEDADE (4:10-20)
SAUDAÇÃO
(4:21,22)
BENÇÃO
(4:23)
9.
CARTA AOS COLOSSENSES
Colossos era uma cidade da região
centro-oeste da antiga Ásia menor. Estava acerca de 160 Km de Éfeso ás margem
do rio Lico. Esta região era rica comercialmente por conta de sua indústria de
lã e de corante. Na é poça de Paulo esta cidade já havia sido reduzida a pouco
mais que uma vila haja vista que a estrada principal de Colossos foi desviada
para passar por duas cidades vizinhas, Hierápolis e Laodicéia (Cl.4:13).
9.1
A IGREJA EM COLOSSOS
Esta igreja não foi fundada por
Paulo, e nem o conhecia pessoalmente (Cl.2:1). O que sabiam a respeito do
apóstolo havia sido por intermédio de outras pessoas (Onésimo, Epafras, Filemom,
Arquipo) (4:12,17; Fl.1). Mas foi fundada durante seu ministério em Éfeso (At.19:10).
Tíquico era o mensageiro de Paulo que estava com a responsabilidade de entregar
esta carta bem como a carta circular aos Éfesios.
9.2
DATA 59-60 d.C.
9.3
PROPÓSITO
a. Combater a heresia Colossense
Este foi o principal propósito desta
epístola. Esta heresia era o resultado de um movimento sincretista que
procurava unir elementos do judaísmo, da mitologia Greco Romana e da filosofia
pagã. Hale aponta alguns destes elementos:[25]
Ritualismo (2:16), asceticismo (2:16,21),
antinomianismo (3:5-8),culto à anjos (2:18), culto a espíritos demoníacos (1:16;
2:10,15), intelectualismo (1:28;2:8), astrologia (2:8,20), e a inadequação de
Cristo (1:15-19; 2:2,9).
b. Apresentar a suficiência de Cristo
1. Cristo é o único mediador entre Deus e os homens (1:15-23)
2. É a cabeça da igreja (1:18)
3. Esta acima de todo principado e potestade (1:15-17)
4. Esta acima do judaísmo, da mitologia Greco Romana e da filosofia
pagã (2:8-15)
c. Exortar os convertidos a um viver Cristocêntrico (2:6,7)
1. Abstendo-se das falsas doutrinas (2:6-23)
2. Vivam na perspectiva de Deus (3:1-4)
3. Abandonem a velha maneira de viver (3:5-11)
4. Revistam-se do novo homem (3:12-17)
5. Vivam a nova vida dentro do grupo social em que estão inseridos
(3:18 - 4:1)
6. Sejam prudentes (4:2-6)
9.4
ESBOÇO – COLOSSENSES[26]
SAUDAÇÃO
(1:1,2)
INTRODUÇÃO
(1:3-14)
I
— Louvor (1:3-8)
II
— Petição (1:9-14)
ASSUNTO
TEOLÓGICO (1:15-2:5)
I
— A Verdadeira Cristologia: Supremacia de Cristo no Cosmos
(1:15-20)
II
— Supremacia de Cristo na Experiência Pessoal (1:21-23)
III
— Supremacia de Cristo no Ministério Apostólico(1:23-2:5)
APLICAÇÃO
ÉTICA DA SUPREMACIA DE CRISTO (2:6-4:6)
I
— Exortação Para uma Ética Cristã Distintiva (2:6,7)
II
— A Doutrina Falsa e a Verdadeira (2:8-15)
III
— Advertência Contra Ensinos e Práticas Heréticas (2:16-23)
IV
— A Nova Vida em Cristo (3:1-4:1)
1.
Vida Escondida em Cristo (3:1-4)
2.
Despir-se dos Velhos Hábitos (3:5-11)
3.
Revestir-se dos Novos Hábitos (3:12-17)
4.
As Relações Sociais Dentro da Igreja (3:18-4:1)
V
— Exortações à Vigilância em Oração (4:2-6)
EPÍLOGO
— SAUDAÇÕES E QUESTÕES PESSOAIS (4:7-17)
BÊNÇÃO
(4:18)
10.
CARTA A FILEMOM
Esta é a carta
mais curta do apóstolo Paulo contendo apenas 335 (no original). Nela é possível
observar “um lindo exemplo das saudáveis implicações sociológicas do
cristianismo”
10.1
DATA 59-60 d.C.
10.2 PROPÓSITO
a. Enviar Onésimo (um escravo fugitivo) de volta ao seu senhor
pedindo a este que o perdoe o receba não como escravo, mas como irmão em Cristo
(v12-16).
b. Ensinar de forma prática a ética cristã (v13,14)
c. Ensinar de forma prática o amor cristão (v16-18)
d. Ressaltar o respeito e a amizade que deve existir entre os
cristãos (v21,22)
ESBOÇO – FILEMOM[27]
SAUDAÇÃO (1-3)
ORAÇÃO DE AÇÃO DE GRAÇAS POR FILEMOM (4-7)
PEDIDO PELO RECEBIMENTO DE ONÉSIMO COMO UM
IRMÃO (8-20)
I — Não por Ordem, Mas por Pedido (8-11)
II — Relações Entre Paulo, Onésimo e Filemom
(12-17)
III — Paulo Aceita a Responsabilidade da
Dívida de Onésimo (18 e l9)
IV — Um Rogo por Consideração Pessoal (20)
OS PLANOS DE PAULO (21,22)
SAUDAÇÕES (23,24)
BÊNÇÃO (25)
Bibliografia
·
A Bíblia Sagrada. Traduzida em Português por João Ferreira de
Almeida. Revista e Atualizada no Brasil. 2 ed. Barueri – SP: Sociedade Bíblica
do Brasil, 1993.
·
Carson, D.A. 'Matthew', em F.E. Gaeblein, ed.,
The Expositor's Bible Commentary Online, Grand Rapids: Zondervan, 1984,
·
Calvino, João. Gálatas/
João Calvino. Tradução de Valter Graciano Martins. São Paulo: Edições
Paracletos. 1998
·
Hale, Broadus David. Introdução ao estudo do Novo Testamento.
Tradução de Cláudio Vital de Souza. Rio de Janeiro, Junta de Educação Religiosa
e Publicações, 1983. Versão em pdf.
·
Hale, Broadus David. Introdução ao estudo do Novo Testamento/
Broadus David Hale; Tradução de Cláudio Vital de Souza. São Paulo: Hagnos 2001
·
Hendriksen, William.
Comentário do Novo Testamento/ Romanos. William Hendriksem. São Paulo: Cultura
Cristã. 2001
·
Lopes, Hernandes Dias.
Atos: a ação do Espírito Santo na vida da igreja/ Hernandes Dias Lopes –São
Paulo: Hagnos, 2012.
·
MARSHALL, Howard. Atos
introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 2006.
·
MONTEIRO, Thiago André.
Mundo Bíblico do Novo Testamento/vida e ministério de Jesus Cristo. Apostila de
introdução ao N.T. São Paulo, 2009.
[1] Hale. 2001, pg.195
[2] Ibid.pg202
[3] ibid
[4] Ibid. pg197
[5]
Hale.2001 pg.216-218
[6] Faixa
de terra, estreita, que liga uma península a um continente
[7]
Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Istmo_de_Corinto.
[8]
Hale. 2001 pg.222
[9]
Ibid. pg.225
[10]
Esboço apresentado por Hale 2001, pg.231-234
[11]
Hale 2001, pg.235.
[12]
Os três pontos seguintes são de autoria de Hale 2001, pg.236.
[13]
Esboço apresentado por Hale 2001, pg.243,244
[14]
Alvaro Campos em: Comentário da epistola aos Gálatas João Calvino 1998, pg.7
[15] Ibid.
[16] Hale 2001
[17] Calvino 1998, pg14
[18] HALE 2001pg.260,261
[19]
Hale 2001, pg.265
[20]
Hale 2001, pg.266
[21]
Este tipo de prisão era comum para cidadãos romanos que ainda não tinham sido
julgados e condenados
[22]
Hale 2001, pg.267
[23]
As palavras em Éfeso não são encontradas no manuscrito grego mais antigo
existente desta carta, o P46, nem dois manuscritos antigos mais
dignos de confiança, o sinaítico e o vaticano, nem em dois importantes
manuscritos gregos posteriores (424,1739) Hale 2001, pg268
[24] Hale
2001,pg. 291,292
[25]
Hale 2001, pg.298
[26]
Hale 2001, pg.301,302
[27] Hale
2001,pg.306
6.
CARTA AOS GÁLATAS
É absolutamente
fantástica a forma pela qual são expostos nesta carta os argumentos que dizem
respeito à liberdade cristã. William Carey Taylor reconhece que “a epistola aos
Gálatas é, de todos os escritos de Paulo, o que mais tem influenciado a
história”.[1]
Esta carta é considerada a carta magna da liberdade cristã, na qual aprendemos
que estamos livres da lei, mas não sem lei. Assim ela foi chamada “a Magna
Carta da liberdade espiritual para todo o mundo e para todos os tempos como
também o grito de guerra da reforma”.[2]
AUTOR.
Paulo o apóstolo (1:1; 5:2) nesta carta o autor esboça uma autobiografia
inconfundível (1:11-2:14; conf.At.7:58 – 15:30).
A
IGREJA NA GALÁCIA
A região
designada como “Galácia” (1:2) abrange uma larga área da antiga Ásia Menor, que
hoje constitui a parte central da Turquia. Hale apresenta esta área da seguinte
maneira:
Em 25 a.C., toda a área, desde o Mar
Negro até quase a costa do Mar Mediterrâneo, foi transformada, por Augusto, na
Província Romana da Galácia. Na metade do segundo século da era cristã, a
administração foi reorganizada e a área foi dividida, e mais uma vez somente a
parte setentrional (étnica) conservou o
nome de Galácia (W.M. Ramsay, The Church
in the Roman Empire Before A.D. 170 — A Igreja no Império Romano Antes de 170
d.C, p. III).[3]
No entanto não há
uma concordância entre os historiadores quanto ao lugar de origem dos gálatas,
o que se pode afirmar é que eram guerreiros (galli). Calvino afirma que segundo
Plínio “houve um tempo em que exerceram tanto poder sobre seus pacíficos
vizinhos que uma grande parte da Ásia Menor se lhes tornou tributária”. [4]
Na época em que Paulo lhes escreveu esta carta, os Gálatas haviam se tornado
reféns do domínio romano, haja vista terem se entregado ao prazer e a luxúria
esquecendo-se de preservarem sua bravura. Foi assim que facilmente foram derrotados
por Cnaeus Manlius, um Cônsul romano.
