Mantendo a fogueira acesa
Todos os anos, a época junina lembra-me a minha infância e os
momentos que vivi em família em volta da fogueira. Muita pamonha, milho assado
e outrascomidas da época ajudavam a alegrar as noites de fogueira. Pois bem, os tempos passarame o que restou foram
apenas as lembranças. A fogueira já não é mais acesa em nossa casa, meus irmãos
cresceram e constituíram suas próprias famílias, com seus próprios costumes. Hoje,
o que me leva a refletir sobre a questão da fogueira acesa é procurar
distinguir se há valores que possam ser mantidos por trás desse ato. Senão,
vejamos:
Permita-me observar essa questão à luzdaSanta e Sagrada
Escritura. Primeiro, desejo observar:a quem a fogueira é acesa?
Lembro-me de que minha mãe acendia a fogueira nas noites do denominado dia de
São João, em homenagem a ele (São João). No entanto, a pergunta que me faço é:
o que João ensina a respeito deste ato? No cap.3, v.30 do evangelho escrito por
João, ele afirma: “importa que
Ele (Cristo) cresça e que eu diminua”.No verso 27 deste mesmo
capítulo, João afirma que “o
homem não pode receber coisa alguma se do céu não lhe for dada”.
E outra vez, no verso 28: “EU NÃO SOU O CRISTO”. Perceba que João virou os holofotes para o
Mestre, entendendo que Ele (Cristo) é quem deve receber as homenagens.
“O homem não pode receber coisa
alguma se do céu não lhe for dada”. Jesus é quem é o Senhor do
Céu. Segunda observação que faço:que valores a fogueira agrega ànossa vida? Lembro-me de que,
naquelas noites de fogueira, havia festa em nossa residência, todos dançavam ao
som do forró, soltávamos fogos de artifício e os adultos ingeriam bebidas
alcoólicas. No final, todos estavam exaustos, havia muita sujeira e,às vezes,
havia conflitos. Será que são estes os valores que devemos passar para os
nossos filhos? Uma alegria superficial, momentos apenas de euforia, sem
conceitos concretos estabelecidos? Depois da festa, os “amigos” iam embora e nós
ficávamos com os mesmos problemas.
No conceito de Jesus não é assim. Primeiro,Ele é o amigo de
todas as horas. Talvez depois que a fogueira apagar e a chama da euforia
cessar, você se encontre mais uma vez sozinho e desolado, tendo como companhia
apenas um turbilhão de problemas.Jesus
afirma que“está conosco todos os dias até a consumação dos
séculos”. Ele nunca nos abandona.Segundo,Ele deseja nos ajudar na resolução de
nossos problemas.Às vezes,
recorremos às fogueiras a fim de consumar as agruras e dissipar os dissabores,
mas, quando tudo se aquieta, percebemos que, em nosso peito, permanece o vazio,
e a chama da desilusão continua acesa.É aí que percebemos o quanto precisamos
de Jesus. Só Ele pode nos socorrer. Com doce voz, Ele nos diz:“Vinde a mim, todos os que estais cansados e
oprimidos, e eu vos aliviarei.” (Mt.11:28). Em terceiro lugar, aprendo que a chama que deve ser acesa não é a da
fogueira, porque ela se apaga e se vai.É,sim, achama de um intenso amor
pelo “Rei eterno, imortal,
invisível, Deus único, (a Ele seja) honra e glória pelos séculos dos séculos.”
(I Tm.1:17). Que chama acenderemos? Que fogueira manteremos acesa?