quarta-feira, 1 de abril de 2015

Páscoa? O que tem a ver comigo?

    Segundo o site www.hojeemdia.com.br, a queda no faturamento das vendas de chocolate nesta páscoa deve girar em torno dos 0,5% com relação ao ano passado (2014). Mesmo assim, “segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). A previsão é de que o País movimente R$ 2,6 bilhões em negócios, por ocasião da comemoração da páscoa[1]. Diante deste fato me pergunto: Como cristão estamos realmente cientes sobre o que a páscoa tem haver conosco? É fato que o comercio religioso tem maculado a ideia de fé que é transmitida pela Santa e Sagrada Escritura. Muitos empresários descobriram que investir na religiosidade do povo é lucrativo, e o grande comercio da fé só tende a crescer cada vez mais. Como cristãos, é hora de refletir e de nos libertarmos do consumismo e da religiosidade. A páscoa nada tem há ver conosco no sentido de comemoração, (nada contra comer ou comprar o ovo de chocolate a crítica é quanto à prática religiosa) e sim com o povo judeu. Além disso, seu significado religioso torna-se minúsculo quando é posto a competir com as incríveis cifras que negam qualquer existência de crise. “A Páscoa é uma festa “estritamente” judaica. É mais que uma festa: é um sacramento (ordenança) do judaísmo, instituído em Êxodo 12:1-28/43, para comemorar a libertação da escravidão do Egito (Dt 16:1-3) e o livramento da décima praga: morte dos primogênitos Egípcios (Ex 12:27)”[2]. Este sacramento judaico está repleto de simbolismos em seus elementos. Entre estes elementos não havia chocolate. Vejamos:
Ex.12:8 “naquela noite, comerão a carne assada no fogo; com pães asmos e ervas amargas”
Segundo Champlim
Nas Escrituras, o «amargor» simboliza aflição, miséria e servidão (Êxo. 1:14; Rute 1:20; Pro. 5:4), a iniqüidade (Jer. 4:18) e também o luto e a tristeza (Amós 8:10). Em face desses significados simbólicos, os israelitas receberam ordens para celebrar a páscoa utilizando-se de ervas amargas para relembrarem a amarga escravidão que haviam sofrido no Egito (Êxo. 12:8; Núm. 9:11)[3].  
    Para o cristão do neotestamentário, a páscoa deve simbolizar a morte e ressurreição de Cristo visto ser Ele nosso Cordeiro pascal (I Co.5:6-8). Assim, devemos envidar esforços a fim de demonstrar ao mundo que a páscoa nada tem haver com o contexto comercial da fé e sim com a expiação de um povo eleito para Deus. Aquele sacramento judaico apontava para o cordeiro imaculado de Deus que tira o pecado do mundo. Jo.1:29 “[...] João viu a Jesus que vinha para ele, e disse: Eis o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo!”.




[1] http://www.hojeemdia.com.br. Acesso em 01/04/2015. Negrito de minha autoria.  
[2] http://filosofiacalvinista.blogspot.com.br/2009/04/pascoa-nao-e-coisa-de-cristao.html acesso em: 01/04/2015.
[3] Champlin, Russell Norman, 1933-O Antigo Testamento interpretado:versículo por versículo : dicionário — A - L / volume 6 / por Russell Norman Champlin. — 2. ed. — São Paulo : Hagnos, 2001. p. 515

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