PROPÓSITO:
1. Corrigir o desvio dos Gauleses do verdadeiro evangelho para um
falso, apresentado por falsos mestres (1:6-12).
2. Defender seu apostolado com o propósito de credenciar a genuína
mensagem do evangelho. (1:13 – 2:10)
DATA. É comumente aceito por vários
estudiosos que esta carta tenha sido escrita durante a terceira viagem
missionária do apóstolo. Os argumentos para esta afirmação são os seguintes:
1. Sua íntima afinidade com a Carta aos Romanos.
2. Gl.4:13 afirma que Paulo esteve com esta igreja mais de uma vez e
consecutivamente esteve ali no final de sua segunda viagem missionária
(At.18:23). Porém devemos tentar identificar em que período os falsos mestres
estiveram ensinando suas heresias aquela igreja. Mais uma vez os escritos de
Lucas podem nos auxiliar (At.15:35,36). Durante este tempo em que Paulo ficou
em Antioquia (At.14:28), os falsos mestres tiveram tempo suficiente para tentar
devastar o que o apóstolo havia plantado. Ao ser informado do que estava
ocorrendo naquela igreja, Paulo escreve esta carta combatendo os falsos ensinos
e em seguida faz uma visita (At.18;23). Seguindo esta linha de pensamento
concluímos que a carta foi escrita por volta de 51-52 d.C. de Corintio.
ESBOÇO.[5]
PAULO DEFENDE SUA AUTORIDADE APOSTÓLICA (1 e
2)
I — Sua Comissão (1:1-5)
II — Os Gálatas Repreendidos e os
Judaizantes Denunciados (1:6-10)
III — O Evangelho de Paulo É Divino
(1:11-2:21)
1. Uma Revelação Particular Diretamente
de Deus (1:11,12)
2. A Experiência Antes da Conversão Não
Foi a Fonte do Seu Evangelho (1:13,14)
3. Nem dos Doze (1:15-17)
4. Nem de Pedro (1:18-24)
5.
Após 14 Anos,
os Apóstolos em
Jerusalém Reconheceram a Sua Igualdade
Apostólica (2:1-10)
6. A Sua Experiência em Antioquia
(2:11-21)
JUSTIFICAÇÃO PELA FÉ (3 e 4)
I — Os Gálatas Tinham Recebido o
Espírito Santo Pela Fé, e Não Pela Lei (3:1-5)
II — Abraão Foi Justificado Pela Fé, e
Não Pelas Obras (3:6-9)
III — A Lei Não Justifica, Condena
(3:10-14)
IV — A Prioridade e Irrevogabilidade da
Promessa Sobre a Lei (3:15-18)
V — O Verdadeiro Propósito da Lei
(3:19-4:7)
1. Mostrar o Pecado como Transgressão
(3:19-23)
2. Mostrar a Necessidade de Fé (3:24-29)
3. O Pecador, Como Filho Menor, Tinha de
Ser Tratado Duma Maneira Elementar (4:1-7)
VI — Advertência Contra a Volta à
Posição Como Menores e Escravos sob a Lei (4:8-11)
VII — Apelo Para Guardarem a Sua
Liberdade (4:12-20)
VIII — A Alegoria das Duas Posições: Lei
e Graça (4:21-31)
A VIDA NOVA NO ESPIRITO (5 e 6)
I — Segure-se a Liberdade Contra o
Enredo no Sistema Legalista
(5:1-12)
II — Vida sob o Controle do Espírito
Santo (5:13-26)
1. Liberdade Não Ê Licença (5:13-15)
2. Submissão ao Espírito Santo É o
Segredo Para a Vida Vitoriosa (5:16-26)
III
— Os Espirituais
(Aqueles Não Enganados
Pelos Judaizantes e Legalistas)
Devem
Corrigir e Restaurar os Mal-ajustados
(6:1-5)
IV
— As Vítimas
dos Judaizantes Devem
Tornar a Submeter-se
aos Ensinadores do
Evangelho Verdadeiro (6:6-10)
V — Advertência Final Contra os
Judaizantes (6:11-18)
7.
CARTAS DA PRISÃO
São quatro as cartas da prisão. Efésios,
Filipenses, Colossenses, Filemom. São assim chamadas pelo fato de que em cada
uma delas o apóstolo Paulo faz referência de estar aprisionado ao escrevê-la
(Ef.3:1; 4:1; 6:20; Fp.1:7,13,14,17; Cl.4:18;Fm.1:9). A falta de unanimidade entre
os eruditos ocorre em torno de duas perguntas: onde Paulo estava preso? Foram estas
epistolas escritas no mesmo tempo? Vejamos se podemos encontrar tais respostas.
DE
ONDE FORAM ESCRITAS
1.
A quem defenda que foram
escritas de Éfeso. Para defenderem a ideia da prisão em Éfeso baseiam-se em nos
seguintes textos (II Co.6:5; 11:23; I Co.15:32). Segundo esta linha de
pensamento quando Lucas cita a prisão de Paulo em Filipos (At.16:23), esta pode
não ter sido a primeira prisão do apóstolo e possivelmente ele já tenha sofrido
a prisão em Éfeso sem que seja do conhecimento de Lucas.
Em resposta a este ponto de vista Hale afirma
A evidência indireta de I e II Coríntios não é suficiente para prevalecer
contra o silêncio de Atos acerca de um encarceramento em Éfeso [...] Paulo esteve
na prisão por dois anos, tanto em Cesaréia como em Roma. Isto seria tempo
bastante para qualquer intercambio de comunicação que fosse necessário. [6]
2.
Há muitos eruditos que
defendem a ideia de que foram escritas de Cesaréia. este ponto de vista por ser
ele mais antigo do que aquele acima apresentado. Os argumentos apresentados por
estes são os seguintes:
Ø
Paulo estava sob custodia
militar em prisão domiciliar na casa do procurador de Cesaréia. Nesta prisão
Ele estava privado de movimento, mas poderia receber seus amigos e parentes (At.24:23).
É interessante observar que esta posição identifica o pretório e a casa de
Cesar (Fp.1:13; 4:22) como uma companhia de guardas imperiais (At.23:35). Estes
fatos concedem muito respaldo a esta posição contudo Hale observa o seguinte:
Paulo em nenhuma parte destas quatro cartas menciona Filipe, o evangelista,
que vivia em Cesaréia. Paulo havia ficado com Filipe alguns poucos dias, na
viagem a Jerusalém (At.21:8), e seria improvável não ter citado Filipe se Paulo
tivesse escrito da cidade de Filipe, Cesaréia.[7]
3.
A maioria dos eruditos
defende a posição tradicional de que foram escritas de Roma. Seus argumentos
são os seguintes:
Ø
Paulo esteve em Roma por
dois anos, sob confinamento (At.28:16,30,31) e diferente do que defende os que
dizem que foram escritas de Cesaréia, ali ele teve liberdade de movimento acompanhado
sempre por um soldado que estava sempre preso a ele, [8]
Hale observa
No caso de Paulo, os dois anos com diferentes guardas do pretório, bem como
o confinamento mais próximo ao quartel militar dariam bastante tempo para a
declaração de Paulo de que se tornou manifesto a toda guarda pretoriana de nove
mil que ele era prisioneiro por Jesus Cristo (Fp.1:13)[9]
Além disto, a tradição
mais antiga afirma que quatro cartas foram escritas por Paulo da prisão em
Roma. A única oposição a este fato é do herético Marcião.
7.1.
CARTA AOS EFÉSIOS
AUTOR.
O apóstolo Paulo. Embora haja quem se oponha desde o período patrístico a carta
é atribuída a Paulo. Este fato é defendido por Clemente de Roma, Irineu, Tertuliano,
Orígenes, clemente de Alexandria e outros. Além disto, o autor se identifica
(Ef.1:1; 3:1; 4:1 “o prisioneiro de 3:1” 6:20).
DESTINATÁRIO.
Por não conter uma saudação pessoal nem mesmo aparecer nos manuscritos
originais[10] o
nome de uma igreja, ou mesmo perceberem-se os toques pessoais característicos
de Paulo, é de consenso para maioria dos eruditos que esta carta foi escrita como
carta circular as igrejas da província romana da Ásia, que deveria ser lida por
Tíquico em cada igreja que ele estivesse cumprindo seu ministério como
mensageiro de Paulo (Cl.4:7-9,16).
DATA.
Entre 58-60 d.C.
PROPÓSITO.
Ø
Ensinar a respeito do
glorioso destino da igreja (1;11-14)
Ø
Promover a unidade entre os
irmãos (2;11-16; 4:1-5)
Ø
Exortar a igreja quanto ao
perigo das heresias (4:25 – 5:21)
ESBOÇO.
INTRODUÇÃO
(1:1,2)
A
UNIDADE DE TODAS AS COISAS EM CRISTO (1:3-3:21)
I
— Doxologia de Louvor Pelo Propósito Eterno de Redenção Através de Jesus Cristo
(1:3-14)
1.
Louvor Pelo Pai, em Cujo Amor o Propósito Tem Sua Origem (1:3-6)
2.
Louvor Pelo Filho, em Cujo Amor o Propósito É Efetivado (1:7-12)
3. Louvor
Pelo Espírito Santo,
a Presente Possessão de uma Consumação
Final
(1:13,14)
II
— A Unidade em Cristo (1:15-3:21)
1.
Oração Para Que os Leitores Possam
VerAlgo do Propósito Divino na Chamada
Cristã
(1:15-23)
2.
A Vivificação dos Mortos em Seus Pecados (2:1-10)
3.
Judeu e Gentio Tornados um Novo Homem em Jesus Cristo (2:11-22)
4.
A Obra de Paulo em Tornar Conhecido o Mistério (3:1-9)
5.
A Sabedoria de Deus Vista Pelos Principados e Potestades, Quando a Igreja É uma
em
Cristo (3:10-13)
6.
Oração por Poder e Iluminação (3:14-19)
7.
Doxologia (3:20,21)
EXORTAÇÕES
PRÁTICAS (4:1-6:20)
I
— O Terreno Para a Unidade (4:1-6)
II
— A Diversidade de Dons (4:7-16)
III
— Exortações Para Evitar-se a Velha Vida (4:17-24)
1.
Vícios da Velha Vida (4:17-24)
2.
Pecados Que Podem Destruir a Unidade (4:25-5:2)
3.
Pecados Sensuais Que Corrompem (5:3-14)
4.
Virtudes Para um Cristão Praticar (5:15-21)
IV
— Unidade em Várias Relações (5:22-6:9)
1.
Matrimonial(5:22-33)
2.
Familiar (6:1-4)
3.
De Trabalho (6:5-9)
V
— A Armadura Cristã (6:10-20)
CONCLUSÃO
(6:21-22)
BÊNÇÃO
(6:23-24)
[3]
Hale 2001
[4]
Calvino 1998, pg14
[5]
HALE 2001pg.260,261
[6]
Hale 2001, pg.265
[7]
Hale 2001, pg.266
[8] Este
tipo de prisão era comum para cidadãos romanos que ainda não tinham sido
julgados e condenados
[9]
Hale 2001, pg.267
[10] As
palavras em Éfeso não são encontradas no manuscrito grego mais antigo existente
desta carta, o P46, nem dois manuscritos antigos mais dignos de
confiança, o sinaítico e o vaticano, nem em dois importantes manuscritos gregos
posteriores (424,1739) Hale 2001, pg268
10.
CARTA A FILEMOM
Esta é a carta
mais curta do apóstolo Paulo contendo apenas 335 (no original). Nela é possível
observar “um lindo exemplo das saudáveis implicações sociológicas do
cristianismo”
10.1
DATA 59-60 d.C.
1.2 PROPÓSITO
a. Enviar Onésimo (um escravo fugitivo) de volta ao seu senhor
pedindo a este que o perdoe o receba não como escravo, mas como irmão em Cristo
(v12-16).
b. Ensinar de forma prática a ética cristã (v13,14)
c. Ensinar de forma prática o amor cristão (v16-18)
d. Ressaltar o respeito e a amizade que deve existir entre os
cristãos (v21,22)
ESBOÇO – FILEMOM[1]
SAUDAÇÃO (1-3)
ORAÇÃO DE AÇÃO DE GRAÇAS POR FILEMOM (4-7)
PEDIDO PELO RECEBIMENTO DE ONÉSIMO COMO UM
IRMÃO (8-20)
I — Não por Ordem, Mas por Pedido (8-11)
II — Relações Entre Paulo, Onésimo e Filemom
(12-17)
III — Paulo Aceita a Responsabilidade da
Dívida de Onésimo (18 e l9)
IV — Um Rogo por Consideração Pessoal (20)
OS PLANOS DE PAULO (21,22)
SAUDAÇÕES (23,24)
BÊNÇÃO (25)
11.
CARTAS AOS TESSALONICENSES
Estas cartas trazem um enfoque sobre
a vida e o pensamento da igreja primitiva, principalmente no que diz respeito
aos métodos e mensagens missionárias. É fato que Paulo não se detém de forma
profunda a nenhum assunto doutrinário, todos os assuntos doutrinários por ele
tratado, estão apresentados de forma abreviada.
11.1
AUTOR. Paulo o apóstolo (1:1) ele escreve esta carta de Corinto depois da
chegada de Timóteo e Silas.
11.2
DATA 50 – 51 d.C.
11.3 A CIDADE DE TESSALÔNICA
Segundo Hale “O nome deriva do nome
da meio-irmã de Alexandre, o Grande, a esposa de Cassandro.”[2]
Cassandro foi oficial sob Alexandre Magno. Matou a mãe de Alexandre, Olímpia
por lhe fazer oposição.[3]
Vindo posteriormente a casar-se com a irmã de Alexandre ‘Tessalônica’. Foi em
homenagem a ela que ao fundar a cidade em 315 a.C que Ele lhe deu seu nome.
Hendriksem observa um fato interessante ocorrido nesta cidade:
Em 390 d.C. o imperador Teodósio o
Grande mandou massacrar mais de sete mil de seus cidadãos por causa de uma
revolta ocorrida ali. Ordenou que fossem mortos sem consideração de posição, ou
sexo, ou grau de culpa. Foi então que o grande bispo Ambrósio, desejando
vindicar os direitos da lei moral – e em segundo lugar os direitos da igreja
sobre o estado – recusou ao imperador a comunhão. Só depois que este se submeteu
a uma penitência pública, implorou perdão e fez ainda certas promessas
específicas, é que foi finalmente absorvido. (Hendriksen, 1998 pg13)
De uma singela
vila, Tessalônica passou a ser a maior cidade daquela província com uma
população de aproximadamente 200.000 habitantes. Em 42 a.C. Augusto tornou-a
uma cidade livre.
11.4
PAULO E A IGREJA EM TESSALÔNICA.
Paulo esteve ali durante a sua
segunda viagem missionária e lá exerceu além do chamado missionário a sua
atividade secular de construtor de tendas (I Ts.2:9; II Ts.3:8-10). Como
missionário, o apóstolo Paulo também cumpriu seu ministério ali (I Ts. 1:5-7; 2:4-8,10,11).
a. Ensinou na sinagoga por três semanas (At.17:2)
b. Sua mensagem foi a respeito da do sofrimento, morte e
ressurreição do Messias (At.17:3)
c. Muitos gentios aderiram à mensagem anunciada por Paulo (At.17:4)
d. Sofreu inveja dos judeus (At.17:5)
11.5
PROPÓSITO
a. Elogiar a fé daquela igreja a fim de motivá-los a permanecer
firmes (I Ts.1:3,4; 2;13,14; 3:4-6)
b. Desfazer o mal entendido com respeito a sua saída da cidade tão
depressa (2:1-12)
c. Defender seu caráter (2:17 - 3:2)
d. Exortar á santidade (4:1-8)
e. Esclarecer quanto à parousía (4:11 – 5:11; II Ts.3:10-12)
f. Admoestar a respeitarem as autoridades (5:12,13
11.6
ESBOÇO DA PRIMEIRA CARTA AOS TESSALONICENSES[4]
SAUDAÇÃO
(1:1)
APOLOGIA
(1:2-3:13)
I
— O Interesse Pessoal e Confiança de Paulo nos Tessalonicenses (1:2-4)
II
— Defesa do Seu Comportamento em Tessalônica (1:5-2:16)
1.
Seu Evangelho e Caráter (1:5)
2. A
Confiança dos Tessalonicenses em
Paulo Durante Seu
Ministério em
Tessalônica
(1:6-10)
3.
O Proceder de Paulo em Tessalônica (2:1-12)
4.
A Fidelidade dos Tessalonicenses sob Perseguição(2:13-16)
III
— A Razão Por Que Paulo Não Voltou (2:17-3:13)
1.
Proibido por Satanás (2:17-20)
2.
O Interesse de Paulo Mostrado Pelo Enviar de Timóteo (3:1-5)
3.
As Boas Notícias de Timóteo Animam Paulo (3:6-10)
4.
Oração de Paulo Pelos Tessalonicenses (3:11-13)
EXORTAÇÕES
à LUZ DAS IMPERFEIÇÕES NA IGREJA EM TESSALÔNICA (4:1-5:22)
I
— Os Fracos: Exortação à Santidade (4:1-8)
II
— Os Preguiçosos: Exortação ao Amor Fraternal e Trabalho (4:9-12)
III
— Os Tímidos (4:13-5:22)
1.
Acerca dos Mortos em Cristo (4:13-18)
2.
Acerca da Parousía (5:1-11)
1)
Certa, Mas sem Saber Quando (5:1-3)
2)
O Crente Deve Estar Preparado (5:4-11)
3.
Acerca da Ordem na Igreja (5:12-22)
1)
Respeito Para com os Líderes (5:12,13)
2)
Como os Líderes Devem Tratar os Fracos e Insubmissos (5:14)
3)
Respeito e Interesse Mútuo (5:15-18)
4)
Avaliação Certa de Pregação Inspirada (5:19-21)
5)
Abster-se de Toda Forma de Mal (5:22)
SAUDAÇÃO
E BÊNÇÃO (5:23-28)
11.7
ESBOÇO DA SEGUNDA CARTA AOS TESSALONICENSES[5]
SAUDAÇÕES (1:1,2)
ENCORAJAMENTO AOS TÍMIDOS (1:3-2:17)
I — Ação de Graças e Oração (1:3-12)
1. A Certeza da Salvação (1:3-10)
2. Uma Oração Pela Justiça (1:11,12)
II — Exortações (2:1-12)
1. Ã Luz da Demora do Advento do Cristo
(2:1-7)
2. Ã Luz da Destruição do Homem da Iniqüidade
(2:8-10)
3. Ã Luz do Desígnio de Deus na Ordem das
Últimas Coisas (2:11,12)
III — Ação de Graças, um Mandamento e Oração
(2:13-17)
1. A Certeza da Salvação (2:13,14)
2. Guardar as Doutrinas (2:15)
3. Oração Para Encorajar e Justiça (2:16,17)
PAULO PEDE AS ORAÇÕES DOS TESSALONICENSES
(3:1-5)
ADVERTÊNCIA AOS PREGUIÇOSOS E DESORDENADOS
(3:6-15)
UMA ORAÇÃO EM FAVOR DA PAZ (3:16)
SAUDAÇÃO (3:17)
BÊNÇÃO (3:18)
12.
AS CARTAS PASTORAIS
Assim como as cartas da prisão as
cartas pastorais podem ser estudadas em conjunto. Elas receberam este título
pela primeira vez no século XVIII. É interessante observar o que Hale afirma a
respeito das mesmas: “estas epístolas não são manuais de organização
eclesiástica, disciplina da igreja, administração eclesiástica ou métodos
eclesiásticos.” [6] No
entanto os princípios de orientação apresentados por Paulo nestas três cartas
podem ser aplicados em qualquer igreja observando seu contexto e sua
necessidade.
12.1.
DATA. 64-65 d.C. da macedônia.
12.2.
AUTOR: Paulo o apóstolo de Cristo (I Tm.1:1; II Tm.1:1; Tt.1:1)
12.3.
POR QUE DEVEMOS ESTUDÁ-LAS?
Hendriksen apresenta algumas razões[7],
entre estas desejamos destacar algumas:
a. Lançam luz sobre o importante problema da administração
eclesiástica.
1. Qual deve ser nosso procedimento no culto público (I Tm.2:8-15)
2. Quais os atributos de um bom Pastor (I Tm.3:1-7)
3. Qualificações de um diácono (I Tm.3:8-13)
4. Participação das mulheres na igreja (I Tm.3:11)
5. Deveres da igreja com os necessitados (I Tm.5:1-21)
6. Como devemos tratar os idosos e os jovens (I Tm.5:1,2; Tt.2:1-10)
b. Porque enfatizam a sã doutrina.
1. A igreja é a coluna e baluarte da verdade (I Tm.3:14-16)
2. Devemos perseverar na fé (II Tm.1:6-14; 2:1-13;)
3. Devemos fugir da ilusão das riquezas terrenas (I Tm. 6:1-19)
4. Não devemos dar crédito a falsas doutrinas (I Tm.6:3-10)
5. Devemos corrigir os hereges (II Tm.2:14-26; Tt.1:10-16)
6. Ensinam a respeito dos gloriosos benefícios da graça
(Tt.2:11-15)
7. Etc.
12.4.
PROPÓSITOS
1. Fortalecer a fé e motivar quanto ao ministério (I Tm.4:14)
2. Orientar quanto a permanência na sã doutrina (I Tm.1:3-11,
18-20; cap.4 e 6)
3. Apresentar diretrizes quanto ao culto público (I Tm.2:8-15)
4. Insistir com Tito a ir ter com ele em Nicópolis, assim que um
substituto houvesse assumido o trabalho em Creta (Tt.3:12)[8]
5. Encaminhar Zenas, o intérprete da lei, e Apolo o evangelista
eloqüente (Tt.3:13)
6. Ministras diretrizes para a promoção do espírito de santificação
nas relações congregacionais, individuais, familiares e sociais
12.5
ESBOÇO[9]
I
EPÍSTOLA DE PAULO A TIMÓTEO
ESBOÇO
DATA:
A.D. 64-65
LUGAR:
Macedônia
SAUDAÇÃO:
(1:1,2)
DOUTRINA
FALSA E DOUTRINA VERDADEIRA (1:3-20)
I
— A Necessidade em Corrigir Doutrina Falsa (1:3-11)
II
— A Experiência e Doutrina de Paulo (1:12-17)
III
— O Dever Imposto a Timóteo (1:18-20)
ORDEM
NO CULTO PÚBLICO (2:1-15)
I
— A Importância da Oração Pública (2:1-7)
II
— O Proceder Conveniente no Culto Público (2:8-15)
OS
SERVOS DA IGREJA (3:1-16)
I
— Bispos (3:1-7)
II
— Diáconos (3:8-13)
III
— O Propósito em Escrever (3:14-16)
ENSINO
FALSO E COMO COMBATÊ-LO (4:1-16)
I
— Aceticismo Falso(4:l-5)
II
— Comportamento Cristão e Ensino Verdadeiro (4:6-16)
OS
DEVERES DO MINISTRO PARA COM VÁRIAS CLASSES DENTRO DA IGREJA (5:1-25)
I
— Diferença de Idade e de Sexo (5:1,2)
II
— Viúvas (5:3-16)
III
— Presbíteros (5:17-25)
INSTRUÇÕES
VÁRIAS (6:1-21)
I
— Aos Escravos e Senhores (6:1,2)
II
— Sobre Ensinos Falsos (6:3-10)
III
— Sobre Comportamento Verdadeiramente Cristão (6:11-16)
IV
— Aos Ricos (6:17-19)
V
— Conselho Final (6:20-21) BÊNÇÃO (6:21)
II EPÍSTOLA DE PAULO A TIMÓTEO [10]
ESBOÇO
Data: A.D. 64-66
LUGAR: Roma
SAUDAÇÃO (1:1,2)
APELO E DESAFIO (1:3-18)
I — Lembrar-se da Herança Espiritual (1:3-5)
II — Colocar em Prática os Dons Espirituais
(1:6,7)
III — Considerar o Exemplo de Cristo (1:8-10)
IV — Considerar o Exemplo de Paulo (1:11-13)
V — Guardar o Bom Depósito (1:14)
VI — Considerar a Fidelidade e Infidelidade
dos Amigos (1:15-18)
OS ESTÍMULOS PARA CORAGEM EM FACE DO
SOFRIMENTO
(2:1-13)
I — Exortação Para Se Fortificar na Graça de
Cristo(2:1)
II — O Dever de Treinar Mestres (2:2)
III — Compartilhar em Sofrimentos com Paulo
(2:3-7)
1. Como Soldado — Resignação (2:4)
2. Como Atleta — Disciplina (2:5)
3. Como Lavrador — Perseverança (2:6,7)
IV — Guardar em Mente a Relação com Jesus
Cristo (2:8-13)
1. A Vitória de Jesus (2:8)
2. O Sofrimento de Paulo no Seu Ministério
(2:9,10)
3. Os Resultados de Fidelidade e de
Infidelidade (2:11-13)
EXORTAÇÃO A LEALDADE Ã PALAVRA DE DEUS
(2:14-4:8)
I — O Dever do Ministro (2:14-26)
1. Evitar Métodos Errados (2:14-18)
2. Construir em Cima do Firme Fundamento de
Deus (2:19)
3. Servir a Deus na Sua Casa com Devoção,
Disciplina e Persuasão (2:20-26)
II — Os Males e Perigos em Redor do Ministro
(3:1-9)
1. Males dos Últimos Dias (3:1-5)
2. Perigos dos Dias Presentes (3:6-9)
III — A Necessidade de Ficar Firme e Declarar
a Palavra (3:10-4:8)
1. Cada Crente, como Timóteo e Paulo, Sofrerá
(3:10-12)
2. Incrédulos Tornar-se-ão Cada Vez Piores
(3:13)
3. Ficar nas Instruções das Escrituras
(3:14-17)
4. A Incumbência Solene a Timóteo (4:1-8)
INSTRUÇÕES PESSOAIS (4:9-18)
I — Paulo Pede a Presença de Timóteo (4:9-13)
II — Uma Advertência Particular (4:14,15)
III — A Primeira Defesa Diante do Tribunal
Romano (4:16-18)
SAUDAÇÕES (4:19-21) BÊNÇÃO (4:22)
EPÍSTOLA DE PAULO A TITO
ESBOÇO
Data: A.D. 64-66
LUGAR: Macedônia
SAUDAÇÃO (1:1-4)
1. Diretrizes quanto à santificação na vida
congregacional
I – Diretrizes quanto aos deveres e
qualificações de ministros (1:5-9)
II – Diretrizes para repreensão os falsos
mestres (1:10-16)
2. Diretrizes a fim de se obter santificação
pessoal
I – Conselho a todas as classes sociais
(2:1-10)
II – A graça de Deus é o veículo da
santificação (2:11-15)
3. Diretrizes a fim de se obter santificação
na vida social
I – Obediência as autoridades (3:1-3)
II – Demonstração de amor a todos os homens
(3:4-8)
III – Abandono das discussões insensatas
(3:9-11)
IV – Recomendações e saudações finais
(3:12-15)
13.
CARTA AOS HEBREUS
Esta é uma carta que se diferencia
de todas as outras. “Começa como um tratado continua como um sermão e conclui
como uma carta”. [11]
Nela, não é possível identificar o autor nem o destinatário embora ao ler a carta
consigamos perceber que o autor tinha em foco um grupo particular de leitores. Segundo
os eruditos ela foi escrita como o melhor grego literário encontrado no Novo Testamento.
13.1
DATA. Segundo Hale a sugestão mais lógica para uma data seria a soltura de Paulo
do primeiro encarceramento romano e antes da perseguição iniciada por Nero. Os anos
63-64 d.C. (antes de julho) são a data mais lógica para a escrita de Hebreus.[12]
13.2.
PROPÓSITO
Não há consenso entre os eruditos quanto
ao propósito apresentado pelo autor. Pode-se então perceber que ele deseja apresentar
a superioridade de Cristo.
1. Cristo é superior ao templo e ao culto (1:1-2:18)
2. Superior a qualquer sacerdote da antiga aliança e por isto estabelece
uma nova aliança (2:5-18; 5:1-8; 7:4 - 10:18)
3. Superior a Moisés (3:1-19)
13.3.
ESBOÇO[13]
EPÍSTOLA
AOS HEBREUS
O
FILHO DE DEUS É SUPERIOR AOS ANJOS (1:1-2:18)
I
— A Superioridade do Filho de Deus Sustentada Pelo Velho Testamento (1:1-14)
II
— Uma Exortação e Advertência(2:l-14)
III
— A Superioridade do Filho Não Foi Cancelada por Sua Humilhação (2:5-13)
IV
— A Superioridade do Filho Não Foi Prejudicada por Seu Sofrimento (2:14-18)
O
FILHO DE DEUS É SUPERIOR A MOISÉS (3:1-4:13)
I
— O Filho e Construtor É Superior ao Servo (3:1-6)
II
— Uma Advertência (3:7-19)
III
— O Repouso Cristão (4:1-13)
O
FILHO DE DEUS É SUPERIOR A ARÃO (4:14-5:10)
I
— Nosso Sacerdote Afável e Compassivo (4:14-16)
II
— As Habilitações do Sacerdote Verdadeiro (5:1-4)
III
— A Validade do Sacerdócio de Cristo (5:5-10)
PROGRESSO
ESPIRITUAL(5:11-6:20)
I
— A Infância Espiritual (5:11-14)
II
— A Necessidade de Progresso (6:1-3)
III
— Uma Advertência (6:4-8)
IV
— Conforto e Esperança Baseados na Promessa de Deus (6:9-20)
O
SACERDÓCIO, MINISTÉRIO E SACRIFÍCIO DE CRISTO (7:1-10:18)
I
— A Superioridade do Sacerdócio de Cristo (7:1-28)
1.
As Características do Sacerdócio de Melquisedeque (7:1-3)
2.
A Superioridade do Sacerdócio de Melquisedeque (7:4-10)
3.
A Comparação Entre os Sacerdócios Legale Espiritual (7:11-28)
II
— O Ministério de Cristo (8:1-9:28)
1.
Cristo Ministra no Tabernáculo Verdadeiro (8:1-6)
2.
Cristo É o Mediador do Novo Concerto (8:7-13)
3.
O Primeiro Tabernáculo e Seu Ministério(9:1-10)
4.
O Novo Tabernáculo e Seu Ministério (9:11-28)
III
— A Superioridade do Sacrifício de Cristo (10:1-18)
EXORTAÇÃO
E ADMOESTAÇÃO (10:19-13:17)
I
— A Fé Verdadeira (10:19-25)
II
— Uma Advertência (10:26-39)
III
— As Características da Fé Verdadeira (11:1-40)
IV
— A Esperança do Futuro Estimula Perseverança no Presente (12:1-29)
V
— Deveres Cristãos Práticos (13:1-6)
VI
— Deveres Religiosos Necessários (13:7-17)
CONCLUSÃO
E BÊNÇÃO (13:18-25)
Bibliografia
·
A Bíblia Sagrada. Traduzida em Português por João Ferreira de
Almeida. Revista e Atualizada no Brasil. 2 ed. Barueri – SP: Sociedade Bíblica
do Brasil, 1993.
·
Carson, D.A. 'Matthew', em F.E. Gaeblein, ed.,
The Expositor's Bible Commentary Online, Grand Rapids: Zondervan, 1984,
·
Calvino, João. Gálatas/
João Calvino. Tradução de Valter Graciano Martins. São Paulo: Edições
Paracletos. 1998
·
Hale, Broadus David. Introdução ao estudo do Novo Testamento.
Tradução de Cláudio Vital de Souza. Rio de Janeiro, Junta de Educação Religiosa
e Publicações, 1983. Versão em pdf.
·
Hale, Broadus David. Introdução ao estudo do Novo Testamento/
Broadus David Hale; Tradução de Cláudio Vital de Souza. São Paulo: Hagnos 2001
·
Hendriksen, William.
Comentário do Novo Testamento/ Romanos. William Hendriksem. Tradução de Hope
Gordon Silva e Valter Graciano Martins. São Paulo: Cultura Cristã. 2001
·
Hendriksen, William.
Comentário do Novo Testamento/ 1 e 2 Tessalonicenses. William Hendriksem.
Tradução de Hope Gordon Silva e Valter Graciano Martins. São Paulo: Cultura
Cristã. 1998
·
Hendriksen, William.
Comentário do Novo Testamento/ 1 e 2 Timóteo e Tito. William Hendriksem.
Tradução Valter Graciano Martins. São Paulo: Cultura Cristã. 2001
·
Lopes, Hernandes Dias.
Atos: a ação do Espírito Santo na vida da igreja/ Hernandes Dias Lopes –São
Paulo: Hagnos, 2012.
·
MARSHALL, Howard. Atos
introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 2006.
·
MONTEIRO, Thiago André.
Mundo Bíblico do Novo Testamento/vida e ministério de Jesus Cristo. Apostila de
introdução ao N.T. São Paulo, 2009.
[1]
Hale 2001,pg.306
[2]
Hale 2001, pg.307
[3]
Hendriksen,1998 pg.11
[4]
Hale 2001, pg.311,312
[5]
Hale 2001,pg.318
[6]
Hale 2001,pg.321
[7]
Adaptado de Hendriksen, 2001pg.09
[8] Os
pontos 4,5 e 6 foram extraído de Hendriksen 2001, pg.58
[9]
HALE 2001,pg.333
[10]
Ibid pg.335
[11]
Hale, 2001pg.337
[12] Ibid,
pg.351
[13] Ibid,pg.356,357
Carta aos Coríntios.
A cidade de
Corinto estava localizada numa pequena faixa de terra conhecido como Istmo[1]
de Peloponeso e era governada por Esparta. O istmo tem cerca de dezesseis
quilômetros de comprimento e seis de largura, ligando o continente ao Peloponeso.
“A oeste do istmo situa-se o Golfo
de Corinto. Desde 1893 o Canal de
Corinto rasga cerca de 6,3 km do istmo, tornando,
efetivamente, o Peloponeso numa ilha.”[2]
Corinto era o centro de construção de barcos e possuía dois portos. Cencréia a
cerca de treze quilômetros a leste e Lequel cerca de três quilômetros a oeste.
No ano 146 a.C. foi destruída pelos romanos, apenas em 44 a.C. foi reconstruída
por Julio César. “Era o maior mercado atacadista de escravos do império. De
cerca de 600.000 habitantes somente 140.000 eram livres.”[3]
AUTOR.
Não há contestação de que seu autor foi o apóstolo Paulo.
LOCAL
E DATA. É aceito pela maioria dos acadêmicos que Paulo escreveu a primeira
carta canônica aos coríntios em cerca de 54 ou 55 d.C. de Éfeso, e “sua segunda
carta no início do inverno de 55-56 d.C.”[4]
Da Macedônia.
PROPÓSITO.
Os propósitos das duas cartas não são semelhantes. Segundo observamos em I
Co.1:11 os da casa de Cloe informaram ao apóstolo o que estava se passando na
igreja, assim o apóstolo resolve escrever-lhes esta primeira carta a fim de
orientá-los quanto a resolução dos problemas que abaixo citamos:
1. Divisões na igreja (I Co.1:10-12)
2. Imoralidade (I Co.5:1)
3. Discórdias e conflitos jurídicos (I Co.6:1-7)
4. Falta de entendimento de uma carta anterior enviada pelo
apóstolo (I Co.5:9-13)
5. Falta de entendimento quanto ao casamento ou permanecer solteiro
(I Co.7:1)
6. Comer alimentos sacrificados aos ídolos (I Co.8:1)
7. O uso do véu (I Co.11:2-16)
8. Orientação quanto à adoração pública (I Co.11:2; 12:1)
9. Orientação quanto a participar da Ceia do Senhor (I Co.11:17-34)
10. Orientação quanto à ressurreição (I Co.15:1)
Embora a maioria
dos acadêmicos reconheça a integridade desta carta, alguns críticos argumentam
com relação às cartas que se perderam. Para eles jamais uma igreja perderia a
correspondência de um apóstolo assim afirmam que o que houve para a compilação
desta primeira carta foi uma compilação de partes da carta anterior e da
segunda carta. Hale observa que “tentativas de se reproduzir a “carta anterior”
de I Coríntios criam mais problemas do que os resolvidos” (Hale, 2001. Pg.228)
ESBOÇO[5]
INTRODUÇÃO
(1:1-9)
I
— Saudações (1:1-3)
II
— Ações de Graças (1:4-9)
DENÚNCIA
RELATIVAMENTE ÀS DIVISÕES EXISTENTES NA IGREJA (1:10-4:21)
I
— O Espírito de Partidarismo É Incompatível com
a Fraternidade entre os Crentes (1:10-16).
II
— O Espírito de Partidarismo Contraria o Verdadeiro Evangelho (1:17-3:4)
1.
O Evangelho Não É a Sabedoria Deste Mundo,e, Sim, o Poder de Deus (1:17-2:5)
2.
A Filosofia de Paulo: Cristo É a SabedoriaVerdadeira (2:6-34)
1)
Descrição Dessa Filosofia (2:6-13)
2)
Quem Pode Conhecer e Divulgar Essa Filosofia (2:14-3:4)
III
— O Espírito de Partidarismo É Repreendido ComoSendo Inconsistente com a Melhor
Concepção
de Obreiros Cristãos e Seu Trabalho (3:5-4:21)
1.
Os Obreiros (3:6-9)
2.
Os Que Edificam Devem Fazê-lo com Cuidado (3:10-15)
3.
A Igreja É Templo Que Jamais Deverá Ser Destruído (3:16,17)
4.
Somos Ministros de Cristo (3:18-4:5)
5.
O Espírito de Partidarismo Causa Divisões (4:6-13)
6.
Apelo Para Que Lhe Tomem Ali Como Exemplo (4:14-21)
ASSUNTOS
REQUERENDO DISCIPLINA SEVERA (5:1-6:20)
I
— Um Caso de Imoralidade Chocante (5:1-13)
II
— Litígio Perante os Tribunais Pagãos Censurado(6:1-11)
III
— Uso Ilícito do Corpo e Impureza (6:12-20)
A
QUESTÃO RELACIONADA COM O CASAMENTO (7:1-40)
I — Casamento e Celibato (7:1-9)
II — Casamento e Separação (7:10-16)
III
— A Vida Cristã na Sociedade Secular (7:17-24)
IV
— O Casamento de Pessoas Virgens (7:25-35)
V
— Acerca dos Que Já Se Acham Comprometidos (7:36-38)
VI
— Acerca de Pessoas Viúvas (7:39,40)
ACERCA
DAS CARNES SACRIFICADAS AOS ÍDOLOS (8:1-11:1)
I —
O Princípio a
Obedecer-se: Como Deve
Comportar-se Alguém de
Consciência Forte
Diante
dos Que a Têm Fraca (8:1-13)
1.
Deve-se Atender ao Amor Fraternal (8:1-3)
2.
O ídolo Nada É (8:4-7)
3.
O Comer ou Deixar de Comer em Nada Fere a Relação Divina (8:8)
4.
A Liberdade Individual Deve Tomar em Consideração o Amor Fraternal (8:9-13)
II
— Paulo Prefere Restringir a Própria Liberdade(9:1-27)
1.
Entende Ter Certos Direitos (9:1-7)
1)
O Sustento Proporcionado Pela Igreja (9:1-4)
2)
Fazer-se Acompanhar de Esposa (9:5)
3)
Ficar Despreocupado de Atividades Manuais (9:6,7)
2.
Prefere Ele Não Se Prevalecer Desses Direitos (9:8-22)
3.
A Consciência Forte Deve Limitar-se Voluntariamente (9:23-27)
III
— Advertência Contra Autoconfiança Presunçosa (10:1-13)
IV
— As Festividades Idólatras e a Mesa do Senhor (10:14-22)
V
— Princípios Gerais (10:23-11:1)
DESORDENS
NA REALIZAÇÃO DO CULTO (11:2-14:40)
I
— Cobertura da Cabeça Quanto aos Homens e Mulheres no Culto (11:2-16)
1.
As Mulheres Devem Cobrir-se com Véu, em Virtude do Costume Local. (Admitia-se
que
só as prostitutas ficassem sem véu) (11:2-6)
2.
A História da Criação Dá Margem a Isso (11:7-9)
3.
O Exemplo dos Anjos (11:10-12)
4.
A Natureza da Mulher Aconselha a Manutenção do Costume (13-15)
5.
O Costume Naquela Igreja e em Outras o Aconselhavam (11:16)
II
— O Comportamento à Mesa do Senhor (11:17-34)
1.
Dissensões na Igreja a Propósito da Ordenança (11:17-22)
2.
Paulo Procura Instruir os Crentes Segundo o Senhor (11: 23-26)
3.
Não Devemos Profanar a Cerimônia Pela Participação Repreensível (11:27-34)
III
— A Propósito dos Dons Espirituais (12:1-14:40)
1.
A Legitimidade dos Dons em Sua Variedade, Unidade e Propósito (12:1-11)
1)
Sem Implicar em Dano Para o Conceito de Cristo (12:1-3)
2)
A Unidade e a Diversidade dos Dons (12:4-11)
2.
A Unidade na Diversidade dos Dons Pela Analogia do Corpo (12:12-31)
3.
O Amor Se Encontra no Ponto Máximo (12:31-13:13)
1)
A Indispensabilidade do Estágio do Amor(12:31-13:3)
2)
Suas Características (13:4-7)
3)
Sua Durabilidade (13:8-13)
4. Os
Dons Espirituais Não
Provêm de Capacitação
Natural; São Concedidos
por Deus
(14:1-40)
1)
A Superioridade do Dom de Profecia Sobre o Falar em Línguas (14:1-25)
2)
A Ordem no Exercício dos Dons no Culto público (14:26-40)
A
RESSURREIÇÃO DOS MORTOS (15:1-58)
I
— O Testemunho Histórico da Ressurreição de Cristo (15:1-11)
II
— O Absurdo e as Tristes Conseqüências Decorrentes da Negação da Ressurreição
(15:12-19)
III
— A Verdade da Ressurreição de Cristo e Seu Efeito Para o
Cristianismo
(15:20-28)
IV
— O Efeito do Ensino da Ressurreição Sobre a Vida Cristã
(15:29-34)
V
— Respondendo a Objeções, a Ressurreição É Concebível e Lógica (15:35-49)
1.
É Concebível e Lógica (15:35-41)
2.
O Corpo Ressurrecto Será Inextinguível (15:42)
3.
Semeia-se um Corpo; Ressuscita Outro (15:43-49)
VI
— A Necessidade da Transformação do Corpo Material e a Vitória Sobre a Morte
(15:50-58)
ASSUNTOS
DE NATUREZA PRÁTICA E PESSOAL(16:l-18)
I
— Acerca do Levantamento de Oferta (16:1-4)
II
— Intenção de Visitar Corinto (16:5-9)
III
— Referências a Timóteo e a Apolo (16:10-12)
IV
— Uma Delegação Procedente de Corinto (16:13-18) BÊNÇÃO (16:19-24)
II CARTA AOS CORINTIOS
Como vimos
anteriormente autoria, data, e local veremos o que motivou o apóstolo a
escrever esta segunda carta. Há duas teorias com relação a este fato. A
primeira é a teoria da compilação e a segunda a teoria da unidade.
a)
Teoria da compilação.
Segundo os que
defendem esta teoria a carta esta dividida em duas partes. Cap.1 – 9 e 10 – 13.
Nesta concepção os capítulos 10 – 13 devem vir antes de 1 – 9. É sugerido por
aqueles que defendem esta teoria que o apóstolo depois de ter escrito sua
primeira carta fez uma visita a Corinto (II Co.12:14; 13:1,2). Esta visita é
conhecida como a visita dolorosa (II Co.2:1-4). Depois desta Paulo volta para
Éfeso e escreve uma carta áspera (II Co.2:4; 10 – 13). Nesta ele “esclarece sua
autoridade apostólica e mostra o que significa espiritualidade verdadeira”.[6]
Na Macedônia ao encontrar-se com Tito e
receber a notícia de que a igreja desejava retratar-se de sua atitude Paulo
escreve a carta de reconciliação (II Co.1 – 9).
b)
Teoria da unidade.
Os que preferem
esta teoria também aceitam a situação história acima citada, no entanto dividem
a carta da seguinte maneira:[7]
1. A alegria por conta da reconciliação (II Co.1:1 – 7:16)
2. A coleta para a igreja de Jerusalém (II Co.8:1 – 9:15)
3. A repreensão a minoria insubordinada (II Co.10:1 – 13:10)
ESBOÇO[8]
INTRODUÇÃO
(1:1-11)
I
— Saudação (1:1,2)
II
— Ação de Graças (1:3-11)
O
MINISTÉRIO APOSTÓLICO (1:12-7:16)
I
— Em Defesa de Sua Conduta (1:12-2:4)
1.
Sua Sinceridade (1:12-14)
2.
Razões Para a Mudança de Planos (2:16-2:4)
II
— O Tratamento do Ofensor (2:5-11)
III
— A Glória do Ministério Apostólico (2:12-6:10)
1.
A Recente Viagem de Paulo à Macedônia (2:12,13)
2.
Ações de Graça Pela Liderança de Deus (2:14-17)
3.
A Comparação do Velho Concerto com o Novo (3:1-18)
1)
O Novo Concerto Escrito no Coração (3:1-6)
2)
O Novo Concerto Tem uma Glória Imorredoura(3:7-11)
3)
O Novo Concerto e o Espírito Santo (3:12-18)
4.
As Responsabilidades do Ministério Apostólico (4:1-15)
1)
O Caráter Aberto do Ministério (4:1-6)
2)
Os Sofrimentos do Ministério (4:7-15)
5.
O Amparo do Ministério Apostólico (4:16-5:10)
6.
O Ministério da Reconciliação (5:11-6:2)
IV
— O Ministério Apostólico nas Experiências de Paulo (6:3-10)
V
— A Restauração da Confiança Entre Paulo e a Igreja em Corinto (6:11-7:16)
1.
Um Apelo à Igreja Para o Amor Mútuo (6:11-13)
2.
Um Apelo à Igreja Para a Consistência (6:14-7:1)
3.
A Alegria Pelo Conhecimento da Restauração das Relações (7:2-16)
A
COLETA PARA A IGREJA DE JERUSALÉM (8:1-9:15)
I
— O Exemplo da Macedônia (8:1-7)
II
— O Motivo Para a Generosidade (8:8-15)
III
— A Missão de Tito e Seus Companheiros (8:16-24)
IV
— Uma Exortação à Liberalidade (9:1-5)
V
— As Bênçãos da Liberalidade (9:6-15)
A
AUTORIDADE APOSTÓLICA DE PAULO (10:1-13:10)
I
— A Autoridade e Esfera do Ministério de Paulo (10:1-18)
1.
As Armas do Combate Apostólico (10:1-6)
2.
A Consistência da Autoridade Apostólica (10:7-11)
3.
A Autoridade Apostólica aos Gentios Inclui os Coríntios (10:12-18)
II
— Paulo Forçado a Gloriar-se em Seu Ministério Apostólico (11:1-12:18)
1.
A Razão Para Ter de Gloriar-se (11:1-6)
2.
A Recusa de Paulo do Dinheiro dos Coríntios (11:7-12)
3.
A Natureza Real dos Oponentes de Paulo (11:13-15)
4.
As Credenciais de Paulo Vistas em Seu Serviço e Sofrimento (11:16-33)
5.
As Visões de Paulo (12:1-6)
6.
O "Espinho na Carne" Significa Poder Apostólico (12:7-10)
7.
As Verdadeiras Credenciais de um Apóstolo (12:11-18)
III
— Advertências Finais em Vista da Terceira Visita Vindoura do Apóstolo
(13:1-10)
1.
Determinação de Restaurar a Disciplina (13:1-4)
2.
O Teste da Verdadeira "Espiritualidade"(13:5-10)
EXORTAÇÕES
FINAIS (13:11,12) BÊNÇÃO APOSTÓLICA (13:13)
Bibliografia
·
A Bíblia Sagrada. Traduzida em Português por João Ferreira de
Almeida. Revista e Atualizada no Brasil. 2 ed. Barueri – SP: Sociedade Bíblica
do Brasil, 1993.
·
Carson, D.A. 'Matthew', em F.E. Gaeblein, ed.,
The Expositor's Bible Commentary Online, Grand Rapids: Zondervan, 1984,
·
Hale, Broadus David. Introdução ao estudo do Novo Testamento.
Tradução de Cláudio Vital de Souza. Rio de Janeiro, Junta de Educação Religiosa
e Publicações, 1983. Versão em pdf.
·
Hale, Broadus David. Introdução ao estudo do Novo Testamento/
Broadus David Hale; Tradução de Cláudio Vital de Souza. São Paulo: Hagnos 2001
·
Hendriksen, William.
Comentário do Novo Testamento/ Romanos. William Hendriksem. São Paulo: Cultura
Cristã. 2001
·
Lopes, Hernandes Dias.
Atos: a ação do Espírito Santo na vida da igreja/ Hernandes Dias Lopes –São
Paulo: Hagnos, 2012.
·
MARSHALL, Howard. Atos
introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 2006.
·
MONTEIRO, Thiago André.
Mundo Bíblico do Novo Testamento/vida e ministério de Jesus Cristo. Apostila de
introdução ao N.T. São Paulo, 2009.
CITAÇÕES
[1]Faixa
de terra, estreita, que liga uma península a um continente
[2]
Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Istmo_de_Corinto.
[3] Hale.
2001 pg.222
[4]
Ibid. pg.225
[5]
Esboço apresentado por Hale 2001, pg.231-234
[6]
Hale 2001, pg.235.
[7] Os
três pontos seguintes são de autoria de Hale 2001, pg.236.
1. Apresentação do trabalho do grupo (a)
Participação do grupo____________________________________________________
____________________________________________________________________________________________________________________________________________
Apresentação do
assunto__________________________________________________
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
2. CARTA AOS ROMANOS.
a. AUTOR - 2.1. PAULO UM ÁVIDO[1]
MISSIONÁRIO.
b.
LOCAL E DATA: Corinto (At.19:21,22;
20:1-3) Paulo deixou Éfeso e foi para Corinto onde ficou por três meses. Ali
teve a oportunidade de escrever esta epístola entre os anos 55-57 d.C.
OBS.: Os acadêmicos estão de acordo que o
amanuense que escreveu esta carta foi Tercio (Rm.16:22) “possivelmente um
escravo de Gaio a quem Paulo batizou em sua primeira viagem a Corinto (I
Co.1:14)”[2]
c. DESTINATÁRIOS: Judeus e gentios (Rm. 1:14,15; Rm. 9 – 11)
d. PROPÓSITOS.
Ø
Apresentar-se para aquela
igreja (Rm.1:11-13)
Deseja ser reconhecido como o apóstolo
aos gentios quando fosse ter com eles (Rm.1:1-5)
Fortalecer e ser fortalecido na fé
(Rm.1:11,12)
Ø
Orientar quanto a problemas
existentes (Rm.3:8; 6:1; 7:13; 15:1,2; etc)
SUA PROPOSTA É MANTER O EQUILÍBRIO
O antinomianismo foi combatido por Jesus
(Mt 7.15-27; Jo 14.15; 15.10,14)
PELOS APÓSTOLOS – além de Judas, já
mencionado, Paulo (Rm 3.31; Rm 6; Gl.3:13-16, 25; Cl 3;), Pedro (2Pe 2), Tiago
(Tg 2.14-26) e João, (1Jo 5.13-19).
Ø
Expor as doutrinas
fundamentais do Cristianismo (justificação Rm5:1-8:39, reconciliação Rm.8:1-9,
santificação Rm.6:1-14, adoção Rm.8:12-17, etc.)
e. PARTICULARIDADES.
1. A DOXOLOGIA.
No manuscrito mais antigo o P46 a
doxologia aparece entre os capítulos 15,16. Portanto em nenhum manuscrito de
melhor evidencia acha-se a doxologia entre estes capítulos, e sim após 16:23. Inclusive
todos os manuscritos gregos incluem o capítulo 16.
2. O TEMA DA CARTA. Depois de sua introdução (1:1-15) o tema da
carta apareça: A JUSTIÇA DE DEUS PELA FÉ. (1:16,17;5:1; 3:22-24; 8:30-34;
11:223-26)
Paulo apresenta a necessidade e a
realidade da boa nova.
Ø
A necessidade da
justificação é universal (1:18-3:20)
Ø
A realidade da justificação
ou da boa nova
É Bíblica (Cap.4)
É eficaz
(Cap.5 – 8)
É histórica (Cap. 9 – 11)
Ø
Aplicação prática (Cap.12-16).
f. ESBOÇO
g. BIBLIOGRAFIA
Bibliografia
·
A Bíblia Sagrada. Traduzida em Português por João Ferreira de
Almeida. Revista e Atualizada no Brasil. 2 ed. Barueri – SP: Sociedade Bíblica
do Brasil, 1993.
·
Carson, D.A. 'Matthew', em F.E. Gaeblein, ed.,
The Expositor's Bible Commentary Online, Grand Rapids: Zondervan, 1984,
·
Hale, Broadus David. Introdução ao estudo do Novo Testamento.
Tradução de Cláudio Vital de Souza. Rio de Janeiro, Junta de Educação Religiosa
e Publicações, 1983. Versão em pdf.
·
Hale, Broadus David. Introdução ao estudo do Novo Testamento/
Broadus David Hale; Tradução de Cláudio Vital de Souza. São Paulo: Hagnos 2001
·
Hendriksen, William.
Comentário do Novo Testamento/ Romanos. William Hendriksem. São Paulo: Cultura
Cristã. 2001
·
Lopes, Hernandes Dias.
Atos: a ação do Espírito Santo na vida da igreja/ Hernandes Dias Lopes –São
Paulo: Hagnos, 2012.
·
MARSHALL, Howard. Atos
introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 2006.
·
MONTEIRO, Thiago André. Mundo
Bíblico do Novo Testamento/vida e ministério de Jesus Cristo. Apostila de
introdução ao N.T. São Paulo, 2009.
5.1.2 A FORMAÇÃO DO CÂNON DO N.T. (08/03/2014)
O primeiro concílio eclesiástico a
reconhecer todos os 27 livros do Novo Testamento foi o Concílio de Cartago, em
397 d.C. Alguns destes livros foram aceitos como canônicos mesmo antes deste
concílio (2 Pe 3:16; 1 Tm 5:18), enquanto que outros só foram aceitos após
muita discussão com relação a sua
mensagem e autoria. Tais livros são: (Hb; Tg; 2 Pe; 2 e 3 Jo e judas). Até que
tivessem passado pelo crivo de canonicidade, tais livros não foram incorporados
ao Cânon do N.T.
1. Divisão do Cânon
do N.T.
·
Os Evangelhos – Mateus, Marcos, Lucas e João
·
Livro histórico – Atos
·
Cartas Paulinas – Romanos, I e II coríntios, Gálatas, Efésios,
Filipenses, Colossenses, I e II Tessalonicenses, I e II Timóteo, Tito, Filemom.
·
Cartas gerais - Hebreus, Tiago, I e II Pedro, I, II, III João, Judas,
·
Revelação - Apocalipse
2. Os Apócrifos
O termo apócrifo deriva do grego
clássico ‘apocrypha’ e significa
oculto, de difícil entendimento. Na concepção religiosa, esse termo tem o
sentido de não genuíno. Esses livros aparecem primeira vez quando a versão do
Antigo Testamento hebraico é traduzida para o grego, em 170 d.C. Em 405, quando
Jerônimo traduz a versão do A.T do grego para o latim, é obrigado a traduzir
também os livros apócrifos. No entanto, ele adverte que esses livros não
podem servir como base doutrinária por conterem erros históricos e
doutrinários. Em 18 de abril de 1546, os referidos livros foram aceitos
pela Igreja Romana a fim de barrar a Reforma Protestante, visto que se opunham
às novas doutrinas adotadas por aquela igreja.
São
Sete os livros apócrifos aceitos pela Igreja Ortodoxa Grega e Sete
acréscimos. A igreja Romana aceita Sete os livros e Quatro
acréscimos. Esses livros começaram a ser escritos no período inter-bíblico,
que ocorre entre os livros de Malaquias (último livro do A.T.) e Mateus
(primeiro livro do N.T.).
3. Livros e acréscimos considerados apócrifos:
Nos
livros históricos
1-
Tobias (após o livro canônico de Esdras).
2-
Judite (após o livro de Tobias).
3-
I Macabeus (após o livro de Malaquias).
4-
II Macabeus (acompanhando I Macabeus).
Nos
livros poéticos
5-
Sabedoria de Salomão (após Cantares).
6-
Eclesiástico (após o livro de Sabedoria).
Nos
proféticos
7-
Baruc (após Jeremias).
Os
três livros que a Igreja ortodoxa grega conserva:
1-
III Esdras
2-
IV Esdras
3- A oração de Manassés.
Obs.:
O livro de Neemias é considerado como II livro de Esdras na Bíblia Católica
Romana.
Algumas razões para não aceitarmos os apócrifos são:
1º- não têm autoridade divina (Hb. 4.12)
2º- não são inspirados por Deus (2 Tm. 3.16)
3º- nada acrescentam à verdade messiânica
4. Livros Não Aceitos
pelo Cânon
Ø
Pseudopigráficos: Livros que foram rejeitados por todos.
a)
No Antigo Testamento – Enoque, Ascensão de Moisés, 3 e 4 de Macabeus, 4 Esdras,
Os Testamentos dos 12 Patriarcas, etc.
b)
No Novo Testamento – Atos de Paulo, A Epístola de Barnabé, O Pastor de Hermas,
o Didaqué.
5.2 REVELAÇÃO.
Há da parte de Deus propósito em
revelar-se ao homem, se assim não fosse jamais o homem chegaria ao conhecimento
de Deus. É necessário então saber, de que maneira Deus se revela ao homem.
Segundo nos informa a Escritura Sagrada, são duas as formas que Deus se utiliza
para revelar-se a nós. Primeiro, através da revelação geral e segundo através
da revelação especial.
a) Revelação Geral
É a forma pela qual Deus revela alguns dos
seus atributos ao homem utilizando-se dos meios naturais. Este método não
possui caráter salvífico em si mesmo mas é capaz de conduzir o homem a
revelação especial de Deus e consecutivamente a salvação. A revelação geral de
Deus é comunicada a todos (Sl.19:1; Rm.1:18-21)
b) Revelação especial
A revelação especial de Deus só ocorre
através de Cristo ou da Sagrada Escritura. Haja vista que só pode haver
salvação através de Cristo.
1. Jesus Cristo
Em toda a história da humanidade Jesus
Cristo é a melhor prova da existência de Deus, pois Ele viveu a vida de Deus
entre os homens.
Havendo Deus, outrora,
falado, muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, nestes
últimos dias, nos falou pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as
coisas, pelo qual também fez o universo. Ele, que é o resplendor da glória e a
expressão exata do seu Ser, sustentando todas as coisas pela palavra do seu
poder, depois de ter feito a purificação dos pecados, assentou-se à direita da
Majestade, nas alturas (Hb.1: 1 – 3)
Este e outros textos da Bíblia
confirmam o que estamos afirmando (Is.9:6; Jo.14:9)
2. A Escritura Sagrada
É através da Escritura que Deus revela
de forma clara e específica seu caráter, natureza e vontade. (I Co.15:3,4;).
Sem dúvida alguma, Ela é a base do cristianismo constituindo-se como a fonte
suprema para todo o conteúdo teológico. Através da revelação Bíblica Deus se
fez conhecido.
A
palavra revelação vem do latim “revelo” que significa descobrir, desvendar,
tirar o véu. Assim revelação significa a manifestação de algo que está
escondido. (Lc.2:32; Gl.1:11,12; Ef.3:3)
É através da Bíblia como revelação
especial do Senhor que temos a apresentação e explicação da verdade de Deus aos
homens. (Sl.119:130; I Co.2:9-12)
5.3
CARACTERÍSTICAS DA SAGRADA ESCRITURA.
A Bíblia possui
características que não são encontradas em nenhum outro livro. Estas
características peculiares é que a tornam a Suprema Palavra De Deus. Embora
como revelação a Bíblia seja temporal, a verdade exposta por ela é eterna. Ou
seja, na eternidade não necessitaremos da revelação Bíblia, teremos a própria
revelação da qual Ela dá testemunho hoje.
5.3.1
INSPIRAÇÃO.
Entendemos
por inspiração “a influência sobrenatural do Espírito Santo sobre os homens
separados por Ele mesmo, a fim de registrarem de forma inerrante e suficiente
toda vontade de Deus, constituindo este registro na única fonte e norma de todo
o conhecimento cristão”[1].
Eis o motivo principal de reconhecermos a Bíblia como única, suficiente e inerrante
palavra de Deus: sua inspiração.
Vale
salientar que o Senhor permitiu que fosse preservada a natureza peculiar de
cada escritor. Por esta razão é possível perceber em cada livro a personalidade
de cada autor, sua cultura, seu contexto de vida. No entanto eles compuseram e
registraram sem erro a Revelação divina com suas próprias palavras que sem
dúvida são os documentos originais que compõe a Sagrada Escritura.
1. Teorias a respeito da inspiração
a) Mecânica ou ditada
Esta teoria afirma que os escritores da
Bíblia foram apenas amanuenses. Ou seja, Deus ditou exatamente o que deveriam
escrever. Assim o estilo que encontramos em cada livro é ditado pelo Espírito
Santo, não contendo nada do autor. Isto é improvável a luz de textos como (II
Pe.3:15,16; Lc.1:4; II Co.7:12, 39,40; etc.)
“Deus não falou
pelos escritores como quem fala através de um alto-falante. Deus usou as
faculdades mentais deles”. [2]
b) Inspiração parcial ou iluminação
Aqui é afirmado que
algumas partes da Bíblia são inspiradas e outras não. Ou seja, a Bíblia apenas contém
a Palavra de Deus. este conceito contraria o que a Bíblia afirma a respeito de
si mesma (Jo.5:24,39; At.6:2,4; 27:15; II Tm.3:16; Mc.7:12,13; II Pe.1:19-21).
Este conceito ainda afirma que a Bíblia só é Palavra de Deus em assuntos
doutrinários e morais, no entanto “contém erros de história, cronologia,
arqueologia, geografia”
O labor humano em tentar separar – como se existisse o que separar – o
que é “inspirado” do que “não é inspirado”constitui-se em algo nocivo e
temerário, visto que o homem arroga a si a condição de superior à Palavra,
colocando-se sobre a Bíblia para julgá-la, com critérios subjetivos,
estabelecendo um “cânon dentro do cânon” rejeitando o próprio testemunho
das Escrituras. (Costa, 1998 pg.95)
c) Inspiração
divina comum
Este teoria defende que
a inspiração da Sagrada Escritura é a mesma que hoje nos vem (se é que podemos
chamar este fenômeno de inspiração) quando oramos, cantamos, ou compomos uma
canção. Isto é incoerente com a doutrina Bíblica. Antonio Gilberto observa que:
a inspiração comum que o Espírito nos concede: a) Admite gradação, isto é
o espírito Santo pode conceder maior conhecimento e percepção espiritual ao
crente, à medida que este ore, se consagre e procure a santificação, ao passo
que a inspiração dos escritores da Bíblia não admite graus. O escritor era ou
não era inspirado. b) a inspiração comum pode ser permanente (1 jo.2:27), ao
passo que a dos escritores da Bíblia era temporária. (Silva, pg. 33)
O
contato entre os escritores sagrados e Deus, ocorreu de forma plena e verbal.
Isto significa que tudo que a Bíblia
relata é plena inspiração divina e que Deus se revelou através de palavras
(2Sm.23:2; Mt 5:18; 1 Co 2:13; 2 Pe.1:20,21). Cabem aqui as seguintes observações: Os escritores bíblicos não
foram usados por Deus como maquinas ou marionetes, mesmo sob influência divina
eles sabiam o que estavam escrevendo utilizando-se de seu próprio vocabulário.
Outra coisa que precisa estar claro é que esta inspiração cessou quando foi
escrito o último livro do novo testamento.
5.3.2
AUTORIDADE
A autoridade da Sagrada Escritura
descende do fato de ser Ela a expressa Palavra de Deus aos homens. Jesus afirmou
que a Escritura testifica á seu respeito e nela se encontra a vida eterna (Jo.
5.39; 7.38). No Antigo Testamento, a autoridade da Bíblia como Palavra de Deus
está na afirmação dos profetas, ao pronunciarem a mensagem divina. Sua
declaração era sempre: “Assim diz o
Senhor”, ou seja, estas são as palavras de Deus (Nm. 22.38; Dt. 18.18-20;
Jr.1.9; 14.14,15; 15.1-3). No Novo Testamento, encontramos diversas passagens
bíblicas que afirmam ser a Sagrada Escritura a Palavra de Deus (2 Tm. 3.14-17;
2 Pe. 1.19-21; Jo. 17.17; 1 Co. 14.37). O ensino dos apóstolos, baseado naquilo
que Cristo lhes havia ensinado, constitui-se como palavra de Deus aos homens.
Por essa razão, cremos firmemente que, sendo a Bíblia Palavra de Deus, é a
máxima autoridade como regra de fé e prática para o cristão.
A autoridade está vinculada a
inspiração, canonicidade e credibilidade, sem os quais a autoridade da Bíblia
não se estabeleceria. Assim, cremos que por ter sido inspirado, o texto bíblico
pelo próprio Deus, possui absoluta autoridade; isto por sua vez, torna o texto canônico,
por ter ele alcançado credibilidade segundo Deus designou.
Obs.: nem tudo que está registrado na Bíblia
procedeu da boca de Deus (Gn.3:4,5; Mt.16:22; Jó.22:5-11). Estas passagens
foram registradas por inspiração, mas não refletem a verdade de Deus.
1. Autenticação desta
autoridade
Jesus reconheceu o A.T. como autêntica
Palavra de Deus, confirmou a veracidade do relato da criação do universo (Mt.19:4,5;
Mc.10:6-8), a existência de Satanás
(Jo.8:44), o dilúvio (Lc.17:26,27), a destruição de Sodoma e Gomorra (Lc.17:28-30), a revelação de Deus a Moisés
na sarça (Mc.12:26), a dádiva do maná (Jo.6:32), a experiência de Jonas dentro
do grande peixe (Mt.12:39,40).
5.3.3 INERRÂNCIA
Dizer que a Bíblia é inerrante é
afirmar que “ela sempre diz a verdade a respeito de todas as coisas que trata”[3]. É claro que, por não ser um
livro científico e usar a linguagem comum, os autores da Bíblia, em alguns
casos, não se preocuparam com detalhes científicos, astrológicos, matemáticos
ou coisas desse tipo.
Exemplo: Em Js. 10.12,13 encontramos a
afirmação de que Josué ordena que o sol se detenha no céu a fim de que não
escurecesse o dia. A pergunta é: quem gira em torno de quem? O Sol em torno da
Terra ou a Terra em torno do Sol? Se a Terra gira em torno do Sol, não teria a
Terra parado ao invés do sol? Do ponto de vista de Josué não, pois ele não
podia perceber o movimento da Terra em torno do Sol, assim como nós também não
o percebemos. O que Josué via era o Sol se pondo e isso faria com que Israel
perdesse a batalha por não conhecer a região. Lutar durante o dia (à luz do
sol) daria a ele a chance de vitória.
A inerrância da Bíblia não repousa nos
homens que a escreveram ou que fazem parte da narrativa bíblica, mas no fato de
que “o Deus que inspirou as Escrituras (2 Tm.3.16) não mente, não muda, não
falha (Tt.1.2; Tg.1.17)”.[4] A Bíblia é infalivelmente verdadeira
(Jo.17.17; 2 Co.6.7; Cl. 1.5; 2 Tm. 2.15; Tg. 1.18).
OBS.: A inerrância não abrange as
cópias dos manuscritos, mas atinge
somente os originais.
[1]
COSTA. 1998 pg.98
[2]
Silva. 1986, pg.34
[3]
GRUDEM, Wayne A. Teologia Sistemática.
São Paulo: vida Nova, 1999. p.59
[4]
COSTA, Hermisten Maia Pereira da. A
inspiração e Inerrância das Escrituras: uma perspectiva Reformada. São
Paulo: Editora Cultura Cristã, 1998. p.103
bibliografia (08/032014)
Bibliografia
·
A Bíblia Sagrada. Traduzida
em português por João Ferreira de Almeida. Revista e atualizada no Brasil. 2
ed. Barueri – SP: SBB, 1993.
·
Costa, Hermistem Maia
pereira da. A inspiração e inerrancia das Escrituras/uma perspectiva reformada/
Hermistem Maia pereira da Costa. São Paulo: Cultura Cristã, 1998.
·
Grudem, wayne A. Teologia
Sistemática/Eayne Grudem. São Paulo: Vida Nova, 1999.
·
Silva, Antonio Gilberto da.
1929- A Bíblia através dos séculos: uma introdução/ Antonio Gilberto da Silva. –
Rio de Janeiro: CPAD. 1986.
BIBLIOLOGIA
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Apostila do livro Atos dos apóstoloshttps://image.slidesharecdn.com/3-150807140514-lva1-app6892/95/3-a-natureza-essencial-do-homem-1-638.jpg?cb=1438956323A ORIGEM DO HOMEM NA CRIAÇÃO
